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Um Coração Que Não Lembra

Um Coração Que Não Lembra

5.0
16 Capítulo
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Três anos. Foi o tempo que levei para contar os dias no meu calendário sem fim desde que Pedro, meu noivo e prometedor jogador de futebol, desapareceu. Todos o deram como morto, mas eu me recusei a acreditar, definhando na dor da sua ausência. Até que o telefone tocou, estridente na quietude do meu ateliê, e a voz ofegante de Ricardo, nosso amigo de infância, me congelou o sangue: "Sofia, você não vai acreditar. É o Pedro. Eu o vi. Ele está vivo." A coragem para ir até o fim do mundo para encontrá-lo me consumia. Mas na hora de abraçá-lo e acabar com três anos de pesadelos, outro pesadelo ainda pior começou. Vi uma mulher se aproximar, linda e grávida, e o sorriso dele para ela desmantelou meu mundo: "Amor, que nome daremos ao nosso filho quando ele nascer?" Ele me chamou de "senhora" . Ele não lembrava de mim. Meu coração se partiu em um milhão de pedaços. Aquele não era o meu Pedro. Como ele pôde me esquecer? Como a vida que construímos juntos podia ter sido apagada por uma única batida na cabeça? A dor da sua indiferença era mil vezes pior do que a da sua morte. Eu estava morrendo, e ele, meu 'João' , sequer percebia. Ele queria o divórcio. Eu tinha quinze dias para me despedir. Eu ia morrer, mas morreria como Sofia Sampaio Alencar, a esposa dele. No fim, meu destino se cumpriu. Eu o trouxe de volta para sua família, para sua nova vida, e escolhi morrer. Mas a morte não separa aqueles que o destino escolheu para estarem juntos, mesmo que ele esqueça.

Índice

Introdução

Três anos. Foi o tempo que levei para contar os dias no meu calendário sem fim desde que Pedro, meu noivo e prometedor jogador de futebol, desapareceu.

Todos o deram como morto, mas eu me recusei a acreditar, definhando na dor da sua ausência.

Até que o telefone tocou, estridente na quietude do meu ateliê, e a voz ofegante de Ricardo, nosso amigo de infância, me congelou o sangue: "Sofia, você não vai acreditar. É o Pedro. Eu o vi. Ele está vivo."

A coragem para ir até o fim do mundo para encontrá-lo me consumia. Mas na hora de abraçá-lo e acabar com três anos de pesadelos, outro pesadelo ainda pior começou.

Vi uma mulher se aproximar, linda e grávida, e o sorriso dele para ela desmantelou meu mundo: "Amor, que nome daremos ao nosso filho quando ele nascer?"

Ele me chamou de "senhora" . Ele não lembrava de mim. Meu coração se partiu em um milhão de pedaços. Aquele não era o meu Pedro.

Como ele pôde me esquecer? Como a vida que construímos juntos podia ter sido apagada por uma única batida na cabeça?

A dor da sua indiferença era mil vezes pior do que a da sua morte. Eu estava morrendo, e ele, meu 'João' , sequer percebia.

Ele queria o divórcio. Eu tinha quinze dias para me despedir. Eu ia morrer, mas morreria como Sofia Sampaio Alencar, a esposa dele.

No fim, meu destino se cumpriu. Eu o trouxe de volta para sua família, para sua nova vida, e escolhi morrer. Mas a morte não separa aqueles que o destino escolheu para estarem juntos, mesmo que ele esqueça.

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Mais Novo: Capítulo 15   Ontem17:32
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1 Introdução
Hoje às 17:32
2 Capítulo 1
Hoje às 17:32
3 Capítulo 2
Hoje às 17:32
4 Capítulo 3
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5 Capítulo 4
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6 Capítulo 5
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7 Capítulo 6
Hoje às 17:32
8 Capítulo 7
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9 Capítulo 8
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10 Capítulo 9
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11 Capítulo 10
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12 Capítulo 11
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13 Capítulo 12
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14 Capítulo 13
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15 Capítulo 14
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16 Capítulo 15
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