Minha vida virou de cabeça para baixo com a morte de Laura, a esposa do meu irmão gêmeo, Pedro. No velório, minha sogra, Dona Ana, fez uma exigência absurda à minha esposa Sofia: que ela gerasse um filho para Pedro, já que Laura não podia ter herdeiros. Meu pai e a família apoiaram a ideia doentia. Eu me recusei, firme, agarrando a mão de Sofia para tirá-la daquele círculo de insanidade. Ela me jurou amor, disse que nunca faria algo assim. Mas, horas depois, eu a encontrei nos braços de Pedro, no jardim, sussurrando: "Foi o único jeito de Lucas não desconfiar". A traição esmagou meu mundo. Vivi dias de agonia, testemunhando a farsa de Sofia, que fingia ser minha dedicada esposa enquanto se encontrava secretamente com Pedro. A família me acusava de egoísmo por não "apoiar" meu irmão. A humilhação atingiu o auge quando ela anunciou a gravidez. Grávida do meu irmão, e eu sabia. Mas a farsa não parou: Pedro passou a morar em casa sob o pretexto de "cuidar da Sofia", e eu, o traído, era o vilão. O desespero me consumiu. Eu não entendia por que eles me torturavam assim, por que ninguém via a verdade. Mas eu não ia mais aguentar. Decidi que me livraria de tudo.