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Os marcantes onix

Os marcantes onix

5.0
5 Capítulo
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Sinopse

Índice

Luana Gonsalles está mais do que ansiosa para finalmente conseguir completar seus tão sonhados dezoito anos de idade, a idade que toda jovem espera alcançar com ansiedade e felicidade. Entretanto o que ela mais deseja é receber o presente ao que seu pai sempre lhe comentava e prometeu, jurando que seria algo que ela jamais imaginaria o que seria, mas que seria entregue somente quando completasse seu decimo oitavo aniversario. Sua herança seria entregue em poucos dias e ela estava mais que pronta para recebê-la. Entretanto, pegando a jovem Luana completamente de surpresa, não é uma simples empresa ou herança comum que seu pai lhe entrega em suas mãos pequenas e frágeis. Ele, o doutor Lorenzo Gonsalles, um dos sócios gênios da maior indústria farmacêutica do pais, lhe entregava plenos direitos de uma instituição de pesquisa com cobaias humanos, enterrado e escondido sob o subsolo de uma empresa farmacêutica que na verdade era fachada para esconder as monstruosidades e maldades que os funcionários faziam com seres humanos criados em laboratório. Luana não pode evitar o falhar de seu coração quando entrou dentro de uma das salas dos cobaias de seu pai e da indústria que antes achava ser farmacêutica e encontrar os olhos angustiados e furiosos do animal denominado 130. 130 é um homem grande, poderoso, maltratado e furioso, que foi criado desde pequeno em um laboratório, projetado para ser um predador melhor que os outros. Durante sua vida de sofrimento passou a odiar os humanos que vinham a sua cela o machucar de diversas formas enquanto ele estava amarrado e indefeso, e saiam zombando de sua existência. Ele não sentia compaixão por nenhuma pessoa além dos Ônix. Seus irmãos de cela, outras pessoas que haviam sido criadas para sofrer nas mãos dos humanos comuns. Com o passar dos anos, nenhum dos Ônix tinha esperança de obter a sonhada liberdade, mas isso mudou quando a direção da clínica foi passada a uma humana de coração mole. Lua conseguirá salvar os Ônix's e ajuda-los a conseguir sua tão sonhada liberdade? 130 e seus companheiros poderão confiar em uma humana a ponto de deixa-la ajuda-los?

Capítulo 1 prólogo

PRÓLOGo

— Luana Gonsalles, hoje você recebe pleno direito sobre a organização Havven. Todos os meus direitos passados para você, trinta e nove por cento. — Papai suspira parecendo emocionado. — As empresas Havven trabalham com testes de drogas, substâncias, doenças e problemas virais em animais. — Papai da uma pausa. — Você vai ser minha aprendiz enquanto ainda é nova, conheça seu animal de estimação.

Papai estrala os dedos e uma claridade aparece do lado oposto do cômodo. Arregalo os olhos horrorizada com à imagem a minha frente. Puta merda... Meu peito se aperta dolorosamente e sinto como se ele estivesse esmagando meu coração.

— Esse é o 130. Esse animal é um dos que não incomodam muito, dou ele de presente para você. — Papai fala sem nenhuma emoção na voz.

Ele olha com desprezo através da parede de vidro.

— Ensinarei você usando-o como instrumento. Um animal como ele me da náusea. — Da uma pausa e volta sua atenção a mim. — Sei que não se da um animal tão repulsivo para alguém, mas gostou? Você pode fazer o que quiser com ele, pode abri-lo e estudá-lo por dentro se desejar.

Eu não entendo, eu enxergava um homem colossal acorrentado a parede. Seus braços e tornozelos estão imóveis por uma corrente de ferro. Sua cabeça está abaixada e compridos cabelos loiros com mexas castanhas claras caem por seu corpo. Ele é grande.

Ele é colossal.

Sua camiseta é amarelada e de mangas longas, gastadas e sujas. Sua calça estava do mesmo modo. Minha respiração se prendeu quando ele levanta a cabeça e intensos e profundos olhos azuis cristalinos carregados de dor e raiva me encontram.

Por Deus... Seu rosto está sujo, mas sua barba é evidente, sua pele, seus olhos belos, seu nariz tinha um traço diferente. O formato de seu rosto é diferente.

Engulo em seco quando vejo algo em seu pescoço e estreito os olhos.

Aquilo é uma coleira??

Uma tira de grossa espessura, provavelmente de couro esta amarrado a seu pescoço.

— Meu Deus do céu... — sussurro assombrada.

O homem colossal encara fixamente meus olhos. Suas íris azuis claras me encaram fixamente, isso é impossível. Não tem como ele me ver, estou num cômodo atrás de um espelho que só pega visão de um lado.

O meu lado.

Mas ele me olha tão intensamente e tão profundamente que eu posso jurar que ele consegue me ver.

— Venha, vamos ao meu escritório.

Ouço a voz de papai.

Não o encaro, meus olhos estão fincados no homem que está sendo mantido preso como um animal.

Sinto uma mão repousando em meu ombro, me guiando para a saída do cômodo de observação. No instante que a mão toca meu ombro o homem colossal começa a se mexer bruscamente, ele abre a boca e posso ouvir um som semelhante a um assustador rosnado.

Arregalo os olhos o vendo rosnar em minha direção. Sou forçada a sair do quarto por um dos seguranças de meu pai.

Como isso é possível?

Papai estava me dando de presente um homem e falava dele de um modo como se ele fosse nada mais que um animal.

Sinto meu estômago se revirar e a bile subir a minha garganta quando lembro-me que papai sugeriu que eu o abrisse para estudá-lo.

Como...? Por Deus... Como eu iria abrir um homem vivo só por "curiosidade"?

Isso é desumano. Manter um homem tão belo... Não!! Manter qualquer pessoa presa dessa forma. É horrível e no mínimo cruel. Percebo as portas que passam por mim, começo a conta-las discretamente. Antes de entrar na sala indicada contei quinze portas brancas.

Não sei por que, mas sinto que existiam muitas portas a mais e não descobertas nesse lugar.

— Sente-se. — Papai ordena.

Observo uma extensa sala de reuniões, no centro havia uma grande mesa retangular de mogno cercada por seis cadeiras por cada lado. A sala era da cor cinza e não existia nenhum móvel decorando o ambiente.

— Por que aquele homem estava preso como um animal? — Questiono encarando os olhos cinzas de meu pai.

— Ele não é um homem, aquela coisa é um animal!! — Papai grita dando um forte tapa na mesa de mogno. Ele toma algumas respirações e parece mais calmo. — As indústrias Havven trabalham com experimentos em cobaias, animais. Não humanos, pessoas como você ou eu.

Encaro-o incrédula. Ele está mesmo falando que o homem que eu vi acorrentado na parede é um animal? Que ele não é humano, uma pessoa comum e sim um pedaço vazio de nada?

Eu vi seus olhos, eles me encaravam com tanta intensidade que tenho certeza que possui sentimentos.

— Ele... É um homem. — Sussurro. — O que o faz diferente de nós?

Papai pega o celular que estava em cima da mesa e após alguns minutos passa o aparelho para mim. Pego o pequeno aparelho e observo um vídeo, aparentemente de alguma câmera de segurança.

Ela mostrava o homem colossal numa área cercada por árvores, dentro de uma relva. Ele andava lentamente, um passo cuidadoso de cada vez. Olhava a todo segundo para os lados, preocupado, cauteloso, predatório. Seus longos cabelos estavam soltos, caíam de um jeito bagunçado por seus ombros o deixando com uma aparência exótica.

Ele trajava o mesmo conjunto amarelado e velho que vi através do vidro. Ele de repente se vira para uma parte da floresta e da um forte pulo, a câmera se movimenta seguindo-o e o mostra no alto de uma árvore.

Prendo a respiração, ele parece farejar o ar e observa tudo com os olhos estreitos. No canto da tela uns homens aparecem, uns cinco ou seis homens vestidos totalmente de preto. Minha atenção volta a ele, sua respiração fica calma. Seus movimentos cessam e sua atenção fica redobrada.

Ele abre a boca e caramba... Vejo duas presas como se fossem dentes afiados de vampiros. Seus caninos são compridos e afiados e então ele pula sobre os homens e começa a rasga-los em pedaços.

Afasto o aparelho e o coloco sobre a mesa devolvendo a papai. Algumas lágrimas caíam sobre minha bochecha.

Eu estava assustada.

Isso é surreal, não pode ser verdade. Ele agia como um animal, um predador caçando sua presa.

— Como pode ver, aquela coisa não é um homem, um humano. — Papai exclama cruzando as mãos em cima da mesa.

— Ele é diferente... Como? — Questiono. Minha voz fraquejando, minha testa franzida. Eu estou confusa, caramba. Ele triturou os homens de preto. Ele saltou uns dois metros para subir na árvore e depois pulou simplesmente. Isso não o fazia um animal, ele apenas... Tem habilidades que pessoas comuns não possuem.

— A coisa quando estava nos seus primeiros dias de vida passou por testes envolvendo seu código genético. Bom, resumindo, aquela coisa tem o DNA de lobo em seu código genético. Ele é um animal com pequenos traços humanos.

Meu coração falha.

Minha respiração para.

E minha mente voa tentando absorver essa notícia.

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