Era nosso aniversário de casamento de três anos, e eu tinha tudo planejado. Mas Pedro não apareceu, e meu coração começou a apertar. Ignorei o pressentimento e fui procurá-lo no estúdio de Clara, sua ex-namorada, que andava "precisando de apoio". Lá, o encontrei consolando-a, íntimos, como eu não via há muito tempo. Então ele ligou, forçando um "Esqueci nosso aniversário, amor" e a desculpa ensaiada de uma emergência de Clara. Ele me mandou pegar um táxi para casa, enquanto ele levava A OUTRA para o hospital. Eu estava grávida. Preparada para contar a ele naquela noite, eu, sua esposa, que esperava ele chegar em casa e me amar. Mas na próxima esquina, Pedro e Clara me passaram, com a emergência dela no colo e o meu segredo calado na minha barriga. Naquela noite, a mentira que era meu casamento veio à tona, e minha vida desmoronou. Mas não mais. Meu sofrimento seria minha força. Eu não estaria mais sozinha. E meu filho, nosso bebê, não cresceria em um lar desfeito. Eu não seria mais a segunda opção. Tudo mudou quando fui deixada sozinha no hospital. Eu não perderia meu filho para a maldade de outra mulher e a cegueira de um homem. Aquele dia, a dor da perda e a ra raiva da traição se transformaram em uma força incontrolável. E seria essa força que me faria lutar, não apenas para sobreviver, mas para me reerguer e, talvez, dar a Pedro e Clara o que eles realmente mereciam.