Ela foi escolhida para quitar a dívida que seu falecido pai deixou. Ele foi escolhido para dar continuidade ao império que seu o pai construiu. Ela prefere a morte a ter que se casar com o algoz que a deseja. Ele já casou por amor no passado e, desde então, se fechou emocionalmente. Ela tinha uma vida perfeita. Ele tem a vida perfeita. Ele é justo e protetor. Ela é doce e corajosa. Ele a mostrará que ainda vale a pena viver. Ela o mostrará que ainda vale a pena amar.
Passado
- Sou o mais forte. Posso fazer isso, pai! – Christopher, meu irmão
mais velho, se voluntariou para cortar lenha.
Nossa família havia decidido passar as férias de verão em uma casa
de campo, com o intuito de nos divertimos, mas parecia que eu era o único
que não encontrava graça naquele calor infernal misturado ao cheiro de mato
e cocô de cavalo que transpirava dos cantos daquele lugar.
Nada contra a vida campestre. Porém, eu adorava a cidade grande e
todas as facilidades que ela proporcionava. Confesso que até sentia falta das
aulas na escola – eram muito mais interessantes que cortar o tronco de árvore
para brincarmos de acender a lareira à noite, quando a temperatura
despencava bruscamente.
A verdade era que havia lenha o bastante para o mês inteiro
armazenada nos cestos de verga na sede. Mas o sr. Carl Simmons, meu pai,
desde que eu e meu irmão crescemos o suficiente para compreendermos
sobre ensinamentos de vida, fazia questão de tirar um tempo em sua agenda
congestionada e nos levar para fazer as mesmas atividades que praticou com
nosso falecido avô no passado. Tudo para que no futuro nos tornássemos
homens dignos de todo o império que ele próprio construiu a duras penas.
Com todas essas lições que queria nos passar, desconfiava que meu pai
viraria palestrante quando se aposentasse dos Negócios.
- Não, papa! Eu! Eu! Eu sou mais forte! - a pequena Sienna dizia,
pulando no colo de nosso pai, que gargalhou com o pedido ousado de minha
irmãzinha.
Minha mãe segurou Sienna e a repreendeu com doçura:
- Você é muito pequena, meu amor. E também essas atividades não
combinam com uma donzela feito você.
A garotinha cruzou os braços e enfezou o rosto, com um bico enorme
nos lábios.
O fato era que, dentre os três filhos que minha mãe tivera, a mais
nova ironicamente tinha o gênio mais forte.
Já Christopher, assim como eu, era mais reservado, tranquilo. No
entanto, admito que na infância costumávamos ser mais ariscos, mas isso
mudou com o passar do tempo e agora temos mais juízo do que mais da
metade dos adolescentes esfuziantes da nossa escola.
Meu pai se aproximou e fez cócegas na barriga da minha irmã, que
soltou uma risada engraçada.
- Ao voltarmos à sede, prometo que pensarei em algo divertido para
você, princesinha.
- Promete, papa? - Os olhos dela brilharam.
- Prometo! - ele afirmou e se virou para me procurar. - Mas
agora o seu irmão cortará a lenha. Não queremos passar frio à noite, não é
mesmo, Brandon?
Christopher sorriu pela expressão de insatisfação que deixei escapar
em rosto e logo tratei de desfazê-la.
Sabia como aquilo era importante para o meu pai, por isso não
retruquei.
- Claro!
Levantei do assento e caminhei em direção a Christopher, que me
entregou o machado.
- Manda ver! - Christopher sussurrou.
Sob os olhares atentos de nosso pai, posicionei uma tora em cima do
tronco que servia de apoio e afastei meu corpo para trás. Com atenção,
calculei o diâmetro, demorando mais alguns segundos do que Christopher
levava para cravar a lâmina do machado na madeira.
Escutei os comentários de minha mãe atrás de mim.
- Frio. Estrategista. E com uma ótima... – respirei fundo, levantei o
machado e rachei a tora. - E com uma ótima pontaria - ela completou,
orgulhosa.
- Caramba! – Christopher exclamou, pegando os pedaços lenhas que
caíram no chão. - Mais simétrico do que isso, só os lados de uma bola de
basquete. Mandou mais que bem, cara! - Christopher sorriu e deixou alguns
tapinhas nas minhas costas, enquanto eu ouvia o comentário do minha mãe
para o meu pai.
- Parece que estamos diante de um ótimo sucessor, Carl.
- Besteira, querida! Christopher é o mais velho, estou preparando ele
para isso.
Minha mãe soltou um suspiro demorado e disse por fim:
- Independentemente de quem vai liderar o conglomerado, temos
duas boas opções, meu bem. Criamos bem nossos meninos. Tenho certeza de
que estamos diante de futuros grandes homens.
CAPÍTULO 1
Chicago
- Coitadas! Devem estar completamente arrasadas. - O comentário
em tom de pesar, ainda que tivesse sido proferido baixinho por alguém,
chegou aos meus ouvidos quando fui abraçada por Charlotte, minha irmã
mais nova. Ela chorava incessantemente no funeral de nosso pai.
Embora eu vivesse o auge dos meus vinte e poucos anos e minha irmã
tivesse acabado de alcançar os dezenove, para os amigos da minha família
ainda continuávamos a ser as garotinhas de Tom Davies, meu pai.
Observei minha mãe, que estava imóvel ao nosso lado. Talvez
estivesse ainda em choque devido à rapidez com que as coisas aconteceram.
Nunca imaginamos que papai fosse embora tão cedo, tampouco que
sofreria um mal súbito ao sair de casa pela manhã e nos deixaria sem chance
de despedidas.
Apertei os lábios, sentindo um gosto amargo na boca, e voltei a
assistir o caixão baixar no túmulo. Uma enorme coroa de flores foi posta
sobre o amontoado de terra.
Logo um pingo rechonchudo d'água atingiu minha testa, me levando
a olhar para o céu nublado.
Encarei a chuva iminente e não demorou muito para que algumas
pessoas abrissem seus guarda-chuvas pretos e outras saíssem correndo em
busca de abrigo.
- Temos que ir, mãe. - sussurrei para a senhora de cabelos negros
iguais aos meus.
Por um momento, pensei que ela não tivesse escutado, pois não me
respondeu de imediato. Porém, depois de algum tempo, ela aquiesceu.
- Claro. Temos que ir.
- Vamos, Charlotte - murmurei, afagando os cabelos de minha
irmã.
- Eu não quero ir, Tara. Vamos ficar mais um pouco. - ela
respondeu, me apertando, ainda em lágrimas.
Apesar da minha irmã estar no segundo ano da universidade, ela não
aparentava ter a idade que tinha. Era uma menina doce e extremamente
sensível. Muitas vezes, suas atitudes me levavam a pensar que ela era uma
criança de pernas longas.
- Para de bobagem, está chovendo. Se não sairmos daqui,
certamente adoeceremos. Não é isso que você quer, não é mesmo?
Ela me soltou imediatamente, limpando as lágrimas com o antebraço.
- Claro que não. - Ela fungou. Partiu meu coração a ver naquele
estado, como se meu coração ainda estivesse em condições de ser golpeado
naquele dia.
Corremos pela grama viçosa, alcançando o carro de nossa família.
Antes mesmo de abrir a porta do carona, notei os homens corpulentos
parados debaixo da chuva, ao lado de uma caminhonete preta.
Talvez fossem pessoas que estivessem ali à espera de um próximo
sepultamento ou simplesmente conheciam meu pai e haviam se atrasado.
Seja lá quem aqueles homens eram, isso não ocupou minha mente por
muito tempo, pois tudo estava nebuloso demais dentro de mim.
A verdade era que ninguém está preparado para perder alguém que se
ama, disso eu sei. Mas, perder meu pai naquele momento, foi como se
tivessem tirado o pilar basilar da nossa família. Uma perda irreparável. Eu
ainda não tinha a mínima noção do quão devastador aquilo ainda poderia se
tornar em nossas vidas.
Minutos depois
- Que carros são esses? Estamos esperando alguém, mãe? -
perguntei, estranhando os veículos pretos estacionados em frente à nossa
garagem. Por sinal, um deles, a caminhonete preta, muito se assemelhava à
que eu vi mais cedo no cemitério.
- Não sei. Talvez devam ser os amigos de seu pai querendo notícias
- mamãe respondeu, parando logo atrás e destravando o cinto.
Papai foi o tipo de homem que fizera muitas amizades em vida,
principalmente antes de perder sua empresa para as dívidas.
Me lembro como se fosse ontem de nossa casa cheia de homens de
ternos caros e mulheres de vestidos fabulosos. Também me lembro do cheiro
forte de charutos cubanos que vinha do escritório que ficava no primeiro
andar. Um estilo de vida não muito distante da nossa atual realidade, com a
diferença de que agora estávamos falidos e apenas nos esforçávamos para
manter as aparências.
Saímos do carro e atravessamos o jardim, sendo surpreendidas por um
senhor de preto sentado no banquinho de madeira em nossa varanda.
Acompanhado de dois armários em forma de gente.
O senhor tinha cabelos grisalhos, corpo forte e alto e uma acentuada
proeminência no local da barriga. A pele do rosto sapecado pelo sol parecia
ser coberta por uma camada oleosa de sebo, contrastando com os olhos azuis
cinzentos, quase brancos.
Ele se levantou, encarando minha mãe.
- Gilbert? - mamãe disse em um fio de voz, como se tivesse visto o
próprio diabo em pessoa.
- Eleanor! - Ele assentiu, abaixando a cabeça momentaneamente.
- Meus pêsames, minha querida.
Claramente, senti minha mãe ficar desconfortável ao meu lado,
enquanto Charlotte perguntava baixinho em meu ouvido:
- Sabe quem é?
- Não tenho a mínima ideia. - sussurrei de volta.
O olhar do velho desviou para minha direção, como se estivesse
ansioso por isso. Ele desceu os olhos pelo meu corpo, descaradamente, me
embrulhando o estômago, e suspirou pesadamente. Perguntou:
- Então essa é a famosa Tara? - Pela primeira vez em meses, tive a
impressão que a palavra "famosa" endereçada a mim não fazia referência aos
meus 200 mil de seguidores nas redes sociais.
- Sim. Essa é minha filha mais velha, Tara. Com o que posso ajudá-
lo, Gilbert? - A forma demasiadamente solícita que mamãe tratava aquele
homem me assustava.
- Não vai me convidar para entrar?
Mamãe nos olhou com receio, com os ombros tensos. Quase gritei
para ela que o despachasse, porém ela assentiu.
- Claro. Vamos entrando - ela disse, dando um passo em direção à
porta principal.
Fiquei paralisada onde me encontrava e o homem se virou para me
perguntar:
- Não vai entrar, boneca?
- Meu nome não é boneca. - grunhi. - Não sei se vou entrar ou
não. Por que isso seria da sua conta? - rebati e assisti seus olhos queimarem.
- Filha, por favor, entre. - minha mãe interveio.
Raramente minha mãe me chamava de "filha", pois ela era do tipo
que não se expressava com afeto, e isso me fez estranhar a situação. - Por
favor, Tara. - ela repetiu, quase rogando.
Não sei por que concordei em entrar, mas o fiz, me rendendo ao
pedido apreensivo dela.
- Tudo bem.
Ela suspirou.
Dei alguns passos em direção à sala, sendo acompanhada por
Charlotte. Ela não conseguia disfarçar seu estranhamento diante de nossa
visita.
Graças a Deus que aquele homem asqueroso ignorava completamente
a existência da minha irmã mais nova, direcionando aqueles olhares apenas
para mim.
- Meninas, vocês podem subir e me deixar a sós com o sr. Gilbert e
seus homens. - mamãe deu a ordem, mas antes que pudéssemos subir para o
andar superior, o velho se meteu:
- Não, Tara ficará aqui. - Ele apontou para mim. - O assunto é de
total interesse da menina.
Minha mãe e eu nos entreolhamos e ela pigarreou, olhando para
minha irmã.
- Charlotte, você pode subir então.
- Só saio daqui com a Tara, mãe.
Mamãe levou as mãos para as têmporas, visivelmente esgotada com o
dia que tivemos.
- Apenas suba! - ela disse, entredentes.
- Não! - Charlotte bateu o pé.
- Agora, Charlotte! Eu sou sua mãe e estou mandando, apenas me
obedeça.
Apertei o ombro de Charlotte antes que ela se negasse mais uma vez a
subir.
- Obedeça à mamãe, Lottie.
Ela se virou para mim e comentou, baixinho:
- Tenho medo desse homem, Tara. Ele está olhando estranho para
você desde que chegamos.
- Está tudo bem, maninha. Você pode subir. Não precisa se
preocupar comigo. Sei me virar, lembra? Qualquer coisa eu chuto as bolas
dele igual fiz com o atrevido do Rupert quando ainda estávamos na escola.
- Promete?
- Prometo. Farei até pior caso precise.
Charlotte soltou um sorriso triste e foi finalmente convencida a subir
para o segundo andar. Se já não bastasse termos perdido nosso pai naquele
dia, ainda tínhamos que lidar com o estresse de uma visita inesperada.
Quando os passos de Charlotte desapareceram no andar de cima,
escutei o velho se mover pela sala e o vi sentar em nosso sofá, enquanto seus
homens permaneciam ao lado da porta de entrada. Um deles me dava
calafrios só de olhar: careca, rosto tatuado, corpo forte e olhar tenebroso.
- Eu queria ter ido ao funeral de Paul, mas sabe como é que é: eu
odeio esses tipos de eventos. - o velho começou falando. - Confesso que
prefiro mil vezes a sinceridade do ser humano em seus minutos finais de vida
às falsidades diante de um caixão.
- O que o trouxe aqui? - mamãe perguntou, se esforçando para
amaciar a voz.
- Negócios.
- Negócios?
- Sim. Seu marido fez muitos deles comigo no passado e também
me deixou na mão diversas vezes. Agora, mais uma vez, deu um jeito de
fugir e não pagar o que me deve. - Ele soltou uma risada seguida de uma
tosse seca. - Acho que deve saber disso, Eleanor.
Papai ainda devia dinheiro?
Quando a empresa do meu pai faliu, eu tinha idade suficiente para
saber o que estava acontecendo. Presenciei a venda de várias de suas casas,
apartamentos e carros para cobrir o desfalque que se arrastou por anos em sua
construtora. Por isso, saber que ele ainda devia alguém me pegou de surpresa.
Mamãe pigarreou e confirmou.
- Sim, ele comentou comigo dias atrás. Mas acho que não há mais
nada que eu possa fazer em relação aos negócios do meu marido.
- Claro que não, Eleanor. O que você poderia me dar? Essa casa
mequetrefe que Paul comprou na década retrasada? - desdenhou ele.
- Por favor, não nos tire essa casa. É um dos últimos bens que
temos, eu já vendi quase todas as minhas joias...
- Ah, Eleanor! Não me admiro com sua pouca inteligência, afinal,
Paul sempre acostumava mal você e suas filhas, não é? Mesmo quebrado, o
pobre coitado continuava esbanjando como se estivesse em condições. E sabe
o que ele dizia para mim? "Me dê mais dois meses, Gilbert, vou pagar a
dívida com juros.". Mas tudo não passava de uma grande ilusão criada na
cabeça do infeliz...
- E o que posso fazer, Gilbert? Ele morreu! Não tenho mais nada.
Não tenho dinheiro, não tenho mais marido... Apenas essa casa, o carro e
minhas filhas.
- Sim, você tem suas filhas. - Ele me olhou fixamente. - Ainda
bem que tem filhas, Eleanor. Principalmente a bela Tara.
- Quer saber? Venda essa casa. Venda o carro. Venda tudo. Mas, por
favor, não nos faça mal - mamãe suplicou.
- Você não é digna de pena, Eleanor. É burra demais! Gosto de
pessoas mais inteligentes. Você acha mesmo que quero o resto dos bens
daquele verme? - ele rosnou, se levantando, e vociferou para minha mãe
como um canalha covarde: - SEU MARIDO ME DEVE 10 MILHÕES DE
DÓLARES!
- Eu sinto muito, mas não tenho esse dinheiro, Gilbert! - Minha
mãe tremia muito enquanto levava as mãos para a cabeça. - Eu queria ter
esse dinheiro para poder entregar a você, mas não o tenho.
Gilbert deu um passo para trás e alisou os próprios cabelos com a
mão.
- Certo. Não vim achando que você iria fazer surgir todo esse
dinheiro do nada, mas vim aqui para cobrar a dívida e selar nosso trato.
- Trato?
Ele me fitou mais uma vez.
- Sim. Como não pode me ressarcir a fortuna que seu marido não me
pagou em vida, terá que pagar com uma de suas filhas.
Depois de ficar observando a conversa de fora, não me contive e me
intrometi.
- Como assim, seu velho nojento? Pagar com uma de nós?
- Língua afiada como eu gosto, boneca. Mas pelo visto terei que
ensinar você a me tratar com dedicação e subserviência. Farei questão de
ocupar essa boca imunda todas as noites.
Verme!
O monstro se virou para minha mãe, que estava calada, estática, com
os olhos arregalados.
- Isso é tudo, Eleanor. Sua filha será a décima mulher com quem eu
me casarei. Eu conto com seu apoio e obediência. - ele continuou a dizer
absurdos e minha mãe não disse absolutamente nada. Apenas escutou. -
Amanhã mesmo venho buscar minha noiva, então separe os documentos da
garota e uma muda de roupas. Ela não precisará de muita coisa, eu mesmo
faço questão de comprá-las para Tara.
Antes de passar pela minha mãe, ele disse como um aviso:
- E nem tentem fugir ou me enrolar, eu já estou farto de sua família
há muito tempo. E você sabe muito bem o que acontece com que decide me
passar a perna, não é mesmo, Eleanor? Seu marido usou da minha
misericórdia por um bom tempo, não pense que terá a mesma sorte. A partir
de hoje, a garota é minha e o preço será pago.
Esperei por um ato de coragem de minha mãe, porém ela abaixou a
cabeça e assentiu.
- Sim, senhor. Eu sei.
- Ótimo. Agora sim Paul poderá quitar sua dívida e o infeliz poderá
descansar em paz.
A raiva me corroía por dentro toda vez que sua boca se abria para
desonrar a memória do meu pai. Como se ele merecesse isso. E o pior, como
se eu tivesse a obrigação de pagar aquela maldita dívida com meu próprio
corpo, sonhos e alma.
Aquilo era um tremendo de um absurdo!
Ele saiu pela porta da frente, nos deixando a sós em nossa sala de
estar.
Corri para minha mãe e peguei suas mãos.
- Vamos chamar a polícia, mãe - sussurrei.
Ela me olhou com pena e começou a chorar.
- Não adiantará, Tara. Você não conhece esse homem... Estamos
encurraladas. - Ela soltou minhas mãos e cobriu o rosto. - Ele mandará
nos matar antes mesmo de chegarmos à delegacia.
- Nos matar? Então esse é mais um motivo para procurarmos ajuda,
mãe! - repliquei, indignada.
Ela voltou a segurar minhas mãos e nos conduziu para o sofá ao lado.
Sentamos uma de frente para a outra, respirando fundo.
- Tara, escute-me! Esse homem é perigoso e há gente dele por todos
os cantos. Não há como lutar contra ele, confie no que eu digo. Eu sei que o
que vou falar é meio absurdo, mas não temos outra alternativa. Você vai ter
que casar com Gilbert se quiser viver.
- Eu prefiro a morte.
- Tara...
- Você não está pensando racionalmente, mãe. Não é possível! Em
que século acha que vivemos para aceitar que uma coisa dessa aconteça? Vou
agora mesmo falar com meus seguidores e avisar à polícia. Seja lá quem esse
homem for, sua reputação estará manchada por todos os cantos da América.
- disse, pegando o celular do bolso traseiro.
No mesmo instante, o aparelho foi arrancado da minha mão.
- Você não vai fazer isso!
- Claro que vou, mãe! Devolva agora meu celular! Não sou mais
nenhuma criança para você decidir os rumos do meu futuro, principalmente
quando um velho asqueroso entra em nossa casa me reivindicando para si
como se eu fosse uma filha da puta.
A palma de sua mão estatelou sonoramente em minha bochecha,
levando meu rosto a cair para o lado.
- Você não sabe de nada sobre a vida, menina. Você acha mesmo
que seus 200 mil seguidores vão impedir que Gilbert nos faça mal? No
máximo, essas pessoas ganharão é uma notícia ruim, mas no final você estará
morta. Ouviu? Morta! - Seus olhos arregalaram, apavorados. - Eles não
poderão fazer nada para reverter isso. E como você não tem prova alguma,
esse demônio dará um jeito de limpar toda a sujeira que envolver o nosso
nome depois do estrago. - Meu sangue gelou.
Embora eu sempre tivera uma relação de diálogo com meus pais, não
me recordava de escutar sobre alguém como ele em nosso convívio.
- Não existe ninguém que ouse bater de frente com Gilbert Russel.
Por isso, pense bem. Não é sua vida que está em jogo, mas a minha e da sua
irmã também.
- Isso é loucura! Isso só pode ser um pesadelo! - Levei as mãos
para a cabeça e puxei meus cabelos, me levantando do sofá. Caminhei até a
janela da sala e vi que dois dos homens daquele velho não haviam ido
embora.
- Por favor, Tara. Pense direito, querida. Pense na sua irmã, em
mim. Não seja egoísta a ponto de nos deixar cair em miséria.
Sorri, mortificada.
- Eu que estou sendo egoísta, claro! - ironizei, baixinho, para que
ela não pudesse ouvir.
Seja com a vida ou com a morte, o certo era que alguém tinha que
pagar a dívida que o papai deixou. E, para meu azar, essa pessoa tinha que ser
eu.
Me virei para minha mãe, com o medo correndo em minhas veias, e
avisei, decidida:
- Charlotte deve retornar à Califórnia o mais rápido possível.
Assisti ela soltar um suspiro de alívio.
- Amanhã mesmo a colocarei dentro de um avião - mamãe
respondeu, com um resquício de esperança nos olhos ao passo que nascia um
verdadeiro tormento em meu peito.
Eu sairia dessa, prometi a mim mesma, ainda que não tivesse ideia do
quanto Gilbert poderia ser nocivo. Eu jurei a mim mesma que daria tudo de
mim para fugir e levar minha família para bem longe das garras daquele
velho.
Eu estava no final da cama de Amira observando-a dormir através da escuridão, olhos cansados. O vazio no meu coração mais uma vez se espalhando por deixar seu calor. Ela gemeu, como se pudesse sentir minha ausência também, mesmo em seu sono. Eu escolhi passar os últimos minutos que me restava com ela, absorvendo tudo, do seu longo cabelo bagunçado e indisciplinado cobrindo parcialmente o rosto, até os lábios carnudos e inchados, inchados pelo meu implacável e insaciável ataque. Sua pele nua e rubra, apenas uma lembrança de quantas vezes eu me perdi dentro dela. O cheiro de sexo flutuando pesado no quarto, só alimentou as memórias de quantas vezes eu fiz dela verdadeiramente minha. Sua beleza me manteve cativo. Ela estava brilhando. Serena. De tirar o fôlego.
Vou lhe contar uma história. É escura. É brutal. É real pra caralho. Para entender meu presente, quem eu sou e o que eu me tornei... Você precisa entender meu passado. O mal nem sempre se esconde nas sombras, na escuridão. Na maioria das vezes, está fora ao ar livre, em plena vista. Possuindo o homem que menos esperaria. Sabe, eu nunca imaginei outra vida até eu fazer uma para mim. Naquele tempo, eu estava muito longe, engolfado em nada além de escuridão sombria. Exatamente como era para ser. Ninguém poderia me tocar. Ninguém fodia comigo. Eu. Era. Invencível. Nada mais… Nada menos. Quando eu sonhei com o amor verdadeiro - de almas gêmeas, minha outra metade dela - a crueldade da minha vida iria me levar de volta para a minha realidade, se tornando, apenas isso mesmo, um sonho. Um que poderia facilmente se transformar em um pesadelo. Meu pior pesadelo. Toda memória, o bom, o ruim, o meio termo. Todos o eu te amo, todos os últimos eu te odeio, seu coração e alma que eu quebrei, despedaçados e destruídos ao longo dos anos, pertenciam a mim. Seu prazer. Sua dor.
Por um longo tempo, Nacy vinha incomodando seus pais para encontrar Bruce. Mas como ela nem sabia o nome dela, eles não conseguiram encontrá-lo simplesmente por causa da descrição de uma garota. "Sim Ele sempre foi muito gentil e gentil comigo desde que eu o conheci. Eu acho que realmente gosto disso. Talvez ele não goste de mim agora, mas acho que ainda terei uma chance. Encontrar o amor verdadeiro não é fácil. Agora que encontrei meu verdadeiro amor, por que não deveria tentar? Até eu tentar, nunca vou saber se vou conseguir ou não - disse Nacy com um sorriso, duas covinhas embelezando as bochechas de cada lado do rosto. Seu encontro com Bruce quando criança parecia-lhe o mesmo de ontem. "Ok Nacy, deixe-me perguntar outra coisa. O que você acha do Simon? Nathan mudou de assunto e falou com indiferença, tentando esconder a crueldade em seu coração. "Talvez ele seja apenas um amigo meu. Na verdade, eu gostei quando estávamos na escola. Mas ele não é tão ousado quanto Bruce. Ele é menos corajoso ", respondeu Nacy calmamente, com a cabeça apoiada nas mãos. "Você sabe, Nacy, às vezes, não importa quão ousado seja um homem, ele é cauteloso diante da garota que ama. Nacy, acho que você deveria pensar sobre isso e se certificar de que não sente falta de quem realmente ama você. - Nathan disse sem expressão enquanto se recostava na cadeira com as mãos cruzadas, tentando colocar um ponto morto na frente de Nacy. Nacy franziu o cenho para as palavras de Nathan. Então ela também cruzou os braços sobre o peito, virou-se para Nathan e disse: "Então, você já decidiu?" Nathan assentiu solenemente. Seu rosto se suavizou com o pensamento de Mandy. Ele disse: "Sim, eu pensei sobre isso". "Então, quando você vai contar a Mandy sobre Sharon?" Nacy mordeu o lábio e agitou os cílios quando mencionou o nome de Sharon na frente de Nathan. Toda vez que ele mencionava esse nome na frente de Nathan, seu coração tremia. Sharon, o nome acumulou muitas lembranças dolorosas no coração de Nathan. Nacy sempre esperava que ele pudesse seguir em frente. De fato, há algum tempo, ele nem se atreveu a mencionar. "Talvez depois de um tempo. Precisamos escolher um horário apropriado. Receio que você não possa aceitá-lo se contarmos agora. " Nathan tocou sua têmpora com os dedos finos. Sua cabeça doía toda vez que pensava nesse problema. No momento, Nathan estava aconselhando Nacy a não sentir falta de quem a amava. E agora, ele parecia um pouco distraído quando se tratava de seu próprio relacionamento. Se Mandy alguma vez soubesse que o verdadeiro motivo para ele se aproximar dela era por desgosto e vingança, ela ainda aceitaria? De fato, pensando bem, Nathan achou que seria melhor não deixar Mandy saber disso. Ninguém mais sabia sobre o relacionamento entre Nathan e Sharon, exceto Nacy, a menos que alguém realmente investigasse o suficiente para descobrir a verdade. "Nathan, eu tenho uma sugestão. Eu acho que é melhor não contar a Mandy sobre isso. Vamos pensar cuidadosamente sobre isso. Se você optar por ocultar algo desde o início, deverá ocultá-lo a vida toda. " Nacy mordeu o lábio e se virou para olhá-lo. Ao ver o cenho franzido na testa, ela sabia que ele já estava lutando em seu coração. Seria melhor para ele evitar revelar a verdade para Mandy. Mas, ao mesmo tempo, seria igualmente arriscado esconder a verdade também. Não importa o quão conveniente pareça agora, e se Mandy descobrisse um dia? Nathan inconscientemente tocou o queixo e o queixo ósseo com os dedos, o que costumava fazer quando estava nervoso. Nacy estreitou os olhos e sorriu. Divertia-o ver uma indecisão tão inesperada que até homens frios e dominadores como Nathan podiam passar agora.
Perigoso e temido. Essas palavras descrevem meu futuro marido. Que por acaso também é meu ex-namorado. É complicado. Dois anos atrás, ele quebrou meu coração quando me deixou para cumprir as ordens de seu pai. Depois de meses chorando, finalmente aceitei que ele havia partido e não ia olhar para trás. Que talvez ele nunca tenha me amado. Não queria ver Luca nunca mais. Agora, uma reviravolta cruel do destino me entregou a ele em um acordo cruel. Sou dele. Ele acha que me fez um favor, mas sinto que recebi uma sentença de morte. Ele não quer se casar porque ainda me ama. Não, ele fez isso por dinheiro. Mais poder. Vou ser uma esposa da máfia. E só há uma maneira de sair disso. Morta. Mas, ao que parece, outra pessoa não quer que me case com o implacável Luca Bianchi. E se ele conseguir o que quer, verei essa sepultura prematura.
— Obrigada de verdade, mas minha bolsa está bem leve. – Ela me passa um sorriso acolhedor e na mesma hora acabo me punindo por ter duvidado da boa vontade da senhorinha. Mas o que eu posso fazer? Enquanto divago tentando tirar minha mente do aperto que estou vivendo, alguns minutos se vão. — A senhora sabe me dizer qual o ponto da Quinta Avenida? – Chego a suspirar, pois desta vez não estou indo para a tão conhecida e cheia de classe rua de Nova Iorque que leva o mesmo nome e eu amava passear. — Vixi, menina. Já é no próximo ponto. – Ela olha para o fundo do ônibus onde fica a porta da saída. — Só um milagre para dar tempo de você conseguir descer do busão. – O pânico toma conta de todas as minhas terminações nervosas, pois realmente não vejo como conseguirei tal milagre, e o bus, que deveria ter no máximo cinquenta pessoas, parece que têm pelo menos o triplo. — Obrigada. – Desesperadamente, depois de quase pular para alcançar a cordinha que sinaliza ao motorista que é chegado o meu ponto, peço licença e prossigo para minha saga. Em segundos o ônibus estaciona, para meu desespero ser ainda maior estou consideravelmente longe da porta, incansavelmente peço licença, aumentando o meu tom de voz de forma que não estou habituada, as pessoas notam o meu desespero, em uma empatia coletiva, parecem viver o mesmo pânico que eu e em um ato de amor, que só usuários de transporte público vivenciam, eu ouço: — Esperaaaa aí seu motô. Morro de vergonha por chamar tanta atenção e um outro passageiro prossegue: — Segura o busuuuu pra moça...
O que Taylor Magnus está fazendo aqui? Me encostei na parede com a saia subindo pela minha bunda enquanto me ajeitava na áspera parede de estuque. Eu não a ajeitei. O belo anfitrião, vestido incrivelmente bem, definitivamente percebeu. Enquanto lambia os lábios e andava na minha direção, eu sabia que ele se perguntava se eu estava usando calcinha. - É o bar mitzvah do melhor amigo da filha dele. O que você está fazendo aqui? Senhorita... Ele inclinou a cabeça para baixo e leu o nome no meu crachá de imprensa. Fitzpatrick? Aprendi com o tempo a não ficar nervosa; as pessoas farejam aproveitadoras de longe. Respirei fundo para afastar o medo. - Essa é uma festa e tanto. Trabalho na coluna de sociedade, sabe? Noticiando todo mundo que é alguém. Dei meu sorriso característico, uma expressão bem ensaiada de inocência com uma pitada de sedução. - Muito ousada, você não devia estar aqui. Essa é uma festa particular! Estava claro que ele não ia me dedurar. - Não se eu for convidada. Me abaixei um pouco na parede, fazendo minha saia subir ainda mais. - Clara Fitzpatrick, disse ele, lendo meu crachá. - Um nome muito judeu... - Vem da minha mãe. Então, você acha que Taylor vai passar o projeto da educação? Aquele dá àqueles garotos uma chance real de se educar... com faculdade, alimentação e moradia gratuitos? Eu sabia que estava pressionando, mas o cara sabia muito mais do que estava dizendo. Acho que ele esperava algo do tipo. - Ele deve assinar essa noite. Tem algo a dizer? Endireitei a gravata dele, que estava realmente torta. - Quero dizer, você é o anfitrião do pós Bar Mitzvah, recebendo na própria casa uma lista de convidados muito exclusiva".
Minha família era pobre e eu tinha que trabalhar meio período todos os dias apenas para pagar as contas e poder entrar na faculdade. Na faculdade, eu a conheci, a garota linda da minha turma que os garotos sonhavam em namorar. Eu estava bem ciente de que ela era boa demais para mim. Ainda assim, reuni toda a minha coragem e confessou meus sentimentos a ela. Para minha surpresa, ela concordou em ser minha namorada. Com o sorriso mais doce que eu já tinha visto, ela me disse que queria que meu primeiro presente para ela fosse um iPhone mais recente. Eu fazia de tudo, até lavar a roupa dos meus colegas, para ganhar dinheiro. No entanto, acidentalmente a vi no vestiário beijando o capitão do time de basquete. Ao me ver, ela zombou de mim, e o cara com quem ela me traiu até me bateu. O desespero tomou conta de mim, não havia nada que eu pudesse fazer a não ser deixá-los me desvalorizar. De repente, meu pai me ligou e minha vida virou de cabeça para baixo. Eu era filho de um bilionário?!
Abandonada no altar pelo noivo que fugiu com outra mulher, Linsey, furiosa, agarrou o braço de um estranho e sugeriu: "Vamos nos casar!" Ela agiu por impulso, percebendo tarde demais que seu novo marido, Collin, era conhecido por ser inútil. Os outros, incluindo seu ex-noivo, zombaram dela, mas ela retrucou: "Collin e eu estamos muito apaixonados!" Enquanto todos pensavam que Linsey estava apenas delirando, Collin se revelou ser o homem mais rico do mundo. Na frente de todos, ele se ajoelhou e ergueu um deslumbrante anel de diamante, declarando: "Estou ansioso pelo nosso para sempre, querida."
No dia do casamento, Khloe foi acusada de um crime que não cometeu pela irmã e pelo noivo e condenada a anos de prisão. Para piorar a situação, três anos depois, a irmã de Khloe usou sua mãe para forçá-la a dormir com um velho. Inesperadamente, o destino trouxe Khloe para o mundo de Henrik, um mafioso elegante e implacável, mudando assim o curso da sua vida. Apesar da sua frieza, Henrik amava Khloe como ninguém, ajudando-a a se vingar e esforçando-se para evitar que ela fosse intimidada novamente.
O herdeiro arrogante e exigente, mas um amante dedicado. Uma nerd, virgem, que enfeitiçou o chefe. Ele é o filho do homem mais poderoso de Nova York, é um grande pervertido e um homem duro, mas ficou preso em um elevador com uma mulher que o enfeitiçou: ele só não tinha percebido isso ainda. Samanta é órfã e sempre viveu sua vida como se não houvesse sorte para nada, até ser recrutada pela sua maior ídola, Alisson Novack, e em um dia fatídico, fica presa em um elevador, justamente no dia mais importante, onde receberia uma promoção, porém, ela não sabia que o herdeiro da empresa estava ao seu lado, e agiu tão desesperadamente que o encantou. Ela deixou seu telefone cair, e as coincidências do destino assustaram Harvey de uma forma incomum: era quase a mesma forma como seus pais se conheceram, e ele se recusava a aceitar que estava se apaixonando pela nerd, virgem, que o deixava louco. AUTORA: Anos depois o filho do nosso CEO mais sedutor, aparece e irá se apaixonar, assim como seu pai, pela funcionaria, que, não faz ideia de quem ele realmente é. Uma mulher que idolatra Alisson Nocak, simplesmente fica presa em um elevador com o filho dela, e não faz ideia. Como será que ela irá reagir quando descobrir que o homem por quem se apaixonou é, na verdade, filho, e herdeiro, dos Novack?
Durante três anos, Emily se esforçou para ser a esposa perfeita de Braiden, mas ele sempre foi frio e distante com ela. Quando ele exigiu o divórcio para se casar com outra mulher, Emily concordou e foi embora. No entanto, ela reapareceu mais tarde, assombrando-o. Dispensando seu ex com um sorriso malicioso, ela disse: "Interessado em uma colaboração? Mas quem é você, afinal?" Aos seus olhos, os homens não serviam para nada e ela preferia ser independente. Enquanto Braiden tentava conquistar o coração da ex, ele descobriu as identidades secretas dela: hacker renomada, chef, médica, escultora de jade, pilota... Cada revelação aumentava a perplexidade de Braiden. Por que as habilidades de Emily pareciam infinitas? Uma coisa era clara: ela se destacava em todos os aspectos!
Aos 24 anos, Eveline se casou com Shane, um obstetra. Dois anos depois, quando ela estava grávida de cinco meses, Shane abortou o bebê e se divorciou dela. Durante os tempos sombrios, Eveline conheceu Derek. Ele a tratou com ternura e lhe deu um calor que ela nunca havia sentido antes. Mas ao mesmo tempo, ele também lhe causou a maior dor que ela já teve que suportar. Eveline só ficou mais forte depois de tudo que experimentou, mas quando a verdade finalmente foi revelada, ela poderia suportá-la? Quem seria Derek por trás de sua fachada carismática? E o que Eveline faria ao descobrir a verdade?