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Pecado com o CEO- livro 1

Pecado com o CEO- livro 1

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41 Capítulo
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Sinopse

Índice

Filippo Leone fez uma promessa que não pode ser quebrada. Quando sua noiva — e mãe de seu filho — acordar do coma, ele retomará suas vidas de onde pararam. A nobre promessa fica ameaçada assim que Filippo põe os olhos em sua nova estagiária, Nicole Romero. Resistir à atração explosiva entre os dois é uma missão praticamente impossível. A aspirante a mestre confeiteira possui uma mistura de aromas e sabores capaz de enlouquecê-lo.

Capítulo 1 Pecado com o CEO- livro 1

Capítulo 01 Nicole Romero Sentada em frente à tia Sandra no hall que antecede a sala de Filippo Leone, aguardo até ser chamada para a entrevista de emprego. Estou no último período de administração e faltam algumas horas de estágio a serem concluídas. A empresa onde eu trabalhava encerrou o programa para estagiários sem maiores explicações e por isso encontro-me aqui, desesperada por uma oportunidade. Quando tia Sandra disse que havia encontrado para mim uma vaga de estagiária como sua assistente na Peccato Dolce, eu fiquei exultante e desacreditada.

Eu trabalharia com Filippo Leone, e o homem em questão era uma lenda, sendo um dos empresários mais bem-sucedidos do nosso país. Após a morte de seu pai, e fundador da Peccato, ele conseguiu quadruplicar o seu patrimônio. Por eu ter algumas tendências obsessivas, não do tipo ruim, no entanto — meu pai diz que isso é obstinação, que herdei dele, já minha mãe diz que “algumas vezes” eu sonho acordada —, assim que soube da vaga, fiz uma varredura sobre a história da empresa e seus fundadores. Contudo, não fiz uma pesquisa a fundo sobre Filippo Leone. Abro o bloco de notas no celular e faço o lembrete. Quanto ao que descobri sobre os Leones, parece que nos anos 70 Antonella e Nicolas desembarcaram em terras brasileiras. Ela era uma confeiteira de mão cheia e Nicolas, padeiro. Começaram a trabalhar em casa fazendo encomendas para algumas padarias e confeitarias. Economizaram e conseguiram alugar uma loja no centro de São Paulo, abrindo assim a primeira confeitaria Peccato Dolce. Aos 26 anos, Antonella deu à luz a Filippo em Florença, na Itália. O casal fez uma breve viagem apenas para que seu primeiro, e único filho, nascesse em solo italiano. Ponderei sobre o quanto deveriam levar a sério suas raízes. Enquanto divago sobre a vida da família que, se Dios permitir, será minha próxima empregadora, ouço minha tia me chamar. — Nick? — Sim, tia. — Meneio a cabeça sorrindo pela confusão. — Perdão, senhorita Souza. — Pisco me corrigindo, afinal estamos em um ambiente profissional. — Não precisa me chamar de senhorita Souza, sei que “tia” não é adequado para o local de trabalho, mas apenas Sandra, sim. Aqui todos são chamados pelo primeiro nome, inclusive seu futuro chefe. — Essa é uma novidade, homens na posição que Filippo Leone ocupa gostam de ser lembrados constantemente o tipo de poder que têm em mãos, como uma espécie de automasturbação. — Filippo não gosta dessas formalidades, você deve ter percebido que ninguém aqui faz uso das típicas roupas executivas. Realmente eu havia percebido que a maioria dos homens usavam calça e camisa social em cor única, nada de gravatas ou ternos. — Nick querida, estava perguntando se quer água ou café. — Não, obrigada, está tudo ótimo. — Filippo está em conferência com o pessoal da Itália, sei que está demorando um pouco, mas logo acaba. — Sem problemas, estou feliz demais com a oportunidade para me importar com a demora. — Minto. Não que eu não esteja feliz com a oportunidade, mas a espera está me consumindo em ansiedade. Ter a Peccato em meu currículo seria maravilhoso, e estou disposta a pegar pesado em minha dedicação. Primeiro, por sonhar em quem sabe ser efetivada. Segundo, porque eu preciso manter o foco em alguma coisa que não seja o belo par de chifres que levei. Estudar e trabalhar está me ajudando a não pensar em meu ex. Rick é o irmão mais velho da minha melhor amiga Roberta, o cara é o sonho de consumo de toda a USP. Com seu 1,87m de puro músculo, olhos e cabelos castanhos claros, ele mexe com a libido de todas as garotas, e eu me senti uma sortuda ao ser escolhida por ele. No início, achei que fosse coisa da minha mente recém-saída da adolescência me pregando peças. Eu tinha 19 anos, ele 25 e estava terminando o curso de medicina. Apesar de conhecer Roberta desde os 17, eu não havia sido apresentada formalmente a ele, mas já o admirava de longe. Quando finalmente Rick mostrou interesse e decidiu me conquistar, eu me vi loucamente apaixonada. Namoramos por mais de dois anos, mas, conforme fui ganhando minha independência e me tornando mais adulta, Rick começou a apresentar comportamento possessivo e, por vezes, até um pouco abusivo, não agressivo, no entanto. Talvez essa conduta sempre estivesse lá, só que eu não tinha maturidade ou estava envolvida demais para perceber. Não sabia de onde surgiu tanta possessividade repentina. Cheguei a cogitar se o fato de ter sido o primeiro homem com quem vivi intimamente o fez presumir que seria meu dono. Trouxa! Eu me sentia sufocada e, em uma dessas crises de possessividade, terminei com ele em um momento de explosão. Depois me arrependi e decidi ir, como quem não quer nada, em seu apê com a desculpa de ter esquecido algo lá. Quem nunca? Faria uma surpresa, sabia que Rick me amava, mas quem se surpreendeu fui eu ao vê-lo na cama com sua "melhor amiga", Gabi. A garota que vivia em seu encalço nunca me enganou, parece que nós mulheres temos sexto sentido para detectar quando algo vai errado. Ainda me lembro de seu sorrisinho cínico e da cara de idiota do meu ex, ele realmente pareceu surpreso. — Nick, calma, amor, vamos conversar. Fiquei tão cega de ódio e indignação, que agi por impulso. Peguei o porta-retrato com a nossa foto de cima da cômoda e acertei direto em sua cabeça, abrindo um corte. Por vezes, meu sangue espanhol fala mais alto. — Sua louca, vai matar ele! A safada oxigenada gritou me fazendo lembrar de sua existência. Quando ela veio me atacar, eu revidei, e o fiz com gosto. Não por Rick, ele não valia a pena e, em toda aquela situação, era ele quem me devia respeito. Fiz por mim, ela me conhecia, compartilhávamos o mesmo círculo social, então eu me permiti sentir ódio por ela naquele momento. — Nick, solte ela. — Ainda defende sua amante, seu cabrón[1]? Dios mio, Rick! Por isso tanta possessividade e ciúmes, era medo de que eu fizesse o mesmo com você. O meu sangue fervia e o meu coração sangrava. — Amor, eu juro que esta foi a única vez. Eu bebi além da conta e, além do mais, não estávamos mais juntos. Um tiro teria doído menos. Eu ainda tinha esperança de que não houvesse rolado nada entre eles, que ela tivesse apenas consolando o amigo, e ambos tivessem pegado no sono. Suas palavras apenas confirmaram o que meu coração não quis acreditar. — Não estávamos mais juntos? Realmente, eu terminei com você às 19:00 e às 23:00 você já devia estar na cama com ela! E se fosse eu, Rick? E se eu tivesse transado com o primeiro que visse após o nosso término? Naquele instante, vi seu olhar ficar feroz, como se não pudesse imaginar a situação. — Você não cometeria essa loucura. Soltei uma gargalhada pingando ironia. — Eu só não transo com o primeiro que eu vir pela frente por respeito a mim, Ricardo. Eu não transaria com alguém apenas para me vingar de você, você não vale tudo isso. Ainda abalada, com as mãos trêmulas e o peito comprimido, peguei minha bolsa. — Bom, vou embora. Depois peço para Beta pegar as minhas coisas que ficaram aqui. — Nick, mas e nós? Ele segurava meu braço, de maneira precisa, mas sem apertá-lo, e me encarava com súplica. Nós? Era mesmo muita pretensão. — Nós não estamos mais juntos, como você mesmo disse.

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