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O outro mundo

O outro mundo

5.0
16 Capítulo
17 Leituras
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Gabi é uma jovem que sonha todas as noites com um homem desconhecido, em um lugar estranho, sem saber que uma criatura das trevas está atraindo ela para uma armadilha, ela tenta viver a sua vida normal, trabalhando e estudando até que num viagem que era para ser um passeio de fim de semana prolongado acabar lendo Gabi e seus amigos para um mundo mágico e cheio de perigos e monstro sanguinário e Gabi vai direto para as garras de seu predador.

Índice

Capítulo 1 Era uma vez

Gabriela

Sinto seus lábios quentes beijando a minha boca, enquanto suas mãos apertam meu corpo. Me perco no seu olhar escuro, que parece devorar minha alma. Deslizo minhas mãos pelo seu peito musculoso, e isso me deixa ainda mais excitada. Sua boca desce lentamente pelo meu corpo até chegar à minha intimidade. Quando sua língua me invade, naquele instante eu conheço o paraíso.

Meus gemidos ecoam pelo quarto enquanto ele me chupa com desejo. Seguro em seus cabelos longos, puxando-o ainda mais para perto. Grito ao alcançar o orgasmo, e ele me observa com os olhos escuros como a noite. Então me beija novamente, um beijo selvagem, que faz meu corpo incendiar. Eu quero mais. Quero ele dentro de mim. Preciso disso. E, quando ele finalmente se prepara para entrar em mim...

O celular desperta. É hora de trabalhar.

Acordo suada, ofegante, ainda tomada pelo prazer do sonho. Um desejo intenso permanece no meu corpo. Todas as noites, ele invade meus sonhos. Nunca o vi, mas já o amo loucamente. Ele é lindo: olhos negros, cabelos longos e escuros, corpo definido e musculoso - não exagerado, mas na medida certa. Seu olhar é hipnotizante, como se viesse de outro mundo. E talvez venha mesmo... do mundo dos meus sonhos, onde tenho o homem perfeito que me leva ao delírio todas as noites. Porque, no mundo real, esse homem não existe.

Levanto da cama de mau humor, pronta para mais um dia de trabalho.

O caminho inteiro até o trabalho, penso nele. Às vezes, ele chega voando - sim, ele tem asas, grandes como as de um morcego. Talvez seja um vampiro. Ou um demônio. Não importa o que ele é. O problema é que ele não sai da minha cabeça.

Antes, sonhava com ele algumas vezes por semana. Agora, é toda noite. Sempre o mesmo sonho: estamos em uma caverna repleta de cristais brilhantes. Estamos nus, fazendo amor sobre uma pedra gigantesca. Uns podem achar bizarro, outros, romântico. Eu acho... excitante.

"Era uma vez uma linda princesa salva por um príncipe encantado. Eles se casaram e viveram felizes para sempre." Assim minha mãe me fazia dormir, noite após noite, repetindo sempre a mesma história. Eu adorava. Imaginava meu príncipe num cavalo branco, vestindo capa vermelha, às vezes empunhando uma espada. Ele me pegava no colo, me beijava e me colocava no cavalo.

Pura ilusão.

Cresci. Não tem príncipe. E muito menos final feliz. A vida é feita de trabalho, contas para pagar e desilusões.

Voltando à realidade: sou Gabriela de Souza, 20 anos, solteira, sem namorado. Cabelos loiros, olhos verdes, 1,68 de altura, 60 kg. Agora estou aqui, nesse metrô lotado às sete da manhã, cruzando a cidade rumo ao escritório onde sou estagiária - ou escrava, porque é isso que um estagiário é. E o meu chefe não é exceção: me explora até o último segundo do expediente.

Voltando a falar de mim: já tive um namorado. Lindo, carinhoso, me tratava como uma princesa. Ou assim pensei... até descobrir que o "príncipe encantado" me traía com a minha melhor amiga - ou melhor, minha falsa amiga. Depois disso, não quero saber de homem nenhum. Só quero terminar minha faculdade de Direito e conseguir um bom emprego em um grande escritório aqui, em São Paulo.

Vim do interior, deixei minha casa e minha família para trás. Vim com uma ideia na cabeça - e ninguém vai tirá-la de mim. A traição de Roberto quase me levou à depressão. Íamos nos casar, fizemos planos, ele dizia que me amava. Mas tudo era mentira. A decepção me deu forças para enfrentar a vida sozinha nesta cidade enorme e agitada.

A única coisa boa que encontrei aqui foram os amigos. Alice e sua irmã Aline, junto com seus namorados, Paulo e Fernando. Sempre saímos juntos, vamos a baladas, barzinhos. Estamos até planejando uma viagem no próximo feriado - talvez descer a serra ou ir para o interior. Ainda não decidimos.

Chego ao trabalho e, como sempre, meu chefe está de mau humor. Começa a descontar a raiva em todo mundo - principalmente na pobre estagiária aqui. É um dia de estresse puro. Só ouço os gritos daquele homem escroto.

Depois de muita correria, finalmente o expediente termina. Corro para pegar o ônibus e chegar a tempo na faculdade. Hoje tenho prova.

Logo na entrada da faculdade encontro Alice. Ela faz o mesmo curso que eu, assim como seu namorado, Paulo. Aline, sua irmã, faz Odontologia, e Fernando, Educação Física. Mesmo assim, estão sempre juntos. Amo muito aquelas duas - são como irmãs para mim desde que cheguei a esta cidade.

- Espero que a prova seja fácil - diz Alice, abraçada a Paulo, dando-lhe um selinho.

- Eu também espero, porque não estudei nada - respondo, apressada, entrando no prédio de Direito.

- Relaxa, meninas. Dá pra recuperar com trabalhos - diz Paulo, sempre tranquilo.

A verdade é que eu detesto fazer trabalhos. Por isso, me esforço para tirar notas altas nas provas. Mas ultimamente está difícil me concentrar. Minha mente está um caos com esses sonhos todas as noites. Acho que vou precisar beber para conseguir dormir em paz.

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