No dia do meu aniversário de casamento, a minha filha Lara estava com febre alta. O meu marido, Pedro, estava ocupado a celebrar o aniversário de outra mulher. Quando a Lara piorou, liguei-lhe, mas ele desprezou a nossa filha doente. No hospital, ouvi-o dizer: "É só uma febre, leva-a ao hospital e já está!" Ao fundo, a voz da mulher a quem ele dedicava o tempo dele, a Sofia, e a minha sogra, riam e cantavam parabéns. Foi nesse dia que a Lara foi diagnosticada com uma leucemia rara e precisava de um transplante urgente. Pedro, chocado, finalmente concordou em fazer o teste de compatibilidade. Mas os resultados? Não só ele não era compatível, como a Lara nem sequer era sua filha! 0% de compatibilidade! Pedro, em vez de dor, explodiu em fúria. "Quem é o pai dela? Com quem andaste a dormir, Ana?!" ele gritou. A minha sogra, com uma expressão de puro veneno, chamou-me "vadia" e deu-me uma bofetada tão forte que a minha cabeça estalou. Pedro atirou os papéis do divórcio para o chão e mandou-me sair de casa. Como era possível? Eu nunca o tinha traído! A minha filha estava a morrer e a minha vida desmoronava-se. Quem era o pai biológico da Lara? E porquê é que o Pedro não era? Eu precisava de descobrir a verdade, custasse o que custasse.