A poeira da favela grudava em minha pele, um lembrete constante da vida de medo e submissão à milícia. Tudo ruiu há seis meses, quando meu pai, o Capitão Mendes, um herói para todos, foi brutalmente assassinado em nossa própria sala, por um monstro que ele chamava de amigo, "O General". Tentei a justiça, levei provas à delegacia, mas fui ameaçada e ignorada; as sombras do General me alcançaram, seus homens me encurralaram em um beco escuro, "Fica na sua, ou você vai fazer companhia pro seu pai". O medo gelado percorreu minha espinha, e entendi naquele instante: as autoridades eram corrompidas, parte do mesmo sistema podre que me roubou tudo, me deixando completamente sozinha e sem voz. Mas a faísca da rebeldia acendeu, e com a ajuda inesperada de Zé, um ex-policial, decidi que não seria mais uma vítima; eu lutaria para desmantelar o império do General e buscar a verdadeira justiça que meu pai merecia.