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O acordo Irresistível - Série Destinos Entrelaçados Volume 2

O acordo Irresistível - Série Destinos Entrelaçados Volume 2

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72 Capítulo
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Sinopse

Índice

"O acordo Irresistível" Série Destinos Entrelaçados – Volume 2 Malena é uma stripper que luta para manter sua família, até que Lorenzo Moretti, um poderoso e enigmático bilionário, lhe propõe um contrato irrecusável, em um acordo que pode mudar suas vidas. O que parecia uma solução simples logo se transforma em um jogo perigoso de desejos e mentiras. Enquanto muitos, com motivos ocultos, fazem de tudo para separá-los - desde o passado conturbado de Malena até rivais de Lorenzo no mundo dos negócios -, eles terão que enfrentar forças que ameaçam destruir o que mal começou. À medida que as mentiras se acumulam e a atração cresce, Malena precisa proteger seu coração. Lorenzo, por sua vez, terá que decidir se está disposto a renunciar aos sentimentos e colocar o poder e o dinheiro acima de tudo como sempre fez. Ou este contrato acabará levando-os a um destino que nenhum deles previu?

Capítulo 1 A Tentação Sob a Máscara

Capítulo 1

06 de novembro de 2022

Malena Bossi

Encarava as cortinas fechadas, com o coração batendo forte no peito. Eu não queria estar ali. Se pudesse, estaria bem longe. A vida dupla que eu levava me exauria pouco a pouco, mas as contas estavam sendo pagas no final do mês, e era nisso que eu precisava me concentrar. Não era o futuro que eu sonhava, mas ao menos conseguia pagar o tratamento da minha mãe e garantir algo para o futuro de Sofia, minha sobrinha. Eu era a única família que elas tinham, precisava ser forte.

Respirei fundo ao ouvir meu nome ser anunciado, o início de mais um espetáculo daquela noite.

- Com vocês, nobres cavalheiros, a nossa deliciosa e misteriosa Luna Calante!

Fechei os olhos por um breve segundo, buscando a sensualidade necessária para encarnar minha persona. A verdadeira eu ficava atrás das cortinas; quando elas se abrissem, apenas Luna Calante existiria.

As cortinas se abriram, e, segura de mim, deslizei o olhar por toda a boate. O ambiente era luxuoso, nada de comum. Ali estavam os homens mais poderosos de Campione d'Italia, a pequena cidade italiana cravada no coração da Suíça.

Deixei que meu corpo seguisse o ritmo da música, meus movimentos lentos e calculados, como uma onda de desejo que se espalhava pelo salão. Desci da pequena plataforma, movendo-me entre as sombras até que me posicionei sob o foco de luz. Meus dedos roçaram a barra da lingerie enquanto eu girava lentamente, arrancando suspiros da plateia. A renda preta escorregou pela minha pele, peça por peça, sem pressa, até que restassem apenas as ligas e os tapa-sexos, cobrindo o essencial, e os delicados cobre-mamilos brilhando sob a luz.

Senti os olhares cravados em mim como punhais, mas o controle era meu. Eu ditava o ritmo, o desejo, e eles me seguiam, hipnotizados. Quando a música finalmente cessou, as cortinas se fecharam, e eu caminhei para os bastidores, onde as garçonetes recolhiam o dinheiro do palco. Sentei-me para contar as notas amontoadas para mim. A quantia era generosa, mas eu sabia que boa parte dela não ficaria comigo.

- Aqui está - disse eu, entregando uma porção generosa ao responsável que apareceu para cobrar a taxa. Nem me dava ao trabalho de lamentar; já sabia que era inútil.

Mal terminei, e a gerente de sala se aproximou, sua expressão neutra, mas com uma faísca de expectativa.

- Um cliente na área VIP requisitou uma dança exclusiva - informou, cruzando os braços.

Reuni todas as forças que me restavam e me levantei. Segui até a sala VIP, com o coração batendo mais rápido do que eu gostaria de admitir. Ao entrar, meus olhos encontraram um homem sentado sozinho, cuja presença preenchia o ambiente instantaneamente.

Ele era de uma elegância quase intimidante. O terno que usava parecia feito sob medida para exaltar a perfeição de seus ombros e peito. A luz suave refletia nos traços marcantes de seu rosto. Ele levou o copo de uísque aos lábios, sem tirar os olhos de mim, e fez um gesto breve com a cabeça.

- Dance - disse ele, com uma voz grave que reverberou pela sala.

Me movi, deixando que a música me conduzisse, mas dessa vez havia algo diferente. A cada passo, a cada olhar que trocávamos, uma sensação nova me dominava. O palco exclusivo era pequeno e intimista, como se a performance fosse apenas para ele - e de certa forma, era.

Quando a música terminou, ele me chamou com um movimento suave de mão. Seus olhos me fitavam com uma intensidade que fez meu coração disparar. Andei até ele e, sem dizer uma palavra, sentei-me em seu colo. A proximidade me pegou de surpresa. O cheiro dele era amadeirado, um misto de álcool e algo mais que eu não conseguia identificar, mas que me atraía profundamente. Pude sentir os músculos firmes sob o tecido caro do terno, e, pela primeira vez, desde que comecei a trabalhar ali, eu queria mais. Queria sentir o que aquele homem tinha a oferecer.

Ele passou a mão pela minha cintura, puxando-me para mais perto, e antes que eu pudesse reagir, seus lábios estavam nos meus. Beijar os clientes nunca foi algo que eu fazia, era uma das tantas regras que eu respeitava... até aquele momento. O beijo dele era diferente, e naquele segundo, eu esqueci todas as barreiras que havia criado. As regras deixaram de importar, e eu me perdi no desejo que crescia dentro de mim, tão real quanto o toque dele.

Estava ofegante, e aquilo não terminaria bem. Havia a possibilidade de transar com clientes, desde que fosse consensual, mas ele havia pedido apenas uma dança. Como podia estar tão perdida naquele homem?

Com dificuldade, me afastei e o encarei. Seus olhos claros estavam escurecidos pelas pupilas dilatadas. Ele segurou meu rosto, e sua mão tentou remover a máscara, mas eu o impedi.

- Aqui existem regras, querido, e a máscara fica onde está.

Ele sorriu e beijou meu queixo, lambendo de maneira preguiçosa, me fazendo cair novamente em sua sedução.

- Não vamos fazer nada. Quero te ver fora daqui...

O ar ao nosso redor parecia mais denso, e, por um momento, vacilei. Ele estava sendo irresistível, tão sedutor. Mas eu não iria a lugar algum com ele, por mais tentador que fosse. Encontros com clientes fora da boate eram perigosos. Sempre me ensinaram isso, e eu sabia o quanto isso poderia me complicar.

- Não posso. Podemos acertar nosso encontro aqui mesmo... - respondi, tentando manter a compostura.

O rosto dele mudou de repente, como se minha resposta o tivesse arrancado de um devaneio. O brilho nos olhos dele se apagou, dando lugar a algo mais sombrio, quase frio. Ele estreitou os olhos, e senti sua mão deslizar pela minha cintura antes de soltá-la. Seus dedos foram ao bolso interno do terno, e, por um segundo, o silêncio entre nós era quase palpável.

- Claro, o dinheiro é a chave para tudo, sempre é - murmurou com um sorriso cínico.

Sem aviso, ele enfiou um maço de notas no meu decote, fazendo meu corpo reagir ao toque inesperado. Senti o frio do papel roçar minha pele, e, quando olhei para baixo, as notas pareciam se multiplicar. Eram todas de duzentos euros, finas e dobradas, mas em uma quantidade impressionante. O volume era considerável, e o decote do meu vestido mal conseguia acomodá-las todas, algumas quase caindo.

Ele me observou por mais alguns segundos, o olhar duro e determinado, como se estivesse esperando uma reação. Quando eu não disse nada, ele pareceu perder a paciência. Seus dedos se apertaram ao redor do copo de uísque, e ele o deixou com um estalo pesado sobre a mesa ao lado, antes de voltar a me encarar com uma intensidade que fez minha respiração falhar por um segundo.

- Eu acabei de te enfiar dez mil euros - falou, a voz baixa, mas carregada de irritação. - Dez mil, Luna. Não é qualquer gorjeta, não é um capricho. Quero te ver fora daqui, e não é porque você dança bem, ou porque os outros idiotas nesse salão ficam babando por você.

Ele se inclinou um pouco para frente, a expressão feroz, quase predatória.

- Eu te quero. Entende? Não vou fingir que é por outra razão. Eu te quero longe daqui, comigo, fora desse maldito lugar. Esse ambiente não é pra você. O que está fazendo aqui? Escondendo-se atrás de máscaras e notas enfiadas no decote como se fossem trocados... Isso te satisfaz? Porque a mim não.

Minha boca se abriu, mas as palavras não saíram. Meu coração estava disparado, minha mente em turbilhão. Parte de mim queria se levantar e ir embora, dizer que ele não tinha o direito de falar comigo daquele jeito, como se soubesse alguma coisa da minha vida. Mas a outra parte... A outra parte estava paralisada, confusa e, de alguma forma, afetada por suas palavras.

Olhei para o meu peito, onde as notas de 200 euros ainda estavam enfiadas, o volume evidente e quase surreal. Dez mil euros. Dez mil... Meu Deus, essa quantia seria suficiente para pagar tantas dívidas, para colocar minha mãe em um tratamento melhor, para garantir o futuro de Sofia por meses. Me vi dividida, o lado racional me dizendo que era uma oportunidade, que eu poderia resolver tantos problemas com esse dinheiro. Mas o que ele estava pedindo... sair dali, com ele, entregar-me a algo que eu não sabia até onde poderia ir... Isso me aterrorizava.

- Você não entende... - tentei dizer, mas minha voz soou trêmula, sem a força que eu queria transmitir.

- Não, você não entende - ele interrompeu, a voz firme. - Eu não estou pedindo uma transação, Luna. Não se trata só do dinheiro. É muito mais do que isso. Eu te quero de verdade. Você precisa sair daqui, precisa de algo melhor. E eu posso te dar isso.

A raiva misturava-se com a confusão na minha mente. Como ele podia achar que sabia o que era melhor para mim? Como se o fato de me enfiar todo aquele dinheiro no decote lhe desse o direito de decidir a minha vida. Mas, ao mesmo tempo, suas palavras atingiram algo profundo dentro de mim, algo que eu me recusava a admitir. Eu estava exausta. Esse lugar me sufocava, e o peso das dívidas, das responsabilidades, me arrastava cada vez mais para o fundo. Ele estava me oferecendo uma saída... mas a que preço?

Fechei os olhos por um instante, tentando organizar os pensamentos. Minha raiva fervia, mas não conseguia afastar a ideia de tudo o que eu poderia resolver com aquele dinheiro, com o que ele estava oferecendo. Dez mil euros... Eu poderia pagar as dívidas mais urgentes, poderia dar um alívio à minha mãe, à Sofia. Mas, a que custo? Seria vender minha alma, meu corpo, e talvez até meu coração. Eu sabia que, se fosse com ele, não haveria volta.

Quando abri os olhos novamente, ele ainda estava lá, me observando. A paciência dele parecia esgotar-se, mas ainda havia algo mais, algo que ele não estava dizendo, mas que era claro no seu olhar. Ele não era como os outros. Não queria apenas uma noite e depois ir embora. Ele queria mais. Mas eu... estaria pronta para isso?

Fiquei em silêncio, incapaz de decidir, com as palavras presas na garganta, enquanto o peso de sua proposta pairava no ar, tão denso quanto o cheiro de uísque que ele havia deixado de lado.

Ele me encarou por um longo momento, como se estivesse ponderando seu próximo movimento. A frieza estratégica em seus olhos voltou, mas desta vez sem a menor pretensão de esconder suas intenções. Ele deslizou a mão até o bolso interno do terno e, com um gesto lento e calculado, tirou um cartão de visita.

Com elegância e sem dizer uma palavra, pegou uma caneta fina e prateada, escrevendo algo no verso do cartão. Quando terminou, entregou-o para mim, seu toque breve e intencional.

A letra dourada e elegante no cartão preto dizia: Lorenzo Moretti.

- Estou hospedado no Gran Hotel Campione - sua voz era baixa, firme. - Amanhã, no mesmo horário, venha me encontrar, sem máscaras. Temos negócios a tratar, e posso te oferecer muito mais do que te dei agora.

O cartão parecia queimar entre meus dedos. Olhei para o verso, onde o nome do hotel estava rabiscado em uma caligrafia impecável: Gran Hotel Campione, suíte presidencial, o lugar onde apenas os mais poderosos e ricos se hospedavam. Uma proposta concreta, clara, tudo em um simples pedaço de papel.

Antes que eu pudesse responder, ele se aproximou devagar, com um controle absoluto. Senti seus dedos sob meu queixo, erguendo-o suavemente. Ele se inclinou e, de maneira deliberada, depositou um beijo suave em meus lábios. Não era um beijo desesperado ou cheio de desejo. Era meticuloso, como tudo que ele fazia. O toque breve, porém, deixou meus lábios formigando, e uma onda de choque percorreu meu corpo.

Ele então se afastou e, com a mesma gentileza, passou o braço ao redor da minha cintura, levantando-me com cuidado, quase como se eu fosse feita de algo frágil. Meu corpo parecia não estar sob meu controle, e antes que eu percebesse, ele já estava a caminho da porta. Abriu-a calmamente, sem pressa, lançando-me um último olhar.

- Pense bem - disse ele, com uma tranquilidade que só amplificava o peso de sua oferta. - Nos vemos amanhã.

Com isso, ele desapareceu, a porta se fechando atrás dele com um som leve, mas definitivo. Fiquei ali, parada, meu corpo tremendo levemente, confusa e tomada por uma mistura de emoções que eu não sabia explicar.

O cartão ainda estava em minha mão, o nome do hotel e a proposta gravados não só no papel, mas também na minha mente. A promessa de "muito mais" ecoava na minha cabeça. Meus lábios ainda sentiam o toque do beijo, e meu coração batia descompassado.

Tudo parecia um jogo, e agora, ele tinha colocado todas as peças no tabuleiro. Eu ainda não sabia qual seria meu próximo movimento.

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