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Histórico

Capítulo 3 O Pacto

Palavras: 3290    |    Lançado em: 31/10/2025

sta, agora ganhava vida com os sons familiares do dia. O estalar da lenha nos fogões improvisados, o riso das crianças correndo entr

a proteger do sol. Ninguém se aproximava muito; mesmo os mais corajosos mantinham distância respeitosa. Sabiam

m seus pensamentos. Vestiu-se com um lenço vermelho nos cabelos e uma blusa branca com mangas largas, des

deias. Às vezes, escapava para o rio, jogando pedras na água como fazia desde menina, murmurando para si

cochichavam, trocan

perto, dizem qu

a. Ele é um Strigoi, um va

esdém, mas o coração se aceler

e tom - as cores ficavam mais profundas, o ar mais frio, e um silêncio reverente tomava cont

s se moviam com um estalo seco, e as portas se abriam lentamente. Um por um, os membros do bando de

tia em seus olhos, e o brilho frio de sua pele contrastava com o fogo. Seu manto se mo

ncipal, limpando ervas com a drabarni. Não resistiu e ergueu o olhar. Ele a v

z carregada de ironia, tentando esconder o ne

ele se aproximou até a luz tocar apenas part

erve - respondeu, com calma, o tom g

ingindo irritação, mas o c

me de dia e surge como um vulto à noite. - Pausou. - Vocês sã

ou mais, os olho

ari... sempre entre

por um instante, e el

do pelo lampejo bruxuleante das velas. Seus olhos dourados,

ve, mas suave. - Este clã existe há séculos por causa do sangue que derramamos

nda não compreendo. Como é possível vi

cabeça, observand

ituais, e nós... bebemos para continuar. Não é um ato de maldade, mas de necessidade. Cad

decifrar se havia arrepe

cê não se

responder, e seu olha

som quase humano escapando-lhe dos lábios. - Mas a sede... é como o vento - nunca desapa

com uma expressão que

s, Liliana. Vivo entre os qu

uspensas entre eles,

s a criatura das histórias, o predador da noite, mas algo mais profundo - um

com a voz quase num sussurro. -

ar, o toque dos dedos fr

gue será tua força e teu fardo. Mas tu não serás como nós.

forte, o eco do medo e da

u... me

riu com m

e alimenta de vontade, mas de instinto. Quando chegar a

ltou, mais de

do, tentando acalmar

em contempla uma chama - sabendo que,

a assim

evagar, voltando

mente. Mas você... - disse, olhando-a por

numbra, o coração dividido entre raiva, fascínio e medo. A dra

xo, menina. E agora, nenhum

.

ias e noites

ite, o acampamento mergulhava em mistério, sob o olhar sile

ria profecia que os unia.As noites nas Dolomitas tornaram-se diferentes desde a chegada de Drago. O ar parecia mais frio, as fogueiras ardiam po

hos, via o rosto dele: a barba rala sombreando o maxilar, os cabelos castanho-escuros caindo até a

oupas no rio, cuidando das crianças, rindo alto para espantar pensamentos perigosos. Mas ao e

ue logo ele

, sozinho, observando o fogo como quem lê um idioma que só ele entende. A luz alaranjada tocava seu

passos firmes, mas o

untou, sentando-se diante dele sem pedir permis

to, com aquele ar que mistu

u. - Se olhar o bastante, pode ver

ê vê agora? -

ongo, o suficiente para que o ar

ostrou... um eco do destino. E,

bochechas queimarem - não pelo fogo,

arte de um sonho antigo - diss

respondeu Drago

das brasas. Ao redor, o clã já dormia, as carroças envo

Que vive entre nós há séculos. Que protege os Kalderash desd

ou o fogo

á muitas luas desde que o primeiro de vocês pediu abrigo nas montanhas. Eu os encontrei quando ainda eram nômades de sangue

Liliana, a voz trêmul

sentiu l

om

s palavras. O vento soprava leve, carregando o cheiro de ter

ue não quero ser a continuação de uma

o olhar preso ao dela, intenso,

enas... acontece. - Fez uma pausa, e sua voz baixou quase a um sussur

ela viu algo em Drago que não era poder ou mistério - era cansa

o coração leve e p

estranha, Drago - disse, sor

o, um lampejo quase hu

que insiste em queimar mesmo sob a chuva. - Seu olhar baixou por um i

undo. Quis responder, provocá-lo de nov

se devagar, o m

reciso da escuridão. - Ele começou a se afastar

que realmente é a profecia... venha até

silencioso, dissol

ase apagada, o fogo refletido nos olhos - e um n

.

acampamento dormia em silêncio

ulsando com a certeza de que ele a esperava. Já havia passado um ciclo inteiro desd

a seguia o caminho iluminado pela lua até o alto de uma clareira. Lá,

viva. Os olhos, brilhando sob a luz lunar,

, a voz grave, baixa, quase um m

- E eu sabia que você estaria aqui - responde

os envolveu. Então Drago estendeu

nte de todos. Mas antes que isso a

sso à frente, o c

ou ela. - Fale. Diga o

e a luz prateada da lua tocou s

, a Mãe das Estrelas, a Deusa das Bruxas, aquela que ensinou aos seres a magia, marcou você no nascimen

rio ombro, como se a

e isso f

ua presença era ao mesm

de mim o Rei. Juntos, resgataremos o equilíbrio entre os mundos. Um no

? Se eu não quiser viver assim... nas sombras, alimentan

nte, o olhar distante. Quando falou, sua

é ter a eternidade para aprender, para sentir, para proteger. - Ele fez uma pausa, dando um leve sorriso triste. - O sangue... é apenas o preço da

s olhos dele havia algo que jama

ão sou apenas parte de uma profecia. Sou

centímetros do dela. - Com ou sem profecia, com ou sem deusa, você tem o direito de escol

u. Liliana sentiu o coração disparar. Tudo dentro dela - o medo, o

ueixo, olhos f

lho porque já não sei onde termino e onde você começa. Se o meu de

antigo - brilhou em seus olhos. Ele se inc

i. Rainha dos vivos e dos

eles se dissolveu

ndo e sombrio, prendia o de Liliana com uma intensidade que parecia atravessar a alma dela. O tem

. Os dedos tocaram de leve o rosto dela, traçando a curva da mandíbula até o queixo. A pele de Lil

çando-lhe o canto dos lábios, como se memori

dela - ainda vivo, pulsante -

sica antiga, mas suficiente para rasgar o véu do mundo. O ar pareceu vibrar ao redor deles; o vento

na, a outra percorrendo-lhe os cabelos como se tentasse prender o tempo entre os dedos. O beijo se

ara si. E o mundo pareceu desaparecer: não havia carroça, não havia luar, não havia passado nem profecia - apenas o

a tremia. A lua, alta e plena, parecia brilhar com mais fo

em seu rosto, o olha

a voz rouca, reverente.

as verdadeiro - e pela primeira v

s seres - foi o cumprimento da promessa de Ishtar, o se

spiração de Liliana era t

a mão sobre o

. E, quando o sol se esconder de

erramava sua luz sobre eles - o

inalmente, p

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