O telefone tocou, rasgando o silêncio do hospital, e a voz da enfermeira jogou Sofia num abismo: "Seu filho, Pedro, sofreu um acidente." O ar lhe faltou. Ligou para Marcos, o marido, que atendeu com impaciência, música alta ao fundo, e um suspiro de desdém ao saber do filho: "Você sempre exagera." Ele desligou antes que ela pudesse falar. No hospital, a notícia final esmagou-a: Pedro não resistiu. Horas depois, Marcos surgiu, com cheiro de perfume feminino e uma mancha vermelha no pescoço. "Eu era o motorista" , ele confessou, sem emoção, revelando Isabella, a irmã de Sofia, como a distração fatal no carro. Em casa, ele quebrou o carrinho favorito de Pedro e cuspiu: "Um filho que morre assim, causando tantos problemas, não é meu filho. É um fardo que você me deu e do qual finalmente me livrei." A traição dela, grávida dele, foi a facada final, enquanto ele a jogava no porão para apodrecer. Naquele chão frio, a ficha caiu: as 'reuniões de negócios' com Isabella, o colar desaparecido que ele armou para humilhá-la, a exploração financeira. Ele a tinha quebrado. Mas o que fazer quando a pessoa que você ama mais do que tudo é a própria causa da sua ruína? O ódio borbulhava, a forjando em algo novo, algo indestrutível. Ela assinaria o divórcio, sem levar nada, e sairia daquele pesadelo. Mas Marcos, numa tentativa final de humilhação pública, gritou na rua que ela o abandonava. Foi então que Ricardo, um magnata da tecnologia, surgiu do nada, não só expondo Marcos como um mentiroso e fraudador, mas lançando-lhe um ultimato que mudaria tudo: "Esta mulher está sob minha proteção."