do uma sombra longa e sinuosa sob a luz avermelhada dos candela
ca esclarecer o ocorrido no cais de Londres. Um roubo ousado, executado com precisão incomum,
veis, trocaram olhares condescendentes. Outros, de aparência mais selva
heiro co
rtefato em questão... - fez uma pausa, deixando o suspense pender no ar - ...parece ter valor
dentro, sentia o coração batendo firme, pesado, mas controla
tava um passo atrás dela, encostado com
stá sob tua guarda e proteção? E nos revele seu nome.
e lançou um olhar breve a Liliana - indecifrável, como sempre -, depois ergueu o
ão. - O nome dela é Liliana. É uma vampira errante, atualmente sob minha guarda, e advogo por sua perma
s inclinou-se leve
vampira não possui as
ergueu uma mão sutilmente, impedindo-a.
riso. - É o nome que ela escolheu, e isso já diz mu
, e Leo continuou, o tom calmo, mas com
e perdem em vaidade, talvez devêssemos valorizar aqueles que se
Sob o verniz de serenidade, Leo havia feito mais do que defendê-la - havia
er de imediato. O olhar do Rei, ainda frio, pousou s
rimeira vez. Sua voz era profunda e calma, carregada de
retamente para Liliana. - Quero ouvir da p
- ou abri-lo para algo muito maior do que imaginava. O olhar do Rei repousava sobre Liliana, e bastava sua quietude para que até os m
, mas carregado de ironia calculada -, creio que estamos preste
ecoou como o farfalhar de asa
eal, por ser errante, a ladina desconhece as leis da Sociedade, é apenas uma criança da noite. Se tivesse qualque
s às costas, medi
nstrar sinais de aliança ou rebeldia. Isso, a meu ver, fala
iente para que o silênci
- O olhar dele ergueu-se, sereno, mas cortante em direção dos membros do Conselho. - A informação viajou dep
uase elétrico. Alguns se entreolharam, outros d
m, mantev
calma demais para
nder por ela, nenhum decreto será selado sem a m
bafado atrave
amas nas tochas vacilaram, co
respondeu
fixos em Léo - olhar de predador que mede
a baixa, mas o som dela
iu, quase num sussurro. - Dize
ousa medir forças com o Rei - e ainda assim t
passo à
ou seus lábios não traz
As tuas palavras erguem pontes, sim - mas pon
entamente para Liliana - o objeto do
no, é quase sempre o pre
tiu o coraç
as de tempo, tentando decifrar não apenas o
selho, a expressão indecifrável,
lo salão como um veredito incontestável. - Contudo, a observação permanece. A neutrali
Conselho antes que Douglas se a
- começou, a voz carregada de protest
ra ele, frio e paciente - o tipo de ol
usadia de Douglas ecoasse no ar. Então, inclinou ligeiramente a cabeç
sorriso. - Acredito que o verdadeiro perigo reside em julgar
so. O salão permanece que nenhuma decisã
permaneceu em silêncio, a tensão dissolvendo-se apen
saiada. - A noite é longa, e os impacien
o, e o salão tremeu sob o peso implícito de suas palavras. Léo manteve a postura,
.
is: sedas coloridas e jóias reluzentes. À frente deles, um homem alto, de pele bronzeada, de cabelos escuros e expressão marcada por uma intensidade tranquila, avançou. Seu rosto era anguloso, a mandíbula
cato dos Ladinos, reclamo a
algo presunçoso, algo que dizia que não aceitava ordens sem considerar suas próprias regras. Mesmo sem uma pa
com interesse contido, os olhos se estreitando apenas o su
e - disse, com a voz tão gelada quanto diplomática. - Que a movi
para Léo, como quem diz que nada seria decidido sem consulta. O salão, antes contido, agora vibra
lma que já começava a incomodar os outros presentes. - Mas deixo claro: enquanto Liliana estiver
a, o cabelo escuro caindo em ondas sobre a testa, e um so
cia calma de quem está acostumado a ser ouvido, não a
passo à
ncia, mas por necessidade. Protegemos aqueles que vivem nas frestas da Sociedade: os esquecido
deixando o silêncio t
ncia. O Conselho governa pela ordem; nós, pela sobrevivência. E, até prova
ava Liliana, mas deixava claro que conhecia partes dela que Léo ainda
sobre o braço do assento, como se marcasse o
iro se contivesse. Seu olhar percorreu Rajko, depois Léo, e por fim repousou so
orém cortante. - Que fique registrado: a vampi
Quando o silêncio voltou, ninguém ousou respirar alto - todos sabia
entamente, inclinou a cabeça em um gesto que misturava respeito e ironia
um sorriso breve, que não chegava aos olhos. - O Sindicato cumprirá seu papel
ento, como se medisse a espessura daqu
brar - como se o salão inteiro reconhecesse que, sob
espinha. A partir daquele momento, cada gesto, cada escolha, seria vigi
lâminas tocando sua consciência. A reivindicação do grupo cigano a pegara de surpresa - não
falso poderia inflamar a situação. Ela precisava permanecer contida, quase invisível, calculando cada movimento, cada palavra, sem ceder ao impulso de reagir. O medo não podia ditar suas ações - apenas a sagacidade poderia manter seu caminho seguro. Sob proteção ou não, suas escolhas ainda t
ele deixava que o silêncio falasse por alguns instantes, pesado como ferro. Cada ol
era inesperado, quase íntimo, e por um instante o ar entre eles se carregou de algo que nenhum dos presentes ousaria nomear. Ela permaneceu f
do na direção do grupo cigano. A voz ecoou firme, sem pressa, c
rcorrendo o salão antes d
não como prisioneira, mas como agente de informações e g
omo mármore, manteve-se inabalável - apenas a sombra de
indispensável. Liliana colocará suas inegáveis habilidades a serviço da prote
recostou-se no trono, satisfeito, como quem acabara de t
o do Rei caiu como uma lâmina afiada em meio à tens
oltasse. Mas ela manteve o queixo ereto e os olhos firmes no trono. Agente do Conselho Real. A frase
lhos. Ele compreendeu o movimento com a rapidez de quem conhece a dança política dos podero
om justo entre respeito e ironia. - O Sindicat
fiança aparente, mas ele conhecia o subtexto melhor do que ninguém: o Rei a queria por perto - e sob vigilância. O olhar de Leo cruzou o de Liliana po
isfeito com o silêncio que se seguiu, e
os mostre quem serve com lealdade.
batia mais rápido do que qualquer diplomacia poderia permitir. Ela entendeu o recado: servir ao
u pelo salão, selando o julgamento.
-se diant
sua postura firme revelava que jamais seria servil. Rajko seguiu, o movimento e
abateu sobre ela como uma lembrança antiga. Ajoelhar-se. Beijar o an
das e carroças, de um homem que fora Rei por direito e alma, não apenas por título. O destino, impiedoso, agora a colocava ajoelhada de novo..
, ela se curvou, o movimento preciso, mas tenso. Quando estende
em silêncio. E
atravessou os dois - breve, involuntário, impossível de disfarça
a. Seu cheiro era o do inverno prestes a ceder - fresco, levemente amadeirado, que lembrava os ciprestes após a chuva. Um aroma que parecia
Seu rosto jovem de anjo caído. O Rei não recuou. Por um instante, a distância entre o trono e o
, um perfume floral, leve e fresco, envolvia-a - lírios, talvez rosas... e flores de laranjeira misturados a algo indefinível, um aroma que parecia ter vontade própria, insinuando-se ao redor dele, suave e hipnótico, e, sobretudo, aqueles olhos - de uma cor que mudava com o
a mão com suavidade,
ie - disse o Rei, a
onfuso, denso - uma sensação estranhamente familiar, que só havia sentido uma vez antes...
- como se o toque ainda ecoasse nela, um vestígio impossível de apagar.
. Só isso. Uma r
a não se dissipava - apenas se tornava mais discre
ingisse atenção aos protocolos que seguiam. Liliana desviou o olhar
a presença impunha respeito - não pelo medo, mas pela quietude firme de quem governa entre sombr
la mulher - Liliana - o
aça, mas com
, que lhe despertava um instinto antig
conter o olhar... e, justame
dos gestos calmos - tudo o levou de volta a uma noite recente, ao salão de vidro e ferro do No
que dança
cera antes que pudess
no, ela estava novamente -
vez, provava que t
tério.
ão impassível, e inclinou-se lige
tem uma história, e eu pretendo descobrir a dela. Seja discreto. Não quero o
ranziu o cenho,
a marginal, e agora membro do Sindicato, merece tanto interesse d
na direção dele, o o
que grito -, és meu braço direito e amigo leal, mas n
lhar, contrito, m
tom mais baixo, q
la, James. Está a me bloquear... e isso é raro. Raríssimo. - Ele fez uma pausa, o olhar perdido em algum ponto distante
, a expressão ag
. - murmurou, quase para si. - Quero estar pront

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