O sol da manhã entrava pela janela, pintando o chão da cozinha com manchas douradas, o cheiro de café fresco e pão tostado enchendo o ar, uma cena de tranquilidade doméstica que eu, Lívia, estilista de moda, guardaria para sempre ao lado do meu amado filho Leo. Menos de dez minutos depois de deixá-lo no acampamento de verão, meu telefone tocou, e a voz trêmula do outro lado anunciou um "incidente" que congelaria meu sangue: Leo, meu pedacinho do céu, havia sido brutalmente decapitado. Quando cheguei, o que vi despedaçou minha alma para sempre: o corpinho do meu Leo ainda em sua cadeira de acampamento, sua camisa favorita manchada de vermelho vibrante, e sua cabeça... simplesmente não estava lá. Para o meu horror absoluto, um vídeo perfeitamente nítido, supostamente de uma câmera de segurança, mostrava uma mulher idêntica a mim, com olhar de louca, cometendo o ato hediondo. Algemas frias prenderam meus pulsos, e todos, incluindo meu marido Ricardo, que me olhava com um ódio que nunca vi, me acusaram de ser a "mãe demônio", a monstro que matou o próprio filho. Minha mente estava em branco, eu só conseguia sussurrar: "Eu não sei! Não fui eu!" Mas enquanto era arrastada para a prisão, entre os gritos da multidão, vi Ricardo e minha rival, Sofia, trocarem um olhar de triunfo e cumplicidade. Naquele instante, a névoa de dúvida se dissipou; não tinha sido loucura, tinha sido uma armadilha diabólica. A luta pela verdade estava apenas começando, e eu faria pagarem por cada lágrima.