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A Esposa Virgem de Alfa

A Esposa Virgem de Alfa

4.9
206 Capítulo
4.5M Leituras
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Sinopse

Índice

Shilah era uma jovem bonita que veio dos lobisomens - também conhecidos como os leões da montanha. Ela cresceu em uma das matilhas mais fortes de sua família, mas infelizmente, não tinha habilidades de lobo. Ela era o único lobo impotente em sua matilha e, como resultado, sempre foi intimidada e ridicularizada por sua família e outros. Mas o que aconteceria quando Shilah caia nas mãos de Dakota, o Rei Alfa de coração frio? O Alfa de todos os outros Alfas? O superior e líder dos leões da montanha e dos sugadores de sangue - também conhecidos como vampiros. A pobre Shilah ofendeu o Rei Alfa desobedecendo impotentemente às suas ordens e, como resultado, ele decidiu tomá-la como sua quarta esposa para que ela nunca desfrutasse a alegria de ter companhia. Sim, a quarta. O Rei Dakota tinha se casado com três esposas em busca de um herdeiro, mas tudo em vão, pois eles só deram à luz mulheres - seria uma maldição da Deusa da Lua? Ele é um rei marcado e implacável e Shilah sentiu que sua vida estaria condenada ao cair nos seus braços. Ela tem que lidar com o marido implacável e também com as outras esposas dele. Ela é tratada como a mais inferior de todas... mas o que acontecerá quando Shilah acaba sendo algo mais...? Algo que eles nunca esperaram?

Capítulo 1 Lobo sem atributos de lobo

INTRODUÇÃO

Ofegante, ela corria pela floresta escura e com uma agilidade incrível, saltava galhos e troncos, assim, numa fração de segundos percorria uma grande distância. Se não fosse pelo barulho de suas pernas batendo contra as folhas e os galhos e, também os gritos dos homens que a perseguiam, ela tinha certeza de que o ruído causado por sua respiração fadigada poderia ser ouvido de muito longe.

"Vamos mais rápido, temos que pegá-la!"

"Estamos quase perdendo ela de vista, força, vamos avante!"

Os homens gritavam muito, porém ela não ousava olhar para trás, por causa do medo de ser capturada.

A criança pequena que ela carregava em seus braços, estava junto ao seu peito envolta num tecido grosso e assustada choramingava. Ela sentia-se esgotada de tanto correr.

"Me desculpa, querida. Sinto muito por fazer você sofrer desse jeito", a mulher reclamou e aumentou a velocidade dos passos.

Porventura, ela poderia despistar aqueles homens que a perseguiam? A floresta estava bastante escura, mas alguns reflexos da luz da lua passavam entre as folhas das árvores e ajudavam precariamente na visão do caminho.

De repente, um leve soluço percorreu sua garganta, então sentiu uma dor aguda em sua perna que a derrubou no chão no mesmo instante.

"Ai, acertaram em minha perna!" Começou a sentir dores insuportáveis que percorriam o seu corpo todo.

Naquele momento, seu bebê soltou-se de seus braços e rolou sobre as folhas secas espalhadas pelo chão.

"Não, acredito... por que me aconteceu isto agora?" Ela gemia, segurando sua perna.

Poderia afirmar que foi atingida por uma flecha envenenada com um dos venenos mais fortes das bruxas. Ninguém poderia sobreviver de tão letal que era... Ninguém mesmo!

E o bebê dela... onde poderia estar...

Ela ignorou as fortes dores e rastejou até onde estava o bebê e a puxou próximo ao peito enquanto se deitava de costas no chão. Sem sombra de dúvidas, agora aqueles homens iriam alcançá-la.

"Ei, sua luta chegou ao fim, Lura", uma voz feminina e ameaçadora ecoou perto dela.

Tinha certeza de que aquela flecha envenenada partiu dela.

De costas para o chão e olhando para cima pôde vê-la parada ali no escuro, vestida com seu longo vestido preto, que varria as folhas que estavam ao redor.

"Ayita, o que você quer comigo!" A mulher se estremeceu e não conseguiu finalizar suas palavras.

"Não posso acredita que você realmente pensou que poderia fugir do seu julgamento, Lura?" Ela falava e batia os pés no chão.

"Você achou que tinha inteligência suficiente para escapar da pena que você mesma causou através de suas fantasias?"

Vários soluços apertavam a garganta dela, já muito seca de tanto correr.

"Ei, por favor, minha filha não tem nada a ver com isso... Peço por favor, para não a machuque, pois ela é apenas uma criança inocente."

"Não, muito pelo contrário, sua filha tem TUDO a ver com isso!" Um potente raio riscou o céu enquanto Lura falava com arrogância e muita raiva.

"Você deveria saber que sua filha, Ayita, é uma maldição. Ela se tornou maldita no mesmo dia em que você se deitou com um de nossos inimigos e a gerou. Você quebrou uma das nossas leis mais sagradas, Ayita, e você e sua filha híbrida têm que pagar por isso!"

"Mas, ela não vai causar nenhum problema... Pode acreditar no que estou falando. Por favor Lura, você deveria me ouvir e deixá-la em paz."

"Você é uma bruxa, Ayita e uma das nossas melhores. Então, não deveria ter se apaixonado por um de nossos maiores inimigos e ainda pior, ter uma filha dele. Confesso que me decepcionou!"

"Não, por favor..."

"Cale-se, a conversa chegou ao fim, Ayita!" Suas palavras causaram mais um forte raio e outro estrondoso trovão.

Os homens que perseguiam Ayita haviam chegado ao local e pararam todos em volta para assistir ao diálogo entre as duas mulheres.

"Como Rainha das Bruxas Oceânicas do Oeste, eu sentencio você, Ayita e sua filha, à morte", ela estendeu a mão em sua direção e foi nesse momento que Ayita soube que sua vida chegaria ao fim, caso não fizesse nada para intervir.

Só havia uma coisa que ela podia fazer, lutar contra Lura. Mas com o veneno da flecha em seu corpo, usar seus poderes drenaria suas forças e a mataria. Mas, e o bebê dela... Dessa forma, não teve outra escolha.

Então, quando Lura estava prestes a usar a varinha mágica, Ayita soltou um grito muito intenso que causou uma grande tempestade.

A vibração rompeu os céus e estremeceu as árvores ao redor pela força da tempestade que se iniciou, então Lura ficou surpresa e muito assustada.

"Ayita, não, não faça isso!" Gritou angustiada e rapidamente liberou os poderes de sua varinha mágica, todavia, já era tarde demais, nessa altura um redemoinho de vento uivante a varreu e a levou para muito longe e, assim, arrancou uma árvore com as raízes ao bater contra ela.

Todos os homens que estavam ao redor também foram arrastados pela fúria do vento, e lançados para longe.

Ayita tinha certeza de que nenhum deles sobrevivera ao contra-ataque dela.

Segundos após os gritos da luta travada entre elas, a tempestade cessou e a floresta ficou calma e serena, como se nada tivesse acontecido. Estava tão serena, que era possível ouvir os alaridos dos grilos e o canto distante das aves noturnas da floresta.

Ayita sentiu suas forças se exaurindo dela e suas mãos mal conseguiam segurar seu bebê que estava ao seu lado brincando com um galhinho seco.

"Eu te amo minha princesinha e farei de tudo para proteger você." Ela sussurrou bem de leve e de repente, seus olhos se fecharam num sono profundo.

*

*

*

CAPÍTULO 1

23 ANOS DEPOIS

"Ei Shilah, seja mais rápida! Você é muito lerda", ela murmurou da mesa onde estava sentada.

"Você anda como se fosse uma lesma, vamos, apresse-se."

Shilah tinha 23 anos e não pronunciou nenhuma palavra enquanto descia as escadas rangentes para o jantar antiquado, onde o resto de sua família já estava sentada confortavelmente e alguns já estavam comendo.

"Espero que você tenha adicionado molho suficiente?" Perguntou um dos membros, mas a ingênua Shilah não disse nada.

Seus olhos voltaram-se para o chão enquanto ela caminhava em direção à mesa da sala de jantar, que estava rodeada por 6 pessoas, seu pai, sua mãe, três meias-irmãs e um meio-irmão.

"Desculpe, eu demorei um pouco. Tive que aquecê-lo", Shilah disse quando finalmente sentou-se à mesa do jantar e Ina, quem havia pedido para ela trazer o molho, o arrancou bruscamente das suas mãos.

"Você deveria pedir desculpas por isso", mas Ina olhou para cima, e procurando disfarçar, deixou uma mecha de seus cabelos cair sobre seus olhos e rapidamente começou a comer.

Havia sete cadeiras ao redor da mesa, porém apenas seis estavam ocupadas, mas Shilah sabia que a sétima cadeira não era para ela.

"Acho que já chega! Saia da mesa agora, vamos!" Sua madrasta falou e sinalizou com o dedo para Shilah deixar a mesa imediatamente. Humildemente ela se curvou e caminhou, a fim de se afastar da sala.

"Ela não pode ficar aqui com a gente? Por quê? Pelo menos hoje ela deveria ficar aqui." Vanessa, uma de suas irmãs interveio e Shilah parou de andar, esperando ouvir uma resposta positiva.

Comer junto com eles... isso seria maravilhoso.

"Ei Vanessa, o que há de errado com você? Por que está defendendo ela para comer junto com a gente? Esta mesa é especialmente para os membros dos lobos reais, ou seja, os possuem habilidades de lobos, e não para pessoas sem capacidade alguma", Ina falou alto e aquelas palavras quebraram o coração de Shilah.

"Ina, isso não tem importância nenhuma!"

"O quê?" Ela fingiu um sorriso menosprezando sua irmã. "Eu não disse mentiras, disse? Embora pareça maldade, é a realidade nua e crua. Shilah é a única da linhagem dos lobos que não buscou desenvolver seus poderes. Infelizmente, de toda família LOBO, ela é a única que não possui nenhuma habilidade de lobo. Ela é incompetente e incapacitada, isto é, não passa de um mero ser humano. Se não fosse pelo fato de meu pai afirmar que ela é filha de sua primeira esposa, eu jurava que ela não tinha sangue da linhagem dos lobos!"

"Por favor, Ina, já chega!" O pai delas interveio e virou-se para Shilah, que ficou pálida de medo.

"Você já deveria ter deixado a sala!"

Com seu coração partido, ela virou as costas e continuou a afastar-se da sala.

Abalada pelo preconceito e a discriminação sofrida, seus olhos brilhavam cheios de lágrimas, que ela se esforçava muito para não deixar escapar. Saiu caminhando cuidadosamente pelo corredor para não tropeçar, pois, as lágrimas inundaram seus olhos e atrapalhavam sua visão.

"Qual é o problema, Pia? Você está tão inquieta", ela ouviu sua madrasta dizer quando já estava findando o corredor.

Caminhando vagarosamente pelo corredor, ela conseguia ouvi-los perfeitamente.

Mas, acredito que vou ficar bem. Apenas estou me sentindo um pouco enjoada." Pia respondeu atordoada.

Ela era a filha caçula da casa.

Ao chegar próximo das escadas que ficavam um pouco distantes da sala de jantar, ela parou e tentou ouvi-los, porém já não escutava as palavras que eles pronunciavam.

Então, foi primeiro para a cozinha, alimentou-se e se dirigiu para seu quarto sentindo-se desconfortável e solitária.

Não era um quarto normal, onde teria uma cama aconchegante, um guarda-roupa grande, uma boa mesa para estudos e várias cadeiras. Infelizmente, não era assim. A única coisa boa que Shilah tinha em seu quarto era sua cama que mesmo não sendo tão confortável, era uma cama nova.

Tristonha, perdeu completamente o apetite. Então, deixou o prato de louça com um resto de farinha sobre a mesa e foi sentar-se na cama.

Ela amava ficar sentada na cama, que por ser próxima da janela lhe dava o privilégio de desfrutar da brisa fresca de uma bela paisagem.

Parou o olhar admirando a paisagem pela janela por algum tempo, desejando que seus problemas e suas preocupações fossem levadas junto com o vento, mas infelizmente isso seria impossível de acontecer.

Lamentavelmente, ela só tinha uma amiga, com a qual podia conversar e contar seus problemas e compartilhar segredos.

De repente, se afastou da janela, desceu da cama e pegou a boneca que guardava com muito carinho num cantinho do guarda-roupa.

Aquela boneca era sua única amiga, na qual ela poderia confiar.

Ela sorria enquanto acariciava os cabelos amarelos de sua amiga. Sentia que aqueles olhos que não eram de verdade, estavam sempre querendo dizer algo para ela. É claro que o brinquedo não estava verdadeiramente olhando para ela, no entanto, queria acreditar que aquela boneca comunicava com ela.

"Então, como já é costume, não me deixaram sentar junto com eles para jantar", ela continuou.

"Vanessa até que tentou convencê-los... mas, infelizmente eles não quiseram ouvir os argumentos dela."

Depressiva, ela fez uma pausa e suspirou melancólica.

"Por que sou tão infeliz?" Questionava à boneca, como se fosse obter alguma resposta.

"Às vezes eu desejo... Encontrar alguém que me explique, por que sou a única que não tenho as habilidades dos lobos, sendo que pertenço à família deles e, também não me sinto como um deles. Será que estou amaldiçoada ou algo assim?"

Fez uma pausa e cheirou o brinquedo.

"Eu queria que minha mãe estivesse viva, pois tenho certeza de que eu não estaria passando por tudo isso, mas, infelizmente ela esta morta."

Nesse momento a porta se abriu e subitamente Ina invadiu o quarto.

Shilah se assustou e ficou surpresa. Qual o motivo daquela repentina invasão de privacidade? Ela já tinha terminado de comer?

Ina tinha sinais de hipocrisia na sua face, enquanto olhava para Shilah, que ainda estava segurando sua boneca.

"Então, você está... precisando de alguma coisa?" Shilah indagou.

"Mesmo que eu tivesse precisando de algo, você não poderia resolver para mim", Ina falou manifestando um certo sarcasmo na voz.

"Somente vim te dizer para se preparar, porque você vai me acompanhar até o supermercado, pois teremos de comprar alguns alimentos, já que o Rei Alfa declarou que amanhã será * O Dia Sem Movimento. * Ah, e não me faça esperar, hein!"

Após isso, virou as costa e saiu rapidamente.

'O Rei Alfa', pensou Shilah enquanto olhava para sua boneca.

O Alfa era um ser poderoso que toda alma que respirava ao redor da montanha o temia.

No seu quarto, ela se perguntava o que estava acontecendo e qual seria a razão para o Rei Alfa ter declarado que o dia seguinte seria "O Dia Sem Movimento * um dia em que todos deveriam permanecer em suas casas de portas fechadas.

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