Izzie se apaixonou por Matteo aos seis anos, quando ele entrou em sua cozinha com seu irmão mais velho e começou a fazer parte de suas vidas. Aos dezesseis anos, cansada de esperar que o garoto perceba por conta própria que os dois foram feitos um para o outro, ela decide tomar uma atitude - e a festa de dezoito anos de seu irmão é a oportunidade perfeita.
Lembro perfeitamente a primeira vez que vi Matteo. Eu tinha seis anos e tinha acabado de chorar porque minha mãe negara um doce qualquer antes do jantar – provavelmente uma bolacha que era metade de chocolate branco e metade de chocolate preto, que era a minha preferida na época.
Ele foi o último a passar pela porta da cozinha, seguindo meu pai e meu irmão. Assim que meus olhos pousaram naquele garoto de cabelos pretos e olhos azuis, desejei que meu rosto não estivesse vermelho demais e que meus cabelos não estivessem despenteados mesmo que não vissem um pente desde a manhã.
Claro que ele mal prestou atenção em mim, eu era apenas a irmã caçula do garoto que se tornaria seu melhor amigo a partir daquele momento, mas daquele dia em diante tudo que Matteo fazia me dava frio na barriga e essa era uma sensação nova - e muito boa.
Os anos foram passando sem que nada nunca acontecesse entre nós dois. Vi Matteo crescer, se tornar cada dia mais bonito e interessante – tanto que sempre havia alguma garota suspirando por ele -, e continuei sendo a garotinha da casa que ele frequentava com regularidade.
Com a convivência acredito que ele tenha começado a me ver como uma irmãzinha também. Eu detestava essa ideia, queria que ele me notasse como notava as outras garotas, mas Matteo nunca me lançou nenhum olhar que demonstrasse qualquer coisa além de uma respeitosa amizade superficial.
Alguns momentos foram difíceis de observar. Lembro de chorar por uma semana quando descobri que ele tinha dado o primeiro beijo. Eu queria que tivesse sido comigo, mesmo que tivesse consciência de que era impossível, e fiquei verdadeiramente arrasada por não participar de um momento que com certeza ele não esqueceria nunca.
Eu ainda tinha a minha vida, claro, não vivia em função de bisbilhotar Matteo em qualquer chance que surgia - mesmo que eu fizesse exatamente isso em todo meu tempo vago. Tinha uma melhor amiga, saía de casa, estudava. Inclusive tinha dado meu primeiro beijo pouco depois do dele porque precisava descobrir como era e o que Matteo tinha sentido.
O problema era que eu estava crente de que tudo se tornaria perfeito quando Matteo se apaixonasse por mim. Minha vida seria completa, sem nada para reclamar, sem nenhuma parte que parecia estranhamente em suspenso.
Eu criava cenários em que ele percebia que tudo que sempre procurou estava embaixo do seu nariz o tempo todo. Imaginava declarações, as mãos dadas, o nosso primeiro beijo...
- Izzie, você está fantasiando de novo. – Larissa interrompeu minha linha de raciocínio estalando os dedos na frente dos meus olhos.
- Não, eu não. – neguei.
Estávamos sentadas no sofá da minha sala assistindo um filme que eu não lembrava nem o título - infelizmente algo que era muito comum para mim.
- Isabela, você não me engana. – Larissa cruzou os braços no peito – Estava viajando com fantasias com o Ma...
- Xiu! – a repreendi, olhando em direção ao quarto de Iago, meu irmão, onde os dois estavam.
Larissa riu. Era revoltante que minha melhor amiga não entendesse como eu era completamente apaixonada por aquele garoto mesmo que eu tivesse obsessivamente explicado nos últimos anos.
- Você está assim porque eles vão sair. – ela continuou com a voz mais baixa.
Era verdade. Matteo tinha acabado de tirar a habilitação e estava muito animado para fazer fosse lá o que fosse que tinha combinado com meu irmão, e eu estava doida para ver como ele ficava atrás do volante.
- Talvez uma nova era esteja prestes a começar. – sussurrei com um arrepio de expectativa subindo pelos meus braços.
- Uma nova era? – Larissa sussurrou de volta, mas estava sendo sarcástica.
- Sim. – ignorei seu sorrisinho debochado – A era em que nós duas podemos sair com eles. – apontei com o polegar na direção do quarto.
Sua gargalhada em resposta foi alta e nada discreta. Cruzei os braços e fechei a cara.
- Não está realmente falando sério. – Larissa parou de rir quando percebeu que eu estava emburrada - Eles nunca concordariam com algo assim.
- Não custa tentar. – falei no exato instante em que escutamos as vozes deles se aproximando pelo corredor - E é exatamente isso que vamos fazer. - decretei, mesmo sabendo que ela não diria uma única palavra para me ajudar.
Matteo apareceu primeiro. Seu perfume me envolveu e o sorriso em seu rosto seria capaz de iluminar uma cidade toda.
- Oi, Izzie. – ele passou a mão no topo da minha cabeça, um comportamento copiado de Iago.
- Oi. – respondi com um sorriso que ele não viu porque olhava o celular.
Eu não desperdiçava olhares quando sabia que Matteo não estava prestando atenção - assim eu podia encarar qualquer parte dele sem medo de ele me achar estranha. E, nossa, eu poderia passar o dia todo olhando sem enjoar.
- E aí? – Iago passou a mão na minha cabeça muito mais forte, jogando fios de cabelo em meus olhos - Bom o filme?
Me controlei para não reclamar, afinal eu queria ir junto com eles, e propositalmente ignorei sua pergunta.
- Oi, Iago. – Larissa cumprimentou com sua voz suave.
- Oi, Lari. – ele respondeu – Esse é o Matteo.
- Oi. – Matteo ergueu os olhos brevemente, ainda interessado no celular.
Ignorei o fato de Larissa ver Matteo em casa há pelo menos oito anos, e me concentrei em sair junto com eles.
- Onde vão? – levantei do sofá.
- Comer alguma coisa. – Matteo respondeu prontamente.
Eu gostava disso. Matteo sempre era educado comigo, mesmo quando Iago queria se livrar de mim ou estava sendo gratuitamente chato. Em algumas ocasiões me defendia, pedindo para o amigo ter mais bom senso.
- Eu também estou com fome. – tentei soar despreocupada.
- Nem começa, Izzie. – meu irmão reclamou – Você tem que ficar em casa, você tem visita. - a última palavra foi dita lentamente, quase que sílaba por sílaba, enquanto ele apontava na direção de minha amiga.
Abri a boca para reclamar, mas não foi preciso.
- Deixa as duas virem. – Matteo ergueu os olhos.
Iago olhou incrédulo para o melhor amigo.
- Não está falando sério.
- Ué, por que não? – o outro deu de ombros – Eu estou dirigindo, por mim tudo bem. Deixa as duas curtirem o fim de semana também.
Precisei me controlar muito para não pular de alegria. Era a primeira vez em dez anos que ele parecia me querer por perto.
- Feito. – Iago cedeu sem muita vontade – Mas você vai no banco de trás. – me cutucou no ombro.
Assim que os dois saíram da sala, dei pulos de alegria. Larissa se levantou do sofá achando graça da minha reação.
- Você não tem jeito!
- O importante é que deu certo! – exclamei, puxando-a pela mão até a porta.
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