O teste de gravidez com duas linhas nítidas na pia do banheiro selou o destino de Beatriz. A revelação foi recebida não com alegria ou surpresa, mas com a frieza de um plano meticulosamente executado. Seu primeiro instinto não foi ligar para o marido, Lucas, mas sim para seu advogado, iniciando o processo de divórcio. Enquanto a voz do marido soava irritada ao telefone, uma figura feminina manhosa se revelou ao fundo – Sofia, a amante de Lucas, a quem ele atendia em detrimento da própria esposa grávida. Sua indiferença e desrespeito a magoaram profundamente, culminando em um empurrão que a fez perder o chão, o ventre, e quase a vida. Como ele pôde? Seu próprio marido, que se mostrava indiferente à sua dor, que a havia trocado abertamente, defendia a mulher que a empurrou grávida? A audácia dele a chocou. O que ela tinha que fazer para que ele finalmente a deixasse em paz? A verdade, fria e calculada, era que Lucas nunca fora o propósito do seu casamento. Ele era apenas um meio. E agora, ela estava livre para revelar o plano que guardara silenciosamente por tanto tempo. Ela se casou com ele não por amor, mas para ter um filho que se parecesse com Pedro, seu falecido noivo e irmão gêmeo dele. Ela iria recomeçar, mas dessa vez, por si mesma.