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Entre a Lua e o Coração

Entre a Lua e o Coração

5.0
15 Capítulo
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Em um mundo onde o místico e o real se entrelaçam, Elisa, uma jovem humana, se vê envolvida em uma história proibida e selvagem quando conhece Cael, um misterioso lobo guardião da floresta, destinado a proteger segredos antigos. Mas o que começa como uma atração perigosa logo se transforma em um vínculo profundo e impossível de ignorar. Cael, marcado pela maldição dos guardiões, vive em uma batalha interna entre sua forma humana e o lobo que o consome. Seu destino, até então, era selado pela floresta, uma prisão de poderosos seres que o mantinham sob controle. Mas quando ele encontra Elisa, algo inesperado acontece: o toque dela, o olhar dela, despertam algo dentro de si que desafia todas as leis da natureza e da magia. Juntos, Elisa e Cael são forçados a enfrentar os guardiões, figuras imortais que servem à floresta e que veem o amor entre uma humana e um lobo como uma abominação. À medida que a relação deles se aprofunda, Elisa descobre que ela não é apenas uma simples mortal; ela é parte do destino de Cael, um elo capaz de quebrar a maldição que o aprisiona. Entre a paixão ardente e o perigo iminente, Elisa e Cael terão que decidir até onde estão dispostos a ir para proteger o amor que os consome e lutar contra uma força ancestral que ameaça separá-los para sempre. Em um confronto que mistura desejo e magia, eles desafiarão tudo pelo direito de estarem juntos. Mas, no final, será o vínculo entre eles forte o suficiente para romper a maldição eterna que os persegue?

Índice

Capítulo 1 A Floresta e o Olhar

A brisa fria cortava os ombros nus de Elisa enquanto ela caminhava pela trilha coberta de folhas úmidas. O silêncio daquela floresta era diferente. Não era vazio - era carregado de presença. Cada árvore parecia observar. Cada som parecia sussurrar seu nome.

Era sua terceira noite ali. A vila onde havia alugado a pequena cabana era cercada por lendas, velhas superstições que os moradores preferiam não comentar. Mas ela não se importava. Depois de tudo o que vivera, o que era um pouco de mistério comparado ao vazio que sentia por dentro?

Ao chegar à clareira, parou. O ar ficou mais denso. Ali, ele estava. O lobo.

Preto como a noite, de olhos dourados que queimavam em contraste com a névoa. Ele não rosnava. Não fugia. Apenas a olhava - com uma intensidade que a fez esquecer do frio e lembrar que ainda era feita de pele e desejo.

Seu coração acelerou. Elisa não sabia explicar por que não sentia medo. Ao contrário, algo dentro dela despertava, como se tivesse sido tocada por um fio invisível de energia crua. Aquela criatura não era comum. Havia inteligência naquele olhar, havia... fome. Mas não por carne. Por algo mais.

Ela deu um passo à frente, quase sem perceber. O lobo também se moveu. Lentamente. Com elegância. Com... propósito.

- Você não é só um animal, é? - ela sussurrou, sabendo que não esperava resposta, mas sentindo, de forma estranha e arrebatadora, que ele a entendia.

Então o lobo recuou, desaparecendo entre as sombras com o mesmo silêncio com que surgiu. E ainda assim, o calor que ele deixara nela não se apagou. Ao contrário, crescia. Pulsava.

Naquela noite, deitada em sua cama estreita, Elisa fechou os olhos, mas o sono não veio. Apenas lembranças do olhar do lobo. Do modo como ele a fazia sentir: viva, exposta, desejada.

Seu corpo, carente havia tanto tempo, agora ardia. Seus dedos buscaram o próprio ventre, e pela primeira vez em muito tempo, ela se permitiu tocar-se. Não como um alívio qualquer, mas como se evocasse aquele olhar. Aquele animal. Aquela alma selvagem.

E em meio ao prazer crescente, ela sussurrou um nome que ainda nem sabia: Cael.

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