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O poder da sedução - livro 5

O poder da sedução - livro 5

5.0
38 Capítulo
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Sinopse

Índice

Rafael Caldwell-Oviedo, o bilionário e maior campeão de golfe da história, possui um sobrenome que é sinônimo de tradição no mundo inteiro. Também herdou do pai o poder de sedução. As mulheres e a imprensa o chamam de príncipe da modernidade. Os amigos, de cafajeste disfarçado, já que nunca cria laços a longo prazo com suas parceiras. Entretanto, o único rótulo que lhe interessa é o de número um. Em tudo o que faz na vida, Rafe é um vencedor e não seria diferente quando encontra uma mulher misteriosa em uma festa. Ele nunca joga para perder e parte para conquistá-la usando cada arma de seu arsenal. Petal Bartley só quer esquecer por uma noite sua vida de sacrifícios e se divertir como uma garota de sua idade. Com esse propósito em mente, cair nos braços do homem lindo é inevitável. O que nenhum dos dois imagina é que esse encontro terá consequências. Somado a isso, há alguém tramando para destruir a vida da jovem batalhadora. Quando o destino prega uma peça, criando um laço eterno entre os dois, Rafe terá que fazer o que um Oviedo faz de melhor: proteger sua família inesperada. A todos os apaixonados por essa família que tem um lugar especial no meu coração.

Capítulo 1 O poder da sedução - livro 5

Capítulo 1

Petal

Boston — Massachusetts

Seguro a maçaneta da porta do meu quarto, que só puxador do lado de dentro e mais uma vez prometo que vou consertá-la. Mas então, quando olho em volta do apartamento pequeno e de paredes manchadas que necessitam de pintura, afasto a ideia da cabeça.

Preciso economizar para cuidar da saúde da minha tia. Os remédios dela são caríssimos. Não, nada de pinturas ou maçanetas novas. Enquanto eu não receber um aumento substancial, já que esse da nova promoção vai ajudar, mas não resolver nem um décimo dos nossos problemas, não podemos nos dar ao luxo de gastar com supérfluos.

— Já de pé? — pergunto, dando um beijo na testa do meu irmão que está

parado no corredor. — Pensei que iria aproveitar sua semana de férias da primavera[1].

— Eu ouvi vocês duas de madrugada. Ela passou mal de novo, né?

— Sim, mas a cuidadora chegará logo. Você pode voltar a dormir.

— Eu sei, mas gosto de estar por perto quando ela não se sente bem.

Prefiro ficar vigilante.

Meu coração se contrai.

Ele é tão novo ainda e mesmo assim, já mostra o tipo de homem que vai ser quando crescer.

Trago-o para um abraço.

— Você é o melhor irmão do mundo, Phoenix. Ele enterra a cabeça no meu peito.

— Deus, eu odeio meu nome.

— Titia disse que a primeira opção da nossa mãe para você era Banjo.

— Jesus, estou bem com Phoenix, então. Banjo, sério? Eu nunca conseguiria um cargo de CEO com um nome desses.

— E para que quer ser um CEO? Profissão mais chata, ficar o dia inteiro atrás de uma mesa.

— Duas palavras: dinheiro e mulheres. Vou ser rico, cuidar de você e da titia. Depois, ter uma namorada diferente por semana.

— Vai coisa nenhuma. Não estou te educando para ser um pegador sem

vergonha.

— Sem vergonha, não. Vou respeitar cada uma das minhas namoradas, mas espero que até eu me casar, sejam muitas.

Sacudo a cabeça sorrindo e tentando não me preocupar tanto. Ele só tem treze e para um adolescente, é bem tranquilo. Tenho certeza que até chegar na idade de namorar, mudará de ideia sobre ser um conquistador semanal.

— E por falar em namorado, como foi seu encontro na semana passada?

Nem fizemos a lista dos prós e contras.

Meu irmão criou uma bendita lista, em que eu e ele verificamos possíveis candidatos a namorado. Até agora houve mais contra do que pró para cada cara que conheci no último ano.

Nesse ritmo, vou virar freira.

Casados, mulherengos, espertalhões que desejam mulheres para sustentá- los, ou como foi no caso desse a que ele se refere, um imbecil completo.

— Não foi, por isso nem me preocupei com a lista. Ele é um idiota.

— Por quê? — pergunta, mudando a postura, com seu jeito protetor.

— Não se preocupe, eu o coloquei em seu devido lugar.

— Ele tentou levá-la para a cama, não foi?

— Phoenix!

— Não sei como deixamos passar isso em nossa triagem, Petal. Ele era novo demais. Precisamos de alguém por volta dos trinta.

Eu começo a rir.

— Não precisamos de nada. Eu me basto. Onde foi que aprendeu essa palavra “triagem”?

— Lendo jornal. Você não me leva a sério quando falo que vou ser um

CEO, né?

— De que setor?

— Tecnologia. Quero ser como Odin Lykaios[2]. Talvez ele me aceite

como aprendiz. Soube que a Lykaios Systems[3] tem um projeto para estudantes de baixa renda como eu.

— Mais tarde quando eu chegar do trabalho podemos pesquisar isso juntos, tá? Agora tenho que ir, senão vou me atrasar. Não posso desperdiçar essa chance que Deus está me dando. O bônus anual da nova função é quase um salário.

— Vai dar tudo certo. Nunca vão encontrar uma funcionária melhor do que você. Se quiser posso ter uma conversinha com seu chefe.

— Nossa, é tentador, mas não, obrigada. — Beijo sua testa outra vez. — Não entrarei para falar com a titia porque não quero acordá-la, mas você vai me ligar se houver algo errado?

— Vou sim, mas fique tranquila. Está tudo sob controle.

— Eu te amo, Phoenix.

— Como poderia não me amar?

— Como? — pergunto, já virando as costas para sair.

Assim como acontece toda manhã quando tenho que deixá-los, sofro de remorso, mas sou a bem dizer única renda da casa e acabo de ser promovida.

Tenho que focar no futuro. Dar condições melhores para a minha família.

Não há espaço para dúvidas. Eles precisam de mim.

— Ah, então você é a nova secretária júnior?

Fico um pouco nervosa porque nunca imaginei que esse homem fosse me enxergar, ainda mais no meio de tantas funcionárias.

— Hum… sou eu, sim.

— Meu pai falou muito a seu respeito. Disse que é inteligente e trabalhadora.

Ele estica a mão para me cumprimentar e eu hesito, nervosa para caramba, porque a pessoa à minha frente não é ninguém mais ninguém menos do que o filho do meu empregador.

Se o CEO, doutor Augustus Acker, é o rei do mercado de produtos esportivos nos Estados Unidos, Lleyton é o príncipe.

Um meio distorcido, a julgar pelas notícias nas revistas de celebridade, não posso me impedir de pensar.

Ele é famoso por se meter em escândalos. Festas com bebidas e mulheres em excesso, além de confrontos físicos em boates.

Tento me lembrar se li em algum lugar quantos anos ele tem. Eu chutaria por volta dos trinta, o que é idade mais do que suficiente para alguém parar de agir como um adolescente irresponsável.

Assim que o pensamento me vem, fico envergonhada. Não cabe a mim julgar a vida alheia, muito menos o filho do meu empregador. Talvez eu o tenha feito porque, no fundo, sinto um pouquinho de inveja. Nunca soube o que é aproveitar, já que desde muito cedo precisei ocupar o lugar da minha tia como chefe de família, me responsabilizando pela casa, mas principalmente, pela criação de Phoenix.

— Meu nome é Petal Bartley — falo, enfim estendendo a mão também, mesmo que me pareça um pouco inapropriado.

Ele a aperta sem muita firmeza.

— Eu sou Lleyton Acker — diz, como se o mundo inteiro não soubesse disso. — Petal? Que tipo de nome é esse?

— Minha mãe era meio hippie.

— Era?

— Sim — respondo, cortando o assunto porque não gosto de falar sobre a minha família com estranhos. — Em que posso ajudá-lo, senhor Acker?

— Opa, duas coisas erradas, aqui. Nada de senhor. Somente Lleyton. E por que acha que precisa me ajudar com alguma coisa?

— Não quero ser rude, mas por qual outro motivo pararia na mesa de uma secretária júnior?

Ele me olha e levanta uma sobrancelha, de maneira sugestiva, como se dissesse: “nem imagina, amor?”.

Talvez aquilo funcione com a maioria das representantes do sexo feminino porque é muito bonito, mas eu sou um ponto fora da curva. Duvido que qualquer uma das mulheres que ele paquera tenha um décimo das contas que preciso pagar todo final de mês.

Seu cabelo loiro areia e os olhos verdes não têm qualquer efeito em mim, a não ser o mesmo de quando admiramos um modelo bonito em um encarte de uma revista.

Nasci com os dois pés no chão. Sei que não sou mal de se olhar. Minha aparência chama a atenção. Entretanto, também sei que não faço parte do

universo dele, o que me diz que um cara assim, lindo, bilionário e na casa dos trinta, só estaria interessado em mim para uma coisa: sexo.

Não sou hipócrita. Deve ser incrível ir para a cama com um homem tão bonito, mas além de ser o filho do chefe, a maneira como me abordou me diz que deve fazer isso tão depressa quanto troca de sapatos.

— Posso ser sincera, senhor Acker?

— Por que acho que não gostarei do que vou ouvir? — pergunta, sorrindo.

— Não é nada demais, apenas a verdade. O senhor é lindo e tenho certeza de que tropeça em mulheres querendo agarrá-lo, mas eu não estou interessada. Tenho uma tia com esclerose múltipla e um irmão de treze anos que dependem de mim. Acabei de ser promovida, então para que nós dois não percamos tempo, vou deixar avisado que ainda que viesse coberto de diamantes, até mesmo naquelas partes, eu diria não a qualquer convite seu. Nada é mais importante do que o bem-estar da minha família.

Ele me olha em silêncio e apesar de fingir calma, estou muito ansiosa. Talvez tenha exagerado e agora dou graças a Deus por não ter mais ninguém aqui na sala conosco.

— Não pode usar o que eu disse para me demitir ou o processarei por assédio — completo, porque já estou ferrada mesmo, que diferença faz?

Para minha surpresa, ele gargalha. Não uma risadinha sem graça, ri tanto que coloca a mão na barriga. Ou melhor, abdômen, porque não tenho dúvidas

de que debaixo daquele terno bem cortado há tantos gominhos quanto em uma laranja.

Ele torna a esticar o braço em cumprimento.

— Petal Bartley, você é a melhor coisa que me aconteceu nessa semana. Podemos começar de novo? São poucas as pessoas que teriam coragem de me falar o que disse.

Aceito o aperto de mãos, pois ele parece estar sendo sincero.

— O desespero é um grande motivador, senhor Acker. Falei sério. Estou há meses sonhando em ser promovida para dar melhores condições para minha família. Nada me fará sair do meu caminho.

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