Eu e o Diogo, meu marido bombeiro, éramos um casal feliz, ansiosos pela chegada do nosso primeiro filho. Mas essa felicidade desmoronou no dia em que os resultados do teste de paternidade chegaram. O sol brilhava intensamente lá fora, mas o meu mundo congelou. O bebé não era dele. Liguei-lhe, a minha voz falhava. Ele, no meio de um incêndio, respondeu com a voz tensa e urgente do seu trabalho. "O bebé não é teu." O silêncio do outro lado da linha foi mais aterrorizante do que qualquer grito. Pouco depois, a sua mensagem: "Os papéis do divórcio estão a ser preparados." Limpo, clínico, e absolutamente devastador. A minha sogra, Dona Helena, que sempre me tratou como filha, expulsou-me da nossa casa, chamando-me de traidora. Como puderam acreditar no pior de mim? Eu nunca o tinha traído. Nunca. Então, quem era o pai do meu filho? E como é que a minha vida perfeita se tornou este pesadelo? Só havia uma resposta, por mais bizarra que parecesse: uma inseminação acidental durante uma viagem à Espanha. Mas, e se não foi um acidente? O meu coração parou quando vi a minha ex-sogra a rir com a Catarina, a ex-namorada do Diogo, a mulher pela qual ele me tinha deixado. Descobri a verdade por trás do "acidente": uma armadilha diabólica arquitetada por elas para destruir o meu casamento. Agora, com o meu dossiê de provas na mão, só me restava uma coisa a fazer: fazer o Diogo ver a verdade e fazê-las pagar. Não pelo ódio, mas pela justiça.