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VENENO

VENENO

5.0
11 Capítulo
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Sinopse

Índice

Lucy Walle é uma garota normal e indefesa, com dezessete anos de idade que mora no bairro de Brooklyn (Nova York). Ela vive no centro da cidade, em um apartamento pequeno com seu padrasto, chamado Rick, ela perdeu a mãe quando era criança e sempre adorava ir a sua loja de CD’s favorita. Em uma noite em que estava voltando para casa, pegando o mesmo atalho de sempre, uma coisa desconhecida e poderosa entra em seu caminho, mudando totalmente o rumo de sua vida. Agora sua missão é de salvar o mundo ao lado de seu protetor e mais que um amigo, "V", um parasita irritante.

Capítulo 1 UM NOVO AMIGO

VENENO: Veneno é um simbionte alienígena formado a partir de um líquido, material orgânico de espessura elástica (ele é dar cor preta). Ele foi o resultado de uma pesquisa de laboratório que deu totalmente errado. Ele pode pensar e tem superpoderes.

Era tarde da noite, podia ver o céu totalmente escuro, lá estava eu, Lucy Walle, dentro da minha loja favorita, onde vendia vários CD’s, de muitos artistas, músicas e estilos diferentes. Sempre adorava visitar aquela loja, desde que era uma criança, minha mãe me levava todos os dias até aqui, ela adorava dançar, todas as músicas que comprávamos.

Como podemos falar de Aurora Walle? Era uma ótima mãe, uma mulher incrível, cuidava muito bem de mim, tendo que aguentar todos os dias um idiota bêbado que entrava no nosso apartamento como se fosse dele, toda madrugada. Em uma dessas vezes, fui dormir porque já era bem tarde, tendo que ouvir aquela gritaria toda dos dois brigando, mas, mesmo assim peguei no sono.

Aquele dia foi o último dia que eu vi minha mãe viva, os policiais foram investigar o que havia acontecido, meu padrasto disse que ela tinha caído da escada e batido a cabeça, ele chorava tanto que quase dava para eu acreditar naquela história, mas quem sou eu perto da polícia? Os investigadores deixaram o mesmo apenas quatro dias na prisão e depois o liberaram, ele ficou com minha guarda... Não sei o que aconteceu naquela noite, mas, todas as vezes que eu olho para ele ou passo perto dele, tenho uma sensação estranha, de que ele tinha matado a minha mãe, a empurrando da escada.

Isso vinha na minha mente, quase todos os dias da minha vida, mas eu não podia fazer nada.

O sininho da loja tocou, era mais um cliente entrando pelo visto. Parei de pensar em coisas alheias e voltei para os CD’s que estavam ali na estante, todos em perfeito estado e arrumados como sempre. Não havia muitas novidades por ali, então decidi pegar os dois novos que haviam lançado na loja. Fui caminhando até a bancada, coloquei os dois CD’s em cima e olhei para o idoso, com cabelos grisalhos e roupa formal. Dei um sorrisinho.

— Só isso por hoje, Sr. Williams. Quanto que tá?

— Você tem sorte que hoje é dia de promoção pra quem leva dois... — ele falou sorrindo amarelado. Sr. Williams sempre esteve vendendo nessa loja, nunca largou o emprego, mesmo com dificuldade, eu admiro muito esse coroa. — São 12 reais.

Apalpei o bolso do meu casaco e retirei de lá uma nota de dez e uma de dois dólares, o preço certinho, entreguei a Sr. Williams que pareceu estar contente, normalmente ele fica bem rabugento quando trabalha demais. Agradeci pelos CD’s, avisei que amanhã estaria de volta na mesma hora de sempre, ele ri baixinho. Sai da loja e aproveitei para colocar meus fones de ouvido, eu também tinha um celular, não era tão bom assim, mas dava para o gasto. Coloquei uma música qualquer, só para não ouvir nada desnecessário pelas ruas até chegar ao prédio.

O caminho para o meu prédio não era muito longe, mas, eu tinha um atalho bem mais rápido, era assustador, mas, já acostumei de tanto passar por ali. Avistei o beco escuro e familiar logo à frente, logo me encaminhei para dentro dele, era bem longo e estreito. Havia algumas latas de lixo, goteiras pingando para lá e para cá, a música acabou em meus fones de ouvido, um barulho estranho soou atrás de mim, rapidamente tirei os fones, olhei para trás e não havia ninguém.

— Olá? — gritei para o silêncio. Cruzes, que medo. Ninguém me respondeu, ainda bem...

Voltei a caminhar como se nada tivesse acontecido, mas, logo escuto uma voz. Sinistra e rouca. Por cima da minha música tocando no fone.

— O que a mocinha está fazendo na rua uma hora dessas? — me virei novamente, meu rosto ficou pálido, um homem com uma máscara preta no rosto estava parado me olhando fixamente, será que eu iria sofrer um assalto? Será que ele iria fazer alguma maldade comigo? Tudo que pude fazer era dar meia volta e correr. É eu fiz isso, mas não deu muito certo.

O homem apareceu der repente na minha frente e me virou de costas para ele, prendendo minha boca por trás e encostando meu corpo com o dele. Ele ia fazer algo de ruim comigo, tinha certeza. No princípio, estava surtando, tentando sair de qualquer jeito dos braços daquele homem, o desespero toma conta de mim por alguns segundos, mas, depois vou desistindo de lutar. Começo a suar frio, minhas mãos ficam geladas, sinto minha respiração ficar mais pesada, não tenho mais salvação, minha vida toda vai acabar aqui. Ele vai me matar, vai fazer algo de errado comigo, não vou poder fazer nada como sempre, meu coração acelera, começo a aceitar meu destino. As lágrimas em meus olhos começam a escorrer der repente, sem eu poder controlar...

— Porque está chorando, minha criança? — o homem fala próximo ao meu ouvindo, o máximo que eu consigo fazer é distanciar minha cabeça do mesmo. — Se você prometer não gritar e parar de chorar, eu solto sua boca e podemos conversar... Não vou te machucar. — disse ele.

Apenas afirmo com a cabeça, estava com muito medo, mesmo se eu gritasse ninguém iria estar por perto para me socorrer ou algo do tipo. O homem vai retirando a mão de minha boca, conforme estava ficando mais calma com tudo aquilo.

— Preciso de sua ajuda... — a voz dele fica menos amedrontadora do que antes, porém ainda é rouca e parecida com um monstro, não de um ser humano normal.

Minhas lágrimas pararam de rolar.

— Da minha ajuda? — meus pensamentos começam a embolar. O cara primeiro parece estar me sequestrando, depois vai pedindo minha ajuda? Que negócio esquisito é esse? Não faço ideia, mas, meu medo fala mais alto e eu apenas sigo com o papo. Afinal, eu nem conheço esse homem e ele parece ser paranormal o suficiente para ser bastante perigoso. Der repente, ele me solta definitivamente.

— Você é um corpo que eu mais me encaixaria por completo...

O mesmo dá um passo para trás após dizer aquilo, não estava entendendo merda nenhuma e podia estar correndo neste momento, mas, apenas me viro de frente para ele, minha curiosidade fala mais alto que o medo agora.

Lucy, sai correndo daí, pelo amor de Deus. É meu subconsciente falando para mim neste momento.

— Quem é você?

— Eu sou Veneno. — ele sorriu como se fosse um chefão do mal ou algo assim.

Um momento de silêncio se passa, o mesmo movimenta sua mão até a máscara, retirando a mesma, revelando ser de um garoto muito bonito por sinal, seus olhos eram verdes, mas, não dava para enxergar muito bem, estava bastante escuro. Parecia uma pessoa normal para mim. Mas, logo começou a ficar ainda mais estranho. Seu rosto começou a se deformar, na verdade, seu corpo inteiro. Um tom de pele escuro começa a surgir por toda a parte, o rosto começa a se alargar, os olhos passam a ser totalmente brancos. Mas o que mais me deu medo foi a boca. Vários dentes pontudos e grandes, tinha também uma língua nojenta saindo para fora. Ele aumentou mais ou menos uns dois metros de altura. É, eu gritei igual uma garotinha indefesa nessa hora.

Mas, eu não vi nada depois, porque meio que o braço dele veio na minha direção como se fosse um elástico todo preto e sem querer eu desmaiei de emoção, né, até porque nunca que eu estava com medo, fala sério, não tenho medo de nada. Essa coisa preta só existia na minha mente, aquilo tudo tinha sido um sonho total, estava tudo no maior controle do mundo.

Até que eu acordei finalmente, com muita fome, no meio do beco escuro, as goteiras pingando, o céu estrelado, eu devia ter batido a cabeça em alguma coisa e comecei a ter pesadelos enquanto caminhava. Levantei-me rapidamente e vi um corpo no chão. Dei um grito alto, mas, depois percebi que era aquele homem do meu sonho, então não tinha sido um sonho porque ele estava ali.

Comecei a ficar desesperada de novo, ele pediu minha ajuda depois se transformou num bicho enorme, preto e musculoso? Tinha sido isso mesmo? Mas, parecia inofensivo deitado no chão daquele jeito, pensei até que tinha morrido. Será que eu o matei de algum jeito? Meus pensamentos até falavam para eu ir embora e deixar aquele corpo ali, mas, eu não podia fazer isso... Coitado do garoto devia ter problemas mentais ou era eu me fantasiando de novo.

Pego o mesmo pelo braço e vou arrastando seu corpo pelo beco, esperava que ninguém estivesse na rua uma hora dessas para me ver arrastando um corpo quase morto por aí. Atravesso a rua rapidamente ao chegar no final do beco e chego em meu prédio. Pego a chave em minha bolsa e abro a porta da frente, assim que entro, tranco a mesma. Caminho até as escadas que davam para os andares, ainda bem que o meu era o segundo.

Depois de muito tempo, consigo chegar até o final e caminhar para o meu apartamento. O homem era bem pesado, mas, isso nem estava me cansando muito, tinha alguma coisa errada, consegui carregar o mesmo até meu apartamento, isso era completamente impossível para alguém tão sedentária como eu que só saia de casa para ir ao colégio e na loja de CD’s.

Peguei a chave da porta e abri a mesma sem demoras. Já estava bem tarde. Entrei no apartamento e fui correndo até meu quarto colocar aquele garoto desconhecido na cama, devia estar louca por trazer uma pessoa dessas para dentro de casa... Mas, só estava curiosa apenas e afinal ele desmaiou ao meu lado no beco, tinha que ter alguma explicação.

Meu quarto era tipo uma suíte, tinha banheiro e closet, mas era simples. O banheiro era minúsculo e o closet também. Então não tinha o porquê de eu ficar do lado de fora tendo que olhar para a cara do meu padrasto e aguentar as merdas que aquele idiota falava. Vou até a porta e tranco a mesma, coloquei a chave na escrivaninha e me sentei na cadeira olhando o garoto que continuava apagado.

— O que nós vamos fazer com ele?

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