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Herdeira Sob Ameaça

Herdeira Sob Ameaça

5.0
3 Capítulo
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Sinopse

Índice

Eu poderia ser considerada uma mulher de sorte, filha única em uma das famílias poderosas da Europa, mas isso ia muito além de apenas de uma grande empresa, minha família era uma das principais máfias internacionais, eu estava perto de assumir o controle quando uma tragédia abala minha vida, meus pais foram brutalmente assassinados e eu era próximo alvo, mas isso era muito mais profundo do que eu poderia imaginar. Enquanto eu tenho que lidar com uma parcial perda de memória e uma facção criminosa, preciso também lidar com meu ex-namorado qual eu nem sequer lembro, e meu melhor amigo super protetor, que esconde mais segredos de mim do que eu poderia imaginar.

Capítulo 1 Acidente

A música estava tocando alta, eu dançava no meio da pista aproveitando os vários copos de vodcas que eu já havia tomado para comemorar mais uma morte bem sucedida, estranhamente mórbido, eu sei, mas outras garotas poderiam estar ali para comemorar inúmeras coisas, aniversario, namoro, amizades ou sexo, mas eu tinha o mais especial, afinal não é todo dia que você mata um dos maiores cafetões do país. Um inimigo da minha família que havia se tornado um pé no saco para mim, ainda mais quando ele constante falava em me comprar para o seu harém especial.

Eu pertenço à Família mais influente e criminosa da Europa, eu segui os passos dos meus pais me tornando uma assassina do alto escalão, treinada desde pequena para matar quem fosse necessário, assim assumir o lugar dos meus pais quando chegasse o momento. Eu era a herdeira da máfia Vitarde, consequentemente assumiria a liderança dos negócios da minha família, por conta disso, hoje era o último dia que eu poderia fingir ser uma garota normal, porque eu sabia que meus pais se aposentaria no meu aniversário de 23 anos, por isso eu fugi dos meus pais, dos seguranças, da minha vida caótica, porque depois que completasse os vinte três anos, um novo ciclo se iniciaria na minha vida, entraria na empresa da família Vitarde e finalmente iniciar o meu começo como líder. Girei na pista de dança sem me importar de derrubar minha bebida em alguém, afinal, eu só queria uma vez mais me sentir normal, por isso, eu queria aproveitar aquele instante de liberdade ali, sem regras e mentiras. Apenas eu e o meu copo que já estava vazio. Era estranho pensar que as pessoas ao meu redor vinham apenas com uma garota bêbada se divertindo, mas não era isso o que os rótulos faziam! Eu poderia ser qualquer um, assim como eles, mas não era como se agora eu precisasse de um personagem, ali era apenas eu.

Eu fui em direção ao bar, os saltos já estavam desconfortáveis, mas não o suficiente para eu desistir da noite que se estendia, pede outro copo, virando uma vez ou outra, afinal, não tinha pressa alguma, mas, por outro lado, meu celular vibra vez ou outra. Continuava a ignorar aquele fato, pois, eu sabia o que significava, eles haviam descoberto a verdade, provavelmente alguns dos homens de folga do meu pai, me viram, e como todos são puxa saco do meu pai, não era esperaram nem um minuto para avisar. — Eu vou ignorar. Eu falei para mim mesma, aquela seria a última vez que eu fugiria de casa, eu só queria uma vez me sentir normal, afinal, não era todo dia que a herdeira mafia podia passear por aí, sozinha. A noite passou tão ligeira quando os shots que eu havia tomado, mas não poderia dizer estar totalmente bêbada, afinal, eu sentia uma leve tontura, cantarolei a música que tocava enquanto olhava minhas mensagens, aqui chamou minha atenção, foi a do motorista, ele não mandava mensagem, a não ser que fosse de fato urgente, eu pode sentir minha brusca mudança de humor.

“Senhorita Elisa, urgente.”

“Estou indo.”

Eu coloquei o dinheiro no balcão dando um aceno para o bartender, aquela foi uma das melhores noites que eu passei ali, havia sido mais animado do qualquer outro dia, por isso, eu sentia a euforia me dominar, a música tocava no fundo, me deixando ainda mais entusiasmada, eu girei enquanto caminhava, tentando seguir um ritmo que só havia na minha cabeça, por isso, enquanto eu girava acabei perdendo o equilíbrio, pode sentir meu salto deslizar sobre a cerâmica, fechei os olhos esperando sentir o chão gelado, além de toda bagunçada e ia chegar em casa suja e provavelmente machucada. Mas repentinamente eu senti alguém segurar no meu braço com certa força, virei o rosto, olhando para quem havia me segurado.

Meu coração saltou de repente, homem de pele pálida sorriu para mim, os olhos azuis pareciam ainda mais brilhante do que eu lembrava, os cabelos castanhos estavam muito maior que eu poderia imaginar. Eu não conseguia para de encará-lo, o homem qual me segura, era um ex namorado qual a separação havia sido difícil demais, eu se for honesta, ainda não havia superado.

— Ei, você esta bem?

Eu puxei meu braço com mais força do realmente queria, por conta disso eu acabei novamente perdendo o equilíbrio, ele puxou com aperto firme, agarrando em minha cintura com força, com aquela possessão que só ele tinha, pode ouvir sua respiração colada em meu ouvido, se eu tivesse acontecido em outra época eu poderia me derreter ali mesmo em seu braço. Mas agora, eu não poderia fazer algo como isso, por isso, tirei sua mão que segurava minha cintura.

— Sim, estou bem, obrigada pela ajuda.

— Não ha de que.

Eu me afastei, deixando para trás, mas ele veio atrás de mim, pode sentir ele segurar em minha mão, fazendo olhar para ele, desde que havíamos terminado aquele namoro na “adolescência” e o evitava, evitava lugares poderiam nos encontrar, poderiam me chamar de infantil, mas eu só queria evitar sentir magoa ou raiva dele, porque eu sabia que não poderia evitar sentir raiva, magoa ou tristeza.

Podia sentir minhas pernas tremulas, mas eu não poderia deixar algo assim me abalar, já havia passado anos e eu ainda continuava tola a esse ponto, eu tirei sua mão do meu pulso com delicadeza, eu tentei sorrir, mas não saiu nada além de um meio sorriso amargo e desgostoso, ele me olhou de cima a baixo como se me avaliasse, eu não gostava nada daquilo.

— Algo para falar, eu estou atrasada.

Perguntei, observando o rosto dele se contorcer em uma careta, eu preciso ir ate o Chase, ele com certeza já me esperava do lado de fora, Chase era o motorista, qual sempre me ajudava escapar, quando ele não ajudava, fingia não me ver descer pela janela.

— Acho meio difícil, você ter um compromisso de madrugada?

Pode ver ele dar uma meio sorriso sarcástico, ele acreditava que eu estava lhe dando uma desculpa fugir dele? Eu não poderia dizer querer estar ali, ainda mais agora com ele aqui, mas ele precisa insinuar estar inventado uma desculpa?

— Tem alguém me esperando.

Falei sem qualquer intenção de provocá-lo, porem, eu pode observar o sorriso em seu rosto se desfazer rapidamente, eu sorri para ele, dando um tchauzinho, Chase já me esperava algum tempo e se o assunto fosse tão urgente quando ele fez parecer, ele se irritaria com a minha demora ali. Chase não era apenas o meu motorista, também era meu amigo, havíamos crescido juntos, então não tínhamos como nós ver de outra maneira, mesmo ele sendo ligeiramente mais velho do que eu. Eu me virei, deixando o homem para trás, quando sai, logo comprometei um dos seguranças que estavam ali fora na boate, um conhecido de longa data que trocou a vida de crime, pela pacífica vida de segurança de boate, ele pelo menos tinha essa opção.

Deixei a boate seguindo pela calçada procurando o clássico Mercedes-Benz preto, eu poderia dizer com certeza que aquele era o carro preferido dele, Chase deixou o carro, eu pode notar que ele havia tirado o terno que usava sempre durante o dia, as mangas estavam arregaçadas, mostrando as tatuagens que haviam em seus antebraços, eu perdi mais de meio minuto ali, olhando para ele, Chase, era diferente de tudo o que já havia visto, pode ver ele suspirar irritado, parei por um instante na beirada da calçada, olhando para os dois lados da rua, eu dei uma breve e ridícula corrida em direção ao carro, sentindo o salto machucar meu pé, ele estendeu a mão a para mim, me dando algum equilíbrio, ele segurou minha mão me trazendo para mais perto, não era uma coisa estranha para nós, mas os outros a nossa voltam sempre interpretavam de maneira errada, ele me guiou para a porta, abrindo a para mim, não tinha nenhuma necessidade, mas ainda sim, ele sempre repetia esse ato de cavalheirismo. Eu sentei vendo ele fechar a porta com certa força, ele parecia irritado, Chase foi para o banco do motorista, eu pode enfim entender o motivo de sua irritação, Jake, meu ex namorado estava olhando para nós, Chase o odiava ele partilhava do mesmo sentimento, um ódio mutuo que eu não entendia.

— O que aconteceu de tão urgente?

Perguntei vendo Chase me olhar de esguelha, ele arrancou com o carro, me fazendo reclamar pela sua falta de tato, tudo isso tinha a ver com Jake? Pode ver ele olhar pelo retrovisor por um longo segundo, quando sorriso desenhou seus lábios, eu tinha certeza disso. Achei Chase estranhamente quieto, afinal, ele não havia dito nada para mim.

— Eu ainda não consegui contato com a segurança da sua casa.

— Como assim? Você não estava la?

Pode ver ele exitar por um momento, Chase me olhou de esguelha, olhei brevemente para suas roupas, sem paleto, gravata, as mangas arregaçadas, os dois primeiros botoes abertos, ele também estava sem o cinto, eu coloquei a mão na boca, me dando conta do que estava acontecendo.

— Você tava bem no meio de uma transa? Eles ligaram para você? Você deve tá puto!

— Eu não tava no meio de uma transa, nós só estávamos curtindo, e fui eu que liguei, queria saber se você já tinha chegado, estranhamente, ninguém me atendeu.

— Não acredito que você deixou sua gata na mão por minha causa, meus pais me ligaram, eu não atendi, que ver eles me atenderam.

Peguei o celular, indo à discagem, mas eu estranhei algo, o último número que me ligou, eram numero restrito, um número que meus pais usavam emergências extremas, eu senti algo em meu peito doer, que porra tava acontecendo?

— Chase, realmente tem algo errado.

Quando Paramos em um sinal, Chase me olhou atento, ele não esperou nem mais um segundo ali, faltava um quilômetro e meio até a minha casa, parecia tão pouca distância, mas não era, se fosse para acontecer o pior, mas meus olhos desviaram para o repentino farol que surgiu ao lado de Chase, pode ver aquelas luzes se aproximarem cada vez mais, me cegando quase que completamente, pode ver Chase por seu braço, a minha frente, tentando de alguma maneira diminuir o impacto que teria. O carro atingiu a nossa traseira com muita força, fazendo o rodar no meio da rua, eu abri meus olhos, vendo o vidro voar por todo lado, vendo que Chase já estava desacordado, eu tentei respirar fundo, porem, a dor em meu peito me fez gemer com a dor aguda, pareciam haver se passado minutos mais foram apenas segundos, inutilmente eu tentei abrir a porta, vendo que ela estava enterrada, olhei para Chase, vendo o sangue escorrer de sua testa, meu coração falhou uma batida, eu tentei chamá-lo, mas minha voz pareceu um miado de gato, eu não tinha voz alguma, quando percebi o farol alto novamente, era tarde demais, não demorou um segundo para o carro bater em nós, nos arrastando alguns metros a frente. Eu só conseguia olhar para Chase, o sangue em seu rosto, se ele não tivesse ido me buscar, ele ainda estaria bem, apaguei, repetindo isso em minha mente.

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