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Blood, Sweat & Tears

Blood, Sweat & Tears

5.0
5 Capítulo
139 Leituras
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Sinopse

Índice

June é o único vampiro em uma universidade inundada com criaturas sobrenaturais e humanos. Vampiros são raros, desprezados pela sociedade porque são vistos como perigosos. O veneno de vampiro também é tóxico e mortal para muitas criaturas sobrenaturais. June é um vampiro em uma universidade com sua visão anti-vampiro. Exilado e intimidado, ele aceitou seu destino de passar a vida sozinho. Até que um ser humano mude tudo.

Capítulo 1 Chegada

"O historiador e o poeta não se distinguem um do outro pelo fato de o primeiro escrever em prosa e o segundo em verso. Diferem entre si, porque um escreveu o que aconteceu e o outro o que poderia ter acontecido."

- Aristóteles

Os poderes transformadores da natureza são óbvios para todos nós. Que o aquecimento, o resfriamento e as misturas dos vários elementos levam tanto a novos compostos quantos a re-emêrgencia de substâncias puras certamente não escapou a atenção dos sábios do antigo Egito, e provavelmente já vinha despertando interesse bem antes deles. Como capturar esses poderes naturais para extrair a essência das coisas? A--

- Haru, chegamos, você está me ouvindo? - O melhor amigo de Haru, Lee, pergunta em alto e bom som, provavelmente ela já havia lhe chamado algumas vezes antes e ele apenas não ouve ele. O garoto saí de sua nébula de pensamentos e se vira para sua melhor amiga com um sorriso fraco.

- Sim, Noona? - O garoto olha para ela confuso, a viagem até a cidade havia lhe deixado tão entusiasmado que acabou não percebendo que havia chegado ao seu destino final.

A fênix lhe olhou com os olhos carinhosos enquanto bagunçava seu cabelo ondulado que estava perfeitamente arrumado. O sorriso de Haru se estendeu com o carinho que seu amigo lhe demonstrava, o garoto conseguia ver o alívio nos olhos da Fênix.

Lee sempre havia sofrido muito preconceito tanto em meio aos sobrenaturais, como no meio social. Na cidade onde moravam, em Busan, o garoto era bastante julgado por sua aparência, já que eles viviam no interior da cidade os humanos do local não eram totalmente acostumado com a aparência do garoto, por mais que ele se pareça mais com um humano, mas as vezes em seus braços e pernas apareciam algumas penas vermelhas por se aproximar da lua cheia. Em seu meio social sua principal dificuldade era por conta da sua identidade de gênero, Lee é não binário e isso era visto como anormal no interior da cidade, sempre tentavam ofender Lee usando pronomes diferentes, mas nunca conheciam por não ligar para pronomes e usar todos. As únicas pessoas que lhe acolhiam era sua própria família e a família de Haru, e claro, seu namorado.

Haru não poderia dizer que teve uma infância ruim, pelo contrário, sua infância foi incrível, tirando a parte do bullying sofrido na escola e em uma parte pequena de sua família, mas ele apenas ignorava isso, já que ele cresceu muito bem com a criação de seus pais, vivendo em um ambiente saudável e amoroso. Haru sempre foi muito curioso sobre o mundo, sendo um explorador desde pequeno e agora finalmente estava podendo explorar o grande mundo. Indo para a cidade grande ele saberia que encontraria mais sobrenaturais do que mais imaginava e menos humanos obviamente.

A maioria da população da cidade grande era formada por seres sobrenaturais, trolls, lobisomens entre outros seres sobrenaturais. Mas após Haru ser admitido na universidade, ele estava tendo a mudança abrupta em sua vida, mudando do interior para a cidade com seus dois melhores amigos.

- Já chegamos? - Haru pergunta com os olhos brilhantes, o humano exalava tanta felicidade.

- Chegamos a um cinco minutos. - Lee disse sorrindo. - Eu estava acordando o James primeiro, você sabe como ele é difícil acordar em viagem. - O garoto disse rindo baixo.

- Eu sei bem. - Haru sorrio carinho, mas olhou confuso para o banco da frente do ônibus em que estavam.

James havia voltado a dormir, o lobo dormindo de boca aberta babando no braço da assento acolchoado do ônibus. O cabelo preto do homem estava totalmente bagunçado, sua roupa estava totalmente amassada, o travesseiro de viagem do mesmo estava entre suas pernas enquanto a manta no chão do ônibus. Todos os passageiros já haviam saído do ônibus, deixando apenas o trio ali presente.

- Eu acho que você deveria acordar ele novamente. - O mais novo entre eles comenta rindo baixo, Lee olha para seu namorado, ela revira os olhos e solta um grunhido baixo raivoso.

- Caralho, garoto, eu já te chamei 13 vezes. - A fênix respira fundo tentando manter a paciência enquanto balançava o lobo desacordado.

A fênix costumava ser bem calma no seu dia a dia, mas em novos ambientes e em viagens ela ficava bem mais sensível e sem paciência alguma. A fênix balançou seu amante, cansado de balançar o lobo e o mesmo não acordar, ele pegou a garrafa d'água deixada por alguém em uma das poltronas, abriu e jogou o líquido contra o rosto de James que levantou alarmado pelo susto de ter sido acordado com água na cara.

- Acordou, bela adormecida? - A fênix perguntou em um tom irônico olhando sério para seu namorado.

- A gente já chegou? - James perguntou totalmente desnorteado enquanto se levantava.

- Sim, vamos descer antes que nos expulsem daqui. - Lee alertou os outros dois enquanto pegava sua mochila guardada no bagageiro de teto, ele acaba por pegar a mochila de seu namorado sabendo que ele iria esquecer que havia levado uma mochila.

Haru esperou o lobo meio dormindo se levantar e ir primeiro em sua frente, após que o lobo fez isso, Haru pegou sua mochila no assento vago do ônibus, ao seu lado, e saí do ônibus colocando o objeto em suas costas.

Quando os três desceram do ônibus, eles pegaram sua malas no bagageiro do ônibus. Eles enfrentaram uma pequena fila até conseguir finalmente pegar sua mala propriamente dito.

O trio de amigos caminharam até uma avenida próxima, com James já acordado e atento a qualquer movimento estranho perto de seu namorado ou de seu melhor amigo. Muita das vezes o lobisomem acabava sendo mais super protetor com os outros dois do que os próprios pais dos mesmos. Lee tentava chamar um carro para levarem eles até seu novo apartamento, mas ele tinha dificuldade para mexer em aplicativos do tipo, a fênix murmurava como o design do aplicativo é horrível, assim como grande parte do aplicativo, deixando cada vez mais difícil chegar na opção que ele queria e os anúncios lhe incomodavam. Haru contava todas as malas e conferia se não havia esquecido nada no ônibus ou em casa.

- Eu não quero comprar a porra de passe de desconto nenhum! - A fênix exalou raivosa, algumas pequenas penas crescendo em seu rosto.

- Amor. É só você digitar o endereço aqui. - James ditou risonho apontando para a aba de pesquisa do destino. Ele passou os dedos pela bochecha de seu amado e tirou as pequenas penas que cresceram no local.

- por favor, não sejam melosos aqui. - Haru quase implorou fazendo uma careta.

Ele não tinha vergonha de seus amigos, claramente não, mas ele não podia negar como era horrível ser a vela do grupo quando os dois entravam em seu mundo de melosidade, deixando o pobre humano totalmente deslocado e sem saber o que fazer exatamente. O casal as vezes faziam piadas sobre essa ocasiões, quase sempre sendo melosos de propósito. Haru era o mais novo entre os três, já não bastando ser o mais novo era o mais tímido, o casal as vezes acabavam por tratar o humano como se fosse seu próprio filho.

Quando Lee finalmente consegui chamar o carro ele solta um pequeno grito de felicidade.

- Hyung, Noona, vocês não acham melhor a gente ir para outro lugar? - Haru pergunta inseguro olhando ao redor.

- Não, por que? - James pergunta confuso não percebendo nada de anormal ao redor.

- É que estamos na frente de um monte de motorista de táxi e estamos pedindo o serviço do concorrente deles. - Haru explica como se fosse óbvio.

E realmente era, o aplicativo havia se popularizado por suas corridas baratas e rápidas, o que ocasionou em deixar os taxistas em desvantagem pela enorme migração de seus clientes para o aplicativo.

Quando o carro pedido por Lee chegou, o motorista foi recebido por uma grande carranca de vários taxistas. O trio de amigos cumprimentaram o homem que estava ali para buscar os mesmos, eles pegaram suas malas e guardaram no porta-malas do carro em seguida entrando no carro.

O humano estava um tanto quanto elétrico e ansioso, seus olhos brilhosos observando toda a paisagem que ele via. Era como se ele fosse um passarinho que acabará de sair do ninho de sua mãe por conta própria e agora ele estava finalmente crescendo. O casal olhava tanto para o humano como para a janela com carinho, com certeza sair de Busan foi um alívio para os três, um peso enorme foi deixado de lado e isso era maravilhoso.

Com óbvio fascínio o humano pegou sua câmera em sua mochila, tirando todas as fotos que conseguiu dos inúmeros prédios, parques, monumentos incríveis. O motorista percebendo que eles eram novos em Seul começou a comentar mais sobre a cidade, sobre os melhores lugares para onde ir em cada estação do ano, onde eles não podem deixar de ir, até mesmo avisando sobre possíveis lugares perigosos onde eles deveriam evitar de ir. Todos os três escutavam o motorista com atenção, fazendo perguntas, mesmo que algumas perguntas parecessem bobas aos olhos do motorista, ele respondia cada uma com sinceridade.

Quando eles chegaram no local de destino, eles saíram do carro arrulhando de felicidade. Haru tratou de pegar todas as malas de seus Hyungs, deixando elas na calçada enquanto James pagava o motorista e Lee tentava descobrir como deixava um comentário positivo no aplicativo para o motorista.

Haru olhou para o edifício onde eles haviam alugado um apartamento, o grande edifício era um prédio amarelo, ele não tinha a melhor aparência, mas sim a aparência de um prédio antigo com mais de trinta anos. Em sua frente havia quatro degraus de pedra e um corrimão de ferro, a porta holandesa de madeira pintada com tinta amarela. Algumas flores estavam servindo de decoração para o grande edifício. Esse edifício não estava nem perto de ser perfeito para outras pessoas, mas para Haru, para Haru esse edifício era totalmente perfeito. Era próximo a sua universidade, grande o suficiente para caber três pessoas, cabe dentro do seu orçamento e ele estava morando com seus dois melhores amigos. A criança interior de Haru estava em euforia por seu maior sonho ser realizado assim.

- Quer ter as honras de abrir? - James pergunta para Haru que estava embriagado com a sensação de euforia correndo por sua pele.

- Sério? - O humano olha para o lobisomem com os olhos brilhantes.

- Sim, vai lá, eu e a Lee levamos as malas. - O lobo afirmou jogando as chaves para Haru que pegou a chave centímetros antes de bater em seu rosto.

Quando James se virou para ir até seu namorado que enviava mensagens freneticas para a sua mãe e a mãe de Haru afirmando que eles chegaram seguros e não foram sequestrados ou mortos no caminho. Como se fosse um sinal para Haru subir assim que James se virou, o mais novo subiu correndo as escadas de madeira do edifício após abrir a porta amarela.

Péssima escolha.

O garoto parou de correr no quinto andar, cansado por ter corrido tão rápido os cinco andares e se xingando por ter esquecido que haviam alugado um apartamento no oitavo andar.

O humano apoiou suas mãos em seus joelhos tentando recuperar o fôlego, sentindo as gotas de suor formar em sua testa ele secou com o pulso. Ele olhou para cima vendo que teria que subir mais alguns lances de escadas, mas não se importou, simplesmente voltou a correr até chegar no oitavo andar.

Quando chegou no andar ele abriu a porta ansioso, errando a fechadura quatro vezes e não encontrando a chave certa no molho de chaves que tinha ali, que havia apenas quatro chaves.

Assim que o garoto abriu a porta olhou admirado para o apartamento semi-mobiliado, seu nariz franziu ao ver a poeira em cima de alguns móveis que estavam protegidos por plástico. Maldita alergia.

Em segundos os amigos de Haru apareceu atrás do mesmo olhando para todo o apartamento, satisfeitos com a barganha que havia feito com o avô de uma amiga de James, eles tiveram que ganhar o ancião em uma partida de ping-pong para o senhor de idade alugar o apartamento para eles em um preço que cabia em suas economias. Eles não se arrependiam de nada.

O apartamento tinha uma sala de estar de um tamanho agradável a cozinha era aberta e tinha a aparência de uma cozinha americana, o corredor era curto e dava acesso a três portas, uma que parecia ser o banheiro - a do meio -, e as outras duas eram os quartos. Haru correu para o quarto ao lado direito.

Quando o humano abriu a porta ele acabou se surpreendendo que o quarto estava em boas condições, a cama parecia bem confortável por ter sido mantida em boas condições. As paredes pareciam deriotada assim como partes da estrutura da casa, mas não era nada que fosse de mais e fosse incomodar a vida deles.

Haru olhou para todos o quarto e ficou satisfeito com aquele, ele poderia dar a sua cara para o quarto, o seu novo quarto. Ele resolveu ir até a janela e deslizar a mesma para abrir, a vista poluída da cidade era lindo aos olhos do humano inexperiente na vida.

Lee apareceu vestido roupas casuais, diferente do que estava anteriormente e Haru já imaginou porque, o humano não queria perder seu dia fazendo aquilo. Percebendo o sorriso de Lee, o garoto já percebeu que ele iria ficar com a pior parte.

- Hora de limpar o apartamento.

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