Cinco anos. Dediquei cada fibra do meu ser a Ricardo, um músico de bar que transformei em estrela com meu suor e dinheiro. Achava que nosso amor era à prova de tudo, mas a verdade desabou sobre mim como um raio. No dia em que meu negócio ruiu e minha conta secou, Ricardo me descartou sem piedade, bem no aniversário de cinco anos que eu planejara celebrar nosso noivado. "Ana, acabou. Eu não posso mais ficar com alguém como você. Nós somos de mundos diferentes agora," ele declarou, na frente de sua nova namorada, uma loira esguia e rica. A humilhação foi pública, brutal, e me sufocou com a dor da traição. Ele jogou fora o anel de noivado que eu comprara para ele, dizendo com desprezo: "Você ia me pedir em casamento? Sério, Ana? Que patético." Minha independência, pela qual sacrifiquei o apoio da minha família poderosa, tornou-se a arma perfeita para ele me ferir. No auge do meu desespero, em um bar, quando a dor e a raiva pareciam me consumir, um DJ de olhos brilhantes, Pedro, sentou-se ao meu lado. "Ora, ora, vejam só quem está aqui," a voz de Ricardo ecoou, me puxando de volta ao inferno. Ele e sua nova namorada zombavam, chamando-me de interesseira desesperada, mas Pedro, inesperadamente, se jogou em nossa defesa. Ele beijou-me intensamente na frente de todos, declarando uma posse que deixou Ricardo pasmo, e me levou para longe dali. Pergunto-me: será que este encontro inesperado pode ser o recomeço que preciso, ou apenas mais uma ilusão perigosa?