Três anos em Portugal. Sonhava em voltar para os braços do meu noivo, Pedro. Mas no aeroporto de Guarulhos, algo estava terrivelmente errado. Meus pais e minha melhor amiga, Carolina, me esperavam, mas Pedro não estava sozinho. Ele dava as mãos à Carolina, minha melhor amiga. E ao lado deles, um homem estranho, Marcelo, me chamava de "meu amor". Ele se apresentou como meu noivo, com um sorriso pegajoso e um cheiro azedo que me embrulhava o estômago. Tentei achar o verdadeiro Pedro, mas ele, ao lado da Carolina, disse: "Do que você está falando, Maria Eduarda? Eu sou casado com a Carol." Eu gritei, tentei fazê-los recordar de nossa história, de nossos planos, mas eles me mostraram fotos e vídeos falsos. Meu celular, minhas memórias digitais, tudo foi alterado. Fui tratada como uma louca desequilibrada, humilhada publicamente e agredida. Senti o chão sumir sob meus pés, a escuridão me engolir. Então, abri os olhos. Estava de volta no avião, no mesmo assento, a caminho do Brasil novamente. Aquilo não foi um pesadelo. Foi um aviso. E desta vez, eu estava pronta para a guerra. A vingança seria servida fria.