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O primeiro beijo do Ryke

O primeiro beijo do Ryke

5.0
172 Capítulo
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Sinopse

Índice

Scarlett nunca pensou que sua vida de paz passaria por mudanças tão grandes um dia. Sua melhor amiga Megan era sua meia-irmã! Além disso, Megan e sua mãe planejaram levar tudo o que Scarlett possuía, incluindo sua riqueza, status, seu pai e até seu namorado. Megan até drogou Scarlett para um homem tirar sua virgindade. Mas por que o homem deitado ao lado de Scarlett não foi o que Megan arranjou? Ao acordar no dia seguinte, ambos dois começaram a procurar as informações sobre a identidade um do outro. Mas a verdadeira identidade daquele homem chocou Scarlett. Ele era o CEO mais rico - Ryke Mendez!

Capítulo 1 Tem um acompanhante na minha cama

Scarlett acordou com dor, com a cabeça latejando, como se tivesse sido atingida por um martelo, e gemendo, abriu os olhos. Sua mente ainda estava nebulosa, mas ela sabia que havia algo de errado, pois não reconhecia o quarto em que estava, e se perguntava o que havia acontecido na noite anterior, pois não conseguia se lembrar de nada. Na verdade, levou pelo menos cinco minutos para se lembrar do próprio nome.

Ela gemeu, enquanto tentava deitar de costas, e podia sentir o peso de todo o seu corpo, como se tivesse ganho alguns quilos a mais durante a noite. Além disso, havia uma dor entre as pernas dela, como se...

Ela soltou um grito, quando seu braço atingiu algo duro, enquanto tentava encontrar uma posição confortável. Seus dedos cutucaram uma, duas vezes, e simplesmente não conseguia entender o que era. Portanto, virou a cabeça para a esquerda e seus olhos se arregalaram, sem acreditar no que via.

Sua mente definitivamente estava pregando peças nela, pensou. O homem deitado ao seu lado, do outro lado da cama, simplesmente não podia ser real, não parecia ser. Então, ela olhou para o rosto dele, que claramente havia sido feito com o único propósito de seduzir quem quer que colocasse os olhos nele. Sua mandíbula era perfeitamente definida, assim como a parte alta de seu nariz e suas grossas sobrancelhas. A respiração dela ficou mais curta, ao notar os cílios dele. Nossa, como ela desejou que os dela fossem tão longos daquele jeito. Estavam dispostos elegantemente sobre as maçãs do rosto do homem, fazendo-o parecer ainda menos real. Hesitantemente aproximou sua mão até que seu dedo cutucou os lábios macios dele. Então, inesperadamente, os olhos do homem se abriram, e as pupilas marrons dela encontraram as cinzas dele.

Scarlett gritou alto o suficiente para acordar todo o andar, e sentou-se na cama ao mesmo tempo que ele. Percebeu com horror que não usava nada além de uma peça fina de lingerie bem reveladora, e cobriu o peito com as duas mãos.

"Q-quem é você?!" Gritou ela na cara do homem, dizendo: "O que tá fazendo nessa cama, seu... seu pervertido!"

Entretanto, ela não precisou esperar por sua resposta. De repente, as lembranças da noite passada surgiram em sua mente, pouco a pouco. Lembrava-se de estar com sua amiga Megan, havia sido ideia dela passar a noite em um quarto de hotel, tomar uns drinks e assistir a um filme juntas. Bem... Esse era o plano, mas nunca conseguiram assistir nada, porque assim que Scarlett terminou sua primeira taça de vinho, o mundo já sumia ao seu redor. Ela lembrava-se de ter se sentido tão exausta que precisou deitar-se no carpete e olhar para o teto. Então, ouviu a risada de Megan, mas já parecia uma pessoa diferente.

Ela estava entre o estado de sono e consciência, quando a garota que considerava uma amiga íntima inclinou-se sobre ela com o olhar mais odioso estampado em seu rosto.

Ela ouviu o que a amiga disse, "Você nunca vai encontrar alguém que cuide tão bem de você tanto quanto eu, Scar. Adivinha? Tenho uma surpresa: reservei o homem mais requintado de Los Angeles para passar uma noite com você, de graça. Dizem que ele pode literalmente te levar ao céu, só com o poder da aparência, então imagine como deve ser tê-lo dentro de você... Mas caso precise de um empurrãozinho, coloquei um pouco de afrodisíaco na sua bebida. Como tá se sentindo, hum?"

Scarlett não entendeu metade do que ela dizia. Tudo o que sabia era que estava se sentindo extremamente quente e precisava tirar a roupa o mais rápido possível. Então, começou a desabotoar a camisa enquanto Megan a olhava com um sorriso malicioso:

"Isso... Fique nua, vagab*nda... Quando Austin ver esses seus vídeos com outro homem, finalmente vai perceber que você não passa de uma v*diazinha..."

Scarlett queria vomitar. Essas memórias não poderiam ser reais. Megan nunca faria algo tão cruel, não com ela... Seu ombro tremia, enquanto passava a mão pelo cabelo, a cabeça latejando mais do que nunca, o que fez o homem ao lado dela franzir a testa, ficando preocupado.

"Hum... você tá bem?", perguntou ele.

Ela olhou para ele, cerrando os dentes de fúria. A amiga havia contratado aquele imb*cil noj*nto para dormir com ela, enquanto estava inconsciente. Não importava que seus olhos cinzentos fossem tão cativantes quanto um feitiço, a beleza não o tornava menos que um monstro.

Ela agarrou a primeira coisa próxima a ela, e infelizmente, era apenas um travesseiro, e o usou para acertar o homem inúmeras vezes, pontuando cada golpe com um rosnado raivoso.

"Seu. Estuprad*r. Desgraç*do! Você se aproveitou de mim! Vou te fazer apodrecer na cadeia, espera só pra ver, vou à polícia assim que terminar com você."

Scarlett engasgou quando ele agarrou o travesseiro, quando ela tentou bater nele novamente. Sem esforço, conseguiu tirá-lo dela e jogá-lo do outro lado da sala, e ela estremeceu de medo quando os olhos dele ficaram frios como aço.

Sua voz era baixa quando ele falou: "Foi tudo você ontem à noite, princesa. Deu em cima de mim, tão ansiosa pra trans*r... Eu nunca te forcei a nada, não precisava. Você não tava inconsciente enquanto tudo aconteceu, e pode ir a qualquer lugar que quiser, mas nunca vai provar que eu te estuprei, porque não foi isso que aconteceu, tá bom?"

"Seu filho de p*ta..."

Ela mordeu o lábio inferior, todo o corpo tremendo de raiva e vergonha, percebendo que o homem não estava errado. Não conseguia se lembrar do que aconteceu com ele, mas claramente não foi forçada, pois não havia sinal de resistência nela. Se fosse à polícia, só faria papel de boba.

Mas o que aconteceria então? Não havia realmente nada que pudesse fazer, após cair na cruel armadilha de sua amiga? Lágrimas quentes cobriram as bochechas dela. Pela primeira vez, notou as manchas de sangue na cama e isso a fez chorar ainda mais. Isso explicava a dor entre as pernas, pois nunca havia estado com um homem antes, e sua primeira vez foi com um noj*nto acompanhante, que tirou sua inocência e permaneceria impune, porque ela não poderia provar nada do mal que havia sido feito a ela.

O homem seguiu os olhos dela e também notou o sangue nos lençóis. Claro que ele havia sentido que ela era virgem, na noite passada, mas vê-la mal assim na frente dele suavizou seu olhar, e não sabia como reagir. Abriu a boca, mas relutou em deixar sair as palavras que estavam na ponta da língua, e finalmente, disse:

"Olhe, me desculpe, tá bom? Eu não sabia, eu... Mesmo que tenha sido você que tomou todas as iniciativas ontem à noite, ainda estou disposto a assumir minhas responsabilidades."

Scarlett soltou uma risada seca. Assumir responsabilidade? O que isso realmente significava, saindo da boca de um acompanhante?

"O que isso significa? Por acaso vai me devolver minha virgindade?"

Ele franziu a testa, e ela não lhe deu tempo de responder:

"Só cai fora daqui, agora! Ou eu juro por Deus, vou te matar com minhas próprias mãos!"

Ele não precisou ouvir duas vezes, e então pulou da cama e pegou suas roupas o mais calmamente que pôde, levando um tempo para colocá-las, apesar do olhar assassino que Scarlett lançava em sua direção. Então, tirou um cartão de visita do bolso da calça jeans e entregou a ela:

"Se mudar de ideia... pode me ligar, falo sério, princesa." Scarlett pegou o cartão de visitas e o rasgou bem na frente dele, dizendo: "Saia. Fora." Ela disse com os dentes cerrados, apontando para a porta.

O homem respirou fundo, vendo o sofrimento em seus olhos e sabendo que ela não ouviria nada do que ele tinha a dizer. Então, foi embora.

Assim que saiu do quarto do hotel, ouviu a mulher chorar como uma criança atrás de portas fechadas. Por alguma razão, isso fez seu coração doer, nunca foi de sentir qualquer tipo de emoção e ainda assim...

Ele se forçou a sair e pegou o elevador até o andar térreo, saindo do hotel com as mãos enfiadas nos bolsos da calça jeans. Ao passar pela porta de vidro de entrada, olhou diretamente para o céu azul claro e respirou fundo. Foi então quando dois homens vestidos com ternos escuros se aproximaram dele, com olhares severos estampados em seus rostos.

"Senhor." Eles disseram, cumprimentando-no em uníssono.

O homem desviou o olhar do céu e começou a andar em frente, seus dois guarda-costas o seguindo de perto.

"Aquela garota...," disse ele.

"Sim, senhor?"

"Procure todas as informações disponíveis sobre ela, imediatamente, e repasse pra mim o mais rápido possível."

"Sim, pode deixar."

Quando um carro Range Rover escuro parou ao lado deles, o homem entrou e seus guarda-costas fecharam a porta atrás dele.

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