Quando o médico me disse que a minha bebé recém-nascida tinha morrido, o mundo parou. Deitada na cama do hospital, ainda dorida do parto, a única coisa que ouvia era o zumbido nos ouvidos. Nesse momento de luto esmagador, o meu telemóvel tocou. Era o meu marido, Pedro, mas havia 18 chamadas perdidas. Depois, uma mensagem dele: "Helena, onde estás? O avô dela quer vê-la." O meu sogro tinha acabado de falecer no hospital ao lado. A sua voz, quando finalmente o alcancei, não era de preocupação, mas de pura acusação. "Helena! Finalmente! O pai acabou de falecer. Ele queria ver a neta antes de partir. Porque é que não atendeste as minhas chamadas?" A dor no meu coração era insuportável, mas tentei sussurrar: "A Eva... ela não sobreviveu." Um silêncio frio do outro lado. Não de choque, mas de vazio. Depois, a voz da minha cunhada, Sofia, falsamente doce: "Pedro, querido, não sejas duro com a Helena. Mas o pai... é uma pena que a Helena não tenha chegado a tempo." A raiva ferveu em mim, mas o Pedro respondeu gelado: "Que tipo de desculpa é essa?" Ele não acreditava. Desligou, deixando-me a questionar: Onde estava o homem que amava? Como pôde ele pensar que eu inventaria a morte da nossa filha? Ele não me apoiou. Não me acreditou. Pior, ele me largou. Ele e a sua família deixaram-me sem nada, expulsando-me como lixo. A Sofia, que sempre me odiou, sorria vitoriosa. Eu estava sozinha, despedaçada, mas então a verdade cruel foi revelada: A morte da minha bebé não foi acidente, foi homicídio. Alguém assassinou a minha doce Eva. A polícia foi notificada, mas eu jurei, com o coração em chamas: Eu própria encontraria o monstro que tirou a minha filha de mim, e fê-los-ia pagar.