João Carlos desligou o telefone com um sorriso, pronto para surpreender sua amada Ana Lúcia em sua viagem de negócios, o sol brilhando em seu coração apesar do céu cinzento de São Paulo. Mas ao arrombá-la em seu apartamento estrangeiro, encontrou um silêncio perturbador, interrompido pela visão de Ana Lúcia com uma barriga inconfundivelmente grávida de vários meses. O buquê de rosas escorregou de suas mãos enquanto ela, pálida, tentava justificar a farsa de sua infertilidade e revelar que o filho era de Ricardo, seu ex-namorado moribundo, tudo por "compaixão". A traição escalou para a humilhação total quando ele descobriu roupas e cigarros masculinos, percebendo que Ricardo estava morando ali, rindo de sua idiotice. "Ana, o laudo de infertilidade... era falso, João.", ela confessou, as lágrimas rolando, enquanto ele sentia a raiva fria se transformar em chamas ao ser confrontado com a impossibilidade. Um ultimato foi lançado: "Ou você interrompe essa gravidez agora, ou nós nos divorciamos." Ela berrou: "Eu não vou fazer isso! É uma vida, João! Como você pode ser tão cruel?" A situação se agravou com a chegada de Ricardo, sorridente e presunçoso, que se autodenominou o "campeão", agindo com a posse de um marido. João Carlos, dominado pela fúria, atacou Ricardo, mas foi impedido por Ana Lúcia, que se jogou na frente do amante, protegendo-o com seu corpo. "Eu não conheço este homem", ela declarou friamente antes de chamar a polícia, transformando João Carlos em um agressor desconhecido e louco, humilhando-o publicamente e resultando em sua prisão. Na delegacia, embora a verdade tenha vindo à tona, a profunda dor e a raiva foram substituídas por uma fria determinação. "Eu não aceito", ele disse ao advogado, recusando o acordo e decidindo lutar, porque a batalha estava apenas começando e ele não seria mais a vítima. A vingança seria paga, e com juros.