Quando saí do escritório do advogado, com os papéis do divórcio em mãos, esperava um dia de recomeço. Mas o meu telemóvel tocou com uma voz fraca da minha mãe, Clara, que mal conseguiu sussurrar "hospital... São Lucas" antes da chamada cair. Corri para lá, apenas para a encontrar nos cuidados intensivos, em coma induzido por um traumatismo craniano. O meu padrasto Diogo, estranhamente calmo, alegou um "acidente". Mas a sua frieza e as suas justificações vazias me perturbaram profundamente. Ele parecia quase satisfeito. Algo estava errado. A minha mãe não era desastrada. O que realmente aconteceu naquele apartamento? E porque Diogo agia como se a sua esposa estivesse apenas a ser um "empecilho"? Eu tinha passado o dia a fechar um capítulo, mas este, este eu teria de reabrir. E lutar pela verdade.