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O CEO Sexy

O CEO Sexy

4.9
35 Capítulo
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Sinopse

Índice

Alessandro Annenberg era o playboy mais arrogante que eu já havia conhecido! Só porque ele era bonito e sexy, além de dono da maior empresa de café do país, ele se achava no direito de dar em cima de mim. Eu queria apenas ter minha vida normal, aquela que planejei perfeita, onde me casava e no final era feliz. Por que ele simplesmente não encontrava outra mulher para flertar ou ia embora da cidade? O problema era que toda vez que nos encontrávamos algo saía errado e para o bem ou para o mal, eu já não me reconhecia na presença dele. Ainda mais depois que ele me beijou... Mas não cederia... nunca... Mesmo que meu corpo fosse um traidor Minha mente pecadora E meu coração um mentiroso. Jamais a tentação pareceu tão... arrebatadora...

Capítulo 1 Capitulo 1

Era o restaurante mais caro da cidade. O mesmo que meu namorado prometeu me levar na última vez que brigamos. Era o nosso jantar de reconciliação e estava perfeito. A luz era mais escura dando um ar sofisticado, havia apenas algumas pessoas presentes, a maioria casais. Apoiei meu cotovelo sobre a mesa e a cabeça na mão para admirar meu namorado, Lucas Toledo, um dos caras mais ricos da cidade, meu perfeito príncipe encantado. Ele era lindo com aqueles cabelos dourados, os olhos azuis que pareciam duas pedras preciosas e um corpo esculpido pelos deuses.

Eu era a mulher mais sortuda de Nova Nazaré. Como não seria? O cara mais rico da cidade me escolheu para ser a esposa dele quando existia um milhão de outras garotas com quem ele poderia se casar. Meu sonho de amor perfeito aconteceu.

Ele não tirava os olhos do celular, a todo o momento voltava a atenção, colocava o aparelho no paletó caro e então tirava de novo, como se estivesse esperando uma ligação ou mensagem importante. Inclinei um pouco mais para frente e com cuidado toquei sua mão.

— Está tudo bem? – perguntei suave.

Ele ergueu o olhar do celular para o meu rosto, tirou a sua mão da minha e guardou o aparelho antes de me encarar.

— Pensei que seria uma noite só nossa – ele comentou sério.

Meu coração se encolheu, recolhi o braço sem compreender por que ele estava bravo. Detestava deixá-lo chateado e reparei que nos últimos meses, Lucas estava ficando irritado com muita frequência.

— E é – abaixei as mãos para o meu colo —, o que eu fiz de errado?

— Você pintou as unhas de vermelho – ele olhou com desprezo —, sabe que eu não gosto.

Encolhi os dedos sentindo as unhas arranharem o tecido do meu vestido. Escolhi aquela cor para ficar diferente, para me sentir sexy e quem sabe ele me achar bonita. Contudo, o tiro saiu pela culatra. Lucas era muito conservador, ao extremo, e eu sabia. Não sei por que quis fazer algo diferente e estragar com nosso momento importante.

— Não foi por querer – me desculpei sem graça.

— Não faz mais isso. – Ele colocou o dedo em riste.

Eu me senti culpada. Não queria piorar a nossa relação que já não andava boa. Desde que decidimos marcar a data do casamento, era isso: brigas e discussões, e reparei que a maior parte do tempo eu estava errada porque queria inovar, fazer coisas diferentes. E o Lucas me puxava do mundo da ilusão e me trazia de volta para a realidade: casamento era casamento. Nada de extravagâncias ou exageros. Tudo tinha que ser bem discreto e para amigos íntimos. Um vestido clássico, padrinhos próximos. Nada de convidar minha família espalhafatosa, ele morreria de vergonha da

tia Eugênia porque ela falava alto e sempre tinha um palavrão no final da frase.

— Me perdoa – pedi desculpas e respirei fundo —, eu só quero que a gente fique bem.

Ele aquiesceu.

— Eu gosto de você como é, Helena, discreta, comedida.

Nada dessas aberrações. Não combina com você...

Como sempre, o Lucas tinha razão.

— E seu vestido está curto demais também. Prefiro quando usa calça e não mostra as pernas – ele avisou.

Também sabia disso, mas minha necessidade de inovar estragou tudo. Forcei um sorriso triste e ele notou.

— Mas não vamos nos preocupar com esses detalhes, vou te ajudar a ter a educação que precisa – ele me advertiu —, precisamos nos concentrar no nosso casamento, faltam apenas alguns meses.

A impressão que eu tinha era que ele estava fechando mais um de seus negócios importantes e não se casando apaixonado. Senti um aperto no peito por ser mal-agradecida. Todas as garotas da cidade queriam estar no meu lugar, ser a Senhora Toledo. Não era o sonho de toda mulher ter um homem lindo, inteligente e apaixonado ao seu lado? Além disso, ele era educado, quase não bebia e dificilmente falava alto. Nunca tinha visto o Lucas se meter em brigas, ao contrário, as pessoas respeitavam o nome de sua família e ficavam bem longe dele.

Minha mãe dizia que essa falta de romantismo era normal e que eu deveria me acostumar, com o tempo piorava. Ela e meu pai foram apaixonados no começo, mas depois esfriou e agora viviam como amigos. Depois de mais de trinta anos de casado, eles não tinham coragem para viver as próprias vidas e decidiram cuidar um do outro. Era tão desumano. E era geral, via as minhas tias e amigas casadas reclamarem da mesma coisa: com o tempo tudo esfria e fica uma merda. Não adiantava rezingar, o problema só mudava de endereço.

— Estou bastante ansiosa, minha tia Lolô vem dos Estados Unidos para o casamento – contei a ele.

— Quem é Lolô?

— Minha única tia paterna. Foi graças a ela que meu pai conseguiu comprar a loja de construção e daí veio tudo que temos.

– Sorri.

Tia Heloisa, ou tia Lolô, foi para os Estados Unidos no fim da década de oitenta com apenas dezoito anos e um passaporte falso. Na época que ainda se falsificava passaportes e não havia tecnologia suficiente para descobrir. Ela fez dinheiro trabalhando de faxineira e mandou uma parte para ajudar meu pai. Graças a ela, nós tínhamos três lojas de materiais de construção na região, meu pai construiu nossa casa, comprou um sítio, uma casa na praia. E ainda pôde devolver para a minha tia o que ela emprestou. Tínhamos uma vida maravilhosa e tranquila, financeiramente falando não éramos ricos como a família Toledo, mas a gente passava bem.

— Que bom! – Ele sorriu.

— Não é? – falei empolgada. — Essa semana vou fazer entrevista de emprego na fábrica de café.

Ele revirou os olhos.

— Já disse para parar com essa besteira de procurar emprego, Helena – ele falou com calma —, não quero que trabalhe depois do nosso casamento. Quero que cuide da casa, dos filhos que vamos ter. Provavelmente vou seguir o mesmo caminho do meu pai e ser vereador da cidade e depois prefeito. Quero você ao meu lado – e antes que eu argumentasse, ele ergueu a mão —, eu sei que você quer ter seu dinheiro e ser independente. Mas vou te dar uma mesada para você ter seus gastos pessoais, você vai ter seu carro com tanque cheio. Tenho certeza que isso é melhor que um emprego numa fábrica de café...

Não podia negar que a proposta era tentadora. Não via problema algum em ser sustentada por ele se estávamos formando uma família e ele precisava do meu apoio. Contudo, havia algo que me impedia de aceitar facilmente: o medo do que poderia ser cobrado de mim depois, toda vez que o dinheiro caísse na minha conta. O Lucas era o melhor namorado do mundo, mas minha prima Miranda era sustentada pelo marido e toda vez que ela reclamava de alguma coisa, ele jogava na cara dela que o dinheiro era dele e ela não tinha alternativa a não ser que acatar as decisões dele.

Não sei, as relações eram complicadas e o Lucas não era o marido da Miranda.

Afastei aqueles pensamentos ruins e sorri em agradecimento.

— Obrigada, meu amor. Você é tudo que uma mulher pode querer na vida – elogiei.

Ele sorriu satisfeito e fez sinal para o garçom que se aproximou.

— Traga o melhor vinho da casa – ele pediu.

— Lucas! – eu o repreendi. — Para que isso? Não tem necessidade!

— Eu quero – ele me cortou com seu sorriso charmoso —, quero que nossa noite seja perfeita!

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