A escuridão se dissipou, e eu estava de pé, viva, no tapete vermelho do "Prêmio Zênite da Moda", o dia exato em que minha vida desmoronou na outra vez. Meu coração gritava ao ver Clara, minha irmã gêmea, sorrindo e de braços dados com Leonardo, o homem que eu amava mais do que a mim mesma. Ele e Clara, unidos, colhendo os louros de um futuro que eu, tola Sofia, sacrifiquei minha carreira e minha honra para construir, assumindo fraudes que eram dele. Na minha vida passada, eu esperava amor eterno, mas recebi a traição mais vil: Clara roubou meu projeto mais valioso e se tornou a pupila de Ricardo Vargas, o magnata que os elevou enquanto me jogava na miséria. "Sofia, você está bem? Parece pálida", a voz dela, doce como veneno, me tirou do transe. Olhei para minhas mãos limpas, sem o sangue da humilhação, e um ódio gelado subiu pela espinha. Não seria um sacrifício. Não seria perdão. Eu havia retornado, e desta vez, eles descobririam que a Sofia que conheciam estava morta. A mulher que renasceu, com o coração pulsando em fúria, não tinha nada a perder e tudo a vingar.