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O PAI DO MEU NAMORADO

O PAI DO MEU NAMORADO

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Sinopse

Índice

Eu tinha o namoro perfeito. Nick faria de tudo por mim, e isso incluia pedir para seu pai nos abrigar quando falimos e perdemos nossa casa. Eu amava Nick, talvez mais do que a mim mesma. Mas então eu vi seu pai adotivo, o conheci e me aproximei. Claro, não era a intenção. Eu sequer devia ter olhando para ele com outros olhos. Mas aconteceu. Eu me aproximei, e então me apaixonei pelo que devia ser meu sogro.

Capítulo 1 01

Porscha

Ele não está atendendo. É a segunda vez que eu ligo em quinze minutos, e também não tive respostas para as mensagens que tenho enviado. Será que ele ainda se lembrava de estar aqui às duas? Desligo e olho para o relógio na parede do bar, vendo que já é quase meia-noite. Ainda tem duas horas antes do meu namorado pensar que meu turno acabou e que pode vir me buscar. E eu aqui pensando que teríamos sorte hoje, se eu saísse mais cedo, para termos uma noite surpreendente. Merda. Preciso arrumar meu carro. Não posso continuar dependendo dele para as caronas. A música toca ao redor, os clientes riem à minha direita e um dos bartenders enche o cooler com gelo do meu outro lado. Começo a me sentir inquieta. Se ele não está atendendo, então está dormindo ou saiu. Ambos significam que vai se lembrar de mim quando for tarde demais. Ele nem sempre é confiável, mas essa não seria a primeira vez, também. Esse é o problema de transformar seu amigo em namorado, acho. Ele ainda pensa que pode se safar. Pego minha camisa e bolsa no armário embaixo da pia e guardo o celular no bolso. Visto a camisa de flanela por cima da regata, abotoo e a enfio no cós da calça jeans, me cobrindo. Eu me visto um pouco sexy para conseguir as gorjetas, mas não sairei daqui assim. — Onde está indo? — pergunta Shel, olhando para mim enquanto enche uma caneca de cerveja. Olho para minha chefe, seu cabelo preto com mechas loiras empilhadas no topo da cabeça e uma sequência de corações minúsculos tatuados ao redor do braço. — Tem uma sessão à meia-noite de “Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio” no cinema “The Grand” — respondo quando fecho o armário e passo a alça da bolsa de couro por cima da cabeça. — Vou passar o tempo lá enquanto espero pelo Nicolas. Ela termina de encher a caneca e olha para mim como se houvesse um milhão de coisas a dizer, mas sem saber por onde começar. É, é, eu sei. Gostaria que ela parasse de me olhar assim. Existe uma boa possibilidade de Nicolas não estar aqui às duas da manhã, considerando que ele não está atendendo o telefone agora. Eu sei disso. Pode ser que esteja completamente bêbado na casa de algum amigo. Ou poderia estar dormindo em casa com o alarme programado para vir me pegar às duas e esqueceu seu telefone em outro cômodo. Pouco provável, mas possível. Ele tem duas horas. Darei duas horas a ele. Além disso, minha irmã está no trabalho e ninguém aqui pode sair para me levar para casa. O movimento está fraco esta noite, e fui dispensada para sair mais cedo porque sou a única sem um filho para sustentar. Mesmo que eu precise desesperadamente do dinheiro da mesma forma. Aperto a alça da bolsa sobre o peito, com a sensação de que deveria ter mais de dezoito anos. Bem, dezenove anos agora, quase me esquecendo de que dia é hoje. Respiro fundo, afastando a preocupação nesta noite. Muitas pessoas da minha idade lutam para ganhar dinheiro, não conseguem pagar as contas e têm que andar de carona. Sei que é esperar demais que eu já tenha tudo resolvido a essa altura, mas ainda assim é vergonhoso. Odeio parecer desamparada. E também não posso culpar Nicolas. A decisão foi minha de usar o que sobrou do dinheiro do meu empréstimo estudantil para ajudá-lo a consertar seu carro. Ele esteve ao meu lado quando precisei. Houve uma época em que só tínhamos um ao outro. Virando-se, Shel coloca a cerveja no balcão em frente a Grady – um dos frequentadores assíduos – e pega seu dinheiro, dando mais uma olhada para mim enquanto registrava a venda no caixa. — Seu carro não está funcionando — afirma. — E está escuro lá fora. Não pode ir a pé até no cinema. Traficantes sexuais estão à procura de adolescentes gostosas, com cabelo loiro e essas merdas todas. Solto um bufo. — Você precisa parar de assistir programas policiais. Podemos estar bem perto de algumas cidades maiores, e Chicago fica só a algumas horas de distância, mas ainda estamos no meio do nada. Levanto a divisória e saio de trás do balcão. — O cinema fica virando a esquina no quarteirão — comento. — Chego lá em dez segundos, se eu correr como se estivesse nas eliminatórias. Dou um tapinha nas costas de Grady ao sair, e o cabelo grisalho do seu rabo de cavalo balança quando ele se vira e dá uma piscadinha para mim. — Tchau, criança — ele se despede. — Noite. — Porscha, espera — Shel grita mais alto que a música, e viro a cabeça para olhar para ela. Vejo quando ela pega uma caixa do cooler, junto com uma caixa de vinho embrulhada e empurra os dois através do balcão para mim. — Feliz aniversário — diz ela, sorrindo como se soubesse que eu provavelmente pensei que ela tivesse esquecido. Começo a sorrir e levanto a tampa da pequena caixa, vendo meia dúzia de donuts. — Foi tudo o que pude conseguir às pressas — explica ela. Ah, mas é bolo. Mais ou menos. Não vou reclamar. Fecho a caixa e levanto a aba da bolsa, escondendo lá dentro meu dinheiro, vinho e tudo mais. É evidente que não esperava que alguém me desse alguma coisa, mas ainda assim, é bom ser lembrada. Cam, minha irmã, sem dúvida vai me surpreender com uma linda camisa ou um par sexy de brincos amanhã quando eu a vir, e meu pai provavelmente me ligará em algum momento desta semana. Shel sabe como me fazer rir, no entanto. Tenho idade suficiente para trabalhar em um bar, mas não para beber. Dar um pouco de vinho escondido para eu poder beber e desfrutar, fora do bar, será minha pequena aventura de hoje à noite. — Obrigada — agradeço e me empoleiro no balcão, dando um beijo em seu rosto. — Tome cuidado — pede. Aceno uma vez e me viro, saindo pela porta de madeira e pisando na calçada. A porta se fecha atrás de mim – a música lá dentro agora só uma vibração – e meu peito cede, soltando a respiração que não percebi que estava segurando. Eu a amo, mas gostaria que não se preocupasse comigo. Ela olha para mim como se fosse minha mãe e quisesse consertar tudo. Acho que seria muita sorte ter uma mãe como ela. O ar puro e acolhedor me envolve, o frio da madrugada faz meus braços se arrepiarem, e o perfume das flores de maio flutua até meu nariz. Inclino a cabeça para trás, fecho os olhos e respiro profundamente, minha longa franja fazendo cócegas no rosto com a brisa leve. Noites quentes de verão estão chegando. Abro os olhos e olho para a esquerda e depois à direita, vendo as calçadas vazias, porém os carros ainda estão nos dois lados da rua.

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Mais Novo: Capítulo 5 05   10-09 06:30
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1 Capítulo 1 01
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3 Capítulo 3 03
09/10/2023
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09/10/2023
5 Capítulo 5 05
09/10/2023
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