sta, agora ganhava vida com os sons familiares do dia. O estalar da lenha nos fogões improvisados, o riso das crianças correndo entr
a proteger do sol. Ninguém se aproximava muito; mesmo os mais corajosos mantinham distância respeitosa. Sabiam
m seus pensamentos. Vestiu-se com um lenço vermelho nos cabelos e uma blusa branca com mangas largas, des
deias. Às vezes, escapava para o rio, jogando pedras na água como fazia desde menina, murmurando para si
cochichavam, trocan
perto, dizem qu
a. Ele é um Strigoi, um va
esdém, mas o coração se aceler
e tom - as cores ficavam mais profundas, o ar mais frio, e um silêncio reverente tomava cont
s se moviam com um estalo seco, e as portas se abriam lentamente. Um por um, os membros do bando de
tia em seus olhos, e o brilho frio de sua pele contrastava com o fogo. Seu manto se mo
ncipal, limpando ervas com a drabarni. Não resistiu e ergueu o olhar. Ele a v
z carregada de ironia, tentando esconder o ne
ele se aproximou até a luz tocar apenas part
erve - respondeu, com calma, o tom g
ingindo irritação, mas o c
me de dia e surge como um vulto à noite. - Pausou. - Vocês sã
ou mais, os olho
ari... sempre entre
por um instante, e el
do pelo lampejo bruxuleante das velas. Seus olhos dourados,
ve, mas suave. - Este clã existe há séculos por causa do sangue que derramamos
nda não compreendo. Como é possível vi
cabeça, observand
ituais, e nós... bebemos para continuar. Não é um ato de maldade, mas de necessidade. Cad
decifrar se havia arrepe
cê não se
responder, e seu olha
som quase humano escapando-lhe dos lábios. - Mas a sede... é como o vento - nunca desapa
com uma expressão que
s, Liliana. Vivo entre os qu
uspensas entre eles,
s a criatura das histórias, o predador da noite, mas algo mais profundo - um
com a voz quase num sussurro. -
ar, o toque dos dedos fr
gue será tua força e teu fardo. Mas tu não serás como nós.
forte, o eco do medo e da
u... me
riu com m
e alimenta de vontade, mas de instinto. Quando chegar a
ltou, mais de
do, tentando acalmar
em contempla uma chama - sabendo que,
a assim
evagar, voltando
mente. Mas você... - disse, olhando-a por
numbra, o coração dividido entre raiva, fascínio e medo. A dra
xo, menina. E agora, nenhum
.
ias e noites
ite, o acampamento mergulhava em mistério, sob o olhar sile
ria profecia que os unia.As noites nas Dolomitas tornaram-se diferentes desde a chegada de Drago. O ar parecia mais frio, as fogueiras ardiam po
hos, via o rosto dele: a barba rala sombreando o maxilar, os cabelos castanho-escuros caindo até a
oupas no rio, cuidando das crianças, rindo alto para espantar pensamentos perigosos. Mas ao e
ue logo ele
, sozinho, observando o fogo como quem lê um idioma que só ele entende. A luz alaranjada tocava seu
passos firmes, mas o
untou, sentando-se diante dele sem pedir permis
to, com aquele ar que mistu
u. - Se olhar o bastante, pode ver
ê vê agora? -
ongo, o suficiente para que o ar
ostrou... um eco do destino. E,
bochechas queimarem - não pelo fogo,
arte de um sonho antigo - diss
respondeu Drago
das brasas. Ao redor, o clã já dormia, as carroças envo
Que vive entre nós há séculos. Que protege os Kalderash desd
ou o fogo
á muitas luas desde que o primeiro de vocês pediu abrigo nas montanhas. Eu os encontrei quando ainda eram nômades de sangue
Liliana, a voz trêmul
sentiu l
om
s palavras. O vento soprava leve, carregando o cheiro de ter
ue não quero ser a continuação de uma
o olhar preso ao dela, intenso,
enas... acontece. - Fez uma pausa, e sua voz baixou quase a um sussur
ela viu algo em Drago que não era poder ou mistério - era cansa
o coração leve e p
estranha, Drago - disse, sor
o, um lampejo quase hu
que insiste em queimar mesmo sob a chuva. - Seu olhar baixou por um i
undo. Quis responder, provocá-lo de nov
se devagar, o m
reciso da escuridão. - Ele começou a se afastar
que realmente é a profecia... venha até
silencioso, dissol
ase apagada, o fogo refletido nos olhos - e um n
.
acampamento dormia em silêncio
ulsando com a certeza de que ele a esperava. Já havia passado um ciclo inteiro desd
a seguia o caminho iluminado pela lua até o alto de uma clareira. Lá,
viva. Os olhos, brilhando sob a luz lunar,
, a voz grave, baixa, quase um m
- E eu sabia que você estaria aqui - responde
os envolveu. Então Drago estendeu
nte de todos. Mas antes que isso a
sso à frente, o c
ou ela. - Fale. Diga o
e a luz prateada da lua tocou s
, a Mãe das Estrelas, a Deusa das Bruxas, aquela que ensinou aos seres a magia, marcou você no nascimen
rio ombro, como se a
e isso f
ua presença era ao mesm
de mim o Rei. Juntos, resgataremos o equilíbrio entre os mundos. Um no
? Se eu não quiser viver assim... nas sombras, alimentan
nte, o olhar distante. Quando falou, sua
é ter a eternidade para aprender, para sentir, para proteger. - Ele fez uma pausa, dando um leve sorriso triste. - O sangue... é apenas o preço da
s olhos dele havia algo que jama
ão sou apenas parte de uma profecia. Sou
centímetros do dela. - Com ou sem profecia, com ou sem deusa, você tem o direito de escol
u. Liliana sentiu o coração disparar. Tudo dentro dela - o medo, o
ueixo, olhos f
lho porque já não sei onde termino e onde você começa. Se o meu de
antigo - brilhou em seus olhos. Ele se inc
i. Rainha dos vivos e dos
eles se dissolveu
ndo e sombrio, prendia o de Liliana com uma intensidade que parecia atravessar a alma dela. O tem
. Os dedos tocaram de leve o rosto dela, traçando a curva da mandíbula até o queixo. A pele de Lil
çando-lhe o canto dos lábios, como se memori
dela - ainda vivo, pulsante -
sica antiga, mas suficiente para rasgar o véu do mundo. O ar pareceu vibrar ao redor deles; o vento
na, a outra percorrendo-lhe os cabelos como se tentasse prender o tempo entre os dedos. O beijo se
ara si. E o mundo pareceu desaparecer: não havia carroça, não havia luar, não havia passado nem profecia - apenas o
a tremia. A lua, alta e plena, parecia brilhar com mais fo
em seu rosto, o olha
a voz rouca, reverente.
as verdadeiro - e pela primeira v
s seres - foi o cumprimento da promessa de Ishtar, o se
spiração de Liliana era t
a mão sobre o
. E, quando o sol se esconder de
erramava sua luz sobre eles - o
inalmente, p

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