A cabeça de João Carlos latejava, com o gosto amargo da noite anterior. Ele acordou em sua cama, o sol da manhã invadindo o quarto. Foi quando percebeu: seu filho Lucas havia desaparecido do berço. No lugar, uma menina que ele nunca tinha visto, com um macacão rosa. Sua esposa, Ana Paula, e seus pais, Regina e Roberto, agiam como se nada estivesse errado. Eles insistiam que a menina, Isabella, era sua filha e que Lucas nunca existiu. Seu mundo virou um pesadelo de acusações e mentiras, pintando-o como um louco obcecado. Em seu desespero para provar a verdade, ele se aproximou da bebê, e na confusão, ela parou de respirar em seus braços. A cena causou horror, com sua família o apontando como assassino, as câmeras registrando cada grito. Ele foi condenado, e a eletricidade da cadeira ceifou sua vida. A dor e a injustiça foram a última coisa que sentiu antes da escuridão. Mas a vida lhe deu uma segunda chance. Ele acordou novamente na mesma cama, no mesmo dia, com a mesma dor de cabeça. A menina estava lá, no berço, e a farsa de sua família se desenrolava outra vez. Ele não seria mais uma vítima. Desta vez, equiparado com o conhecimento do futuro, ele iria desmascarar cada um deles e lutar pela verdade. A vingança começou, e ele não aceitaria ser o bode expiatório novamente.