Eu ia casar-me. A minha família, à beira da falência, forçava-me a desposar um herdeiro em coma. Meu único consolo? O meu guarda-costas, Thiago, o homem que eu secretamente amava. Um dia, ouvi-o ao telefone. Não estava a falar de mim. "Sofia é um anjo," ele confessou. "A Laura? Uma pirralha mimada e cruel!" A paixão que eu cultivara por anos desmoronou-se. Ele amava a minha meia-irmã manipuladora. Humilhações públicas seguiram-se. Ele comprou uma boutique inteira para Sofia diante dos meus olhos. Protegeu-a de um jaguar, virando-me as costas. Depois, mandou-me torturar, uma lição brutal. Marcara o nome dela na sua pele, símbolo da devoção cega. A dor e a raiva corroíam-me. Sofia, sempre a roubar-me tudo, até o único homem que eu desejava. E a sua risada cruel ao mencionar a morte da minha mãe: "Será que... será que ela gritou?" Naquele momento, algo dentro de mim morreu. E um novo capítulo nasceu: o da minha vingança. Eu partiria, mas não antes que ele e o seu anjo caíssem. De repente, o meu noivo milagrosamente acordou e Thiago, consumido pelo arrependimento, veio atrás de mim. Será tarde demais?