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PRESA À MÁFIA : ROMANCE DARK

PRESA À MÁFIA : ROMANCE DARK

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40 Capítulo
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Sinopse

Índice

Pietro Salvatore nasceu para liderar. Desde criança foi treinado para ser o próximo chefe da máfia italiana. Um único olhar foi o suficiente para despertar em um menino, um sentimento grandioso como o amor, tornando assim, a pequena Ângela Greco, aquela, a qual, ele amaria para sempre. Através de um jogo de intrigas, Ângela e sua família se tornaram as próximas vítimas daqueles que almejavam o poder. Os anos se passaram e Pietro se tornou um homem cruel e impiedoso ao achar que seu único amor, estava morta. Um acaso o colocará novamente no caminho de Ângela, uma jovem doce, que aparenta ser o próprio anjo em pessoa. Ela teve sua vida transformada ao ver seus pais sendo assassinados, levando-a a passar 10 anos de sua vida em um orfanato. Após recuperar sua memória, a sede de vingança despertará a parte mais obscura da sua alma.

Capítulo 1 Um novo recomeço

Brownsville - New York

Dez anos atrás...

SUZANA VITALLE/ ANGELINA GRECO

Nunca conjecturei que nossas vidas mudariam tão inesperadamente, mesmo não gostando dos assuntos relacionados à Cosa Nostra, sabia que a famiglia sempre vem em primeiro lugar. No entanto, seis meses atrás, aquele infeliz conspirou contra meu marido, mudando todo o rumo das nossas vidas. Tivemos que nos esconder em um bairro pobre de New York e acabamos assumindo outra identidade.

Foi um milagre termos sobrevivido aquele atentando, porém, Ângela passou dias em coma e quando acordou, a pobrezinha não se lembrava de nada. Os médicos nos avisaram que poderia levar dias, meses e até anos para lembrar-se de algo, ou até mesmo o impensado, ela poderia jamais se recordar do seu passado. Saio dos meus pensamentos ao ouvir a voz do meu marido.

— Amor, cadê a Ângela?

— Você está doido? Sabe que não pode chamá-la por esse nome — falo em tom de repreensão. — Giovana foi tomar banho.

— Nunca irei me acostumar em ter o nome da minha princesa trocado, mas sei que tudo é pela sua segurança — seu olhar indica indignação. — Para Dimitri Salvatore, eu fui o traidor que vendia as informações aos russos, não o culpo por querer a nossa ruína. O homem que era seu melhor amigo e conselheiro, tramando pela sua própria costa, eles engendraram tudo nos mínimos detalhes, o fazendo acreditar que o traidor seria eu.

— De toda essa desgraça, a única coisa boa em tudo isso, foi ela ter pedido a memória, nunca consegui entender como uma criança pudesse ter um comportamento tão tenebroso. Sei que no mundo da máfia, ela sempre iria ver as piores coisas, mas lembro do dia que o seu cachorrinho estragou a sua boneca favorita, ela pegou o pequeno animal pelas pernas e acabou fazendo aquela atrocidade.

— Pior foi o dia em que ela e Pietro fugiram para o galpão, onde Dimitri iria executar alguns traidores, os seus olhos brilhavam e ela pulava eufórica ao ver os homens sendo torturados. Penso que esse foi o motivo pelo qual Dimitri exigiu que ela fosse a prometida de Pietro.

— Mamãe, acabei... — ouço sua voz vinda do quarto.

— Vou averiguar se ela escovou os dentes direitinho.

Assim que adentrei o quarto, Giovana já estava com seu pijama, após analisar se ela escovou os dentes, fui pentear seus longos cabelos. Estava perdida em meus pensamentos quando ouvi um estrondo vindo da sala e vozes alteradas.

— Filha, quero que fique debaixo da cama e por motivo nenhum saia de lá, você me entendeu?

— Sim, mamãe.

Assim que me aproximei da porta, senti uma mão de encontro aos meus cabelos, me puxando com força. Meus batimentos cardíacos se agitaram quando olhei meu marido ajoelhado, enquanto o infeliz estava com uma arma apontada para sua cabeça.

— Vocês acharam mesmo que poderiam se esconder por muito tempo? Para todos, a família Greco morreu naquele acidente e por seis meses, acreditei, até que um dos meus homens viu Felippo — ele solta uma risada tenebrosa. — Julgaram que se escondendo em um dos bairros mais pobres de New York, ninguém iria descobrir que estavam vivos, e onde está aquela fedelha?

— Ângela morreu naquele acidente que você provocou.

— Então será menos uma a ser enviada ao inferno.

Ouvi um disparo, olhei para meu marido que estava jogado ao chão com um tiro no meio da sua testa, não demorou muito e fui envolvida pela escuridão eterna.

Manhattan - New York

Dias atuais

GIOVANNA VITALLE

— Mamãe! Papai! Acordem, por favor.

Eu os chacoalhei, mas eles não acordavam, seus corpos estão envolvidos por uma enorme poça de sangue.

— Não! Não! Vocês não podem me deixar... ACORDA, MAMÃEEEE... — grito.

Abro meus olhos e meu sonho se desvanece a luz da manhã. Descarto minhas lembranças que não me dão uma noite de folga. Não aguento mais passar por essa tortura. Saio da cama e ao adentrar o pequeno banheiro coletivo, olho com frustração para mim mesma no espelho.

No que me transformei após todo esse tempo?

Olho fixamente para o meu reflexo e vejo uma pálida mulher de cabelos castanhos, com olhos azuis enormes, porém, sem vida.

Tenho sobrevivido durante dez anos sem meus pais, após ter ouvido os estrondos vindos da sala, me encolhi ainda mais debaixo da cama, não demorou muito e um homem entrou no quarto, permaneceu ali por alguns minutos, até que o ouvi dizendo que não tinha ninguém. A minha sorte foi que tínhamos mudando há alguns semanas para aquela casa, a qual tinha somente um quarto, meus pais não pareciam ter muito dinheiro, pois o lugar era pequeno e eu dormia com os dois na mesma cama. E os poucos pertences que eu tinha, ficava escondido em uma caixa embaixo da cama.

Esperei algum tempo até sair do quarto e quando adentrei a sala, já não conseguia conter as lágrimas que caiam descontroladamente pelo meu rosto. Após gritos e sacudidas, ouvi um pequeno sussurro, meu coração batia freneticamente, olhei para minha mãe que tentava a todo custo abrir a boca, me aproximei e suas últimas palavras foram que nunca me separasse da Laurinha.

Quando a vi fechando os olhos, sabia que jamais voltaria a vê-los novamente, voltei ao quarto, fui embaixo da cama onde estive momentos antes, peguei a Laurinha que estava lá e saí correndo pela rua.

O tempo voou, eu já não sabia onde estava, o céu que antes era nublado, deu lugar a uma forte chuva. Minha barriga já estava doendo de tanta fome, quando dei por mim, estava próximo a uma praça, me encolhi no banco, apertando a minha boneca contra o meu corpo, tentando me proteger do frio. As horas foram passando, assim como a chuva, uma senhora parou a minha frente, não conseguia entender nada do que ela falava. Tentei falar, mas as palavras sumiram, minha cabeça doía, minha barriga doía, apertei a Laurinha com mais força ainda, tudo começou a girar e eu fui envolvida por uma escuridão total.

Quando acordei, estava em um hospital. Comecei a gritar quando senti falta da minha boneca, mas uma enfermeira entrou no quarto e mandou que eu ficasse calma. Ela andou até uma cadeira que estava próxima e voltou com a Laurinha em suas mãos.

Fiquei desnorteada quando a porta foi aberta e dois policiais se aproximaram. Eles queriam saber dos meus pais, eu só conseguia chorar, não sabia ao certo onde morávamos. Minha mãe nunca deixou que eu saísse de casa.

Assim que tive alta do hospital, fiquei em um abrigo e logo fui enviada para o Orfanato Angel Guardian Home, em Manhattan. Hoje, após ter se passado dez anos aqui, terei que ir embora, as irmãs conseguiram que eu permanecesse por mais um ano, mas hoje, infelizmente, terei que deixar esse lugar que foi o meu lar durante todo esse tempo.

(...)

Alguns dias atrás, enquanto mexia em minhas coisas, eu acabei achando a minha boneca. Já estava tão velha, que havia criado mofo. Resolvi por lavá-la, assim a levaria junto comigo. Ao esfregar o tecido manchado e envelhecido, acabei por rasgar o corpo da Laurinha e fiquei espantada com algo que achei: um conjunto de joias dentro do seu corpo. Penso que esse foi o motivo da minha mãe fazer questão que nunca me separasse dela.

Além de um colar, tinha uma linda pulseira. Tia Cecília conseguiu vender a pulseira por um ótimo valor, pois, conhece algumas pessoas importantes. Acabei dando parte do dinheiro para o orfanato, a situação aqui não é muito boa, embora o governo sempre faça de tudo para manter o local.

O colar, eu não irei me desfazer. É uma lembrança da minha mãe, que guardarei para sempre. Com o dinheiro que fiquei, vou alugar um pequeno apartamento e procurar um emprego o mais rápido possível para poder me manter daqui para frente.

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