A dor lancinante no meu ventre era a primeira coisa que senti ao abrir os olhos no hospital. Pedro, meu marido, estava lá, segurando minha mão, dizendo que nosso bebê havia nascido bem, mas algo em seus olhos, uma falsidade inegável, me gelou a alma. Então, ouvi. As vozes dele e de Sofia, minha própria irmã, vindo do corredor, sussurrando um plano monstruoso: a queda foi orquestrada, meu bebê, nosso filho de oito meses, foi sufocado por ele no berçário, e eu, agora estéril por uma "vitamina" que ele me deu, era apenas um estorvo. Como pude ser tão cega? Meu marido e minha irmã, minha família, transformaram-se em demônios, arquitetando minha destruição, a morte do meu filho, a anulação da minha maternidade, e tudo por ganância e inveja. Com o celular de Pedro, o mesmo que revelou o amor deles e a vileza de seus planos, copiei cada foto, cada mensagem. Eles me entregaram as provas, e eu, a Ana que eles pensaram ter quebrado, reria por último.