O médico entregou o relatório e o mundo ruiu. Meu filho, Leo, diagnosticado com leucemia, precisava de um transplante de medula óssea. O meu marido, Pedro, foi testado, mas o resultado do ADN era impiedoso: ele não era compatível com Leo. No entanto, a verdadeira tempestade não foi a doença do meu filho, mas a acusação de Pedro, que de imediato concluiu que eu o havia traído. Pior, enquanto o nosso filho jazia no hospital, Pedro atendia a minha chamada e ouvi a voz suave de Sofia, a minha "melhor amiga" e vizinha, no fundo. Ele estava com ela, cuidando do filho dela, Lucas, abandonando o nosso Leo no momento de maior necessidade. Ainda em choque, recebi o golpe final: a minha sogra, Helena, invadiu o quarto do hospital. Arrancou o relatório das minhas mãos e, rindo amargamente, espezinhou-me publicamente, declarando que Leo não era seu neto, chamando-me de "vergonha" e exigindo o divórcio. Pedro confirmou: sem questionar, acreditou na "traição" e mandou-me os papéis do divórcio. Como podiam acreditar em algo tão absurdo? Leo era o nosso filho, o resultado devia ser um engano, mas ninguém me ouvia! A dor da traição, da humilhação pública e do abandono somada à angústia de ver meu filho definhar, era insuportável. O que se passou naquele hospital, há cinco anos, quando Leo nasceu e houve uma troca de pulseiras que, pensávamos, tinha sido rapidamente resolvida? E por que é que o Lucas, filho da Sofia, tem a mesma idade que Leo? A coincidência parecia agora um plano diabólico. Com a vida de Leo por um fio, e o meu mundo em ruínas, percebi que não podia afundar. Tinha de lutar. Peguei no meu computador, contratei um investigador privado e jurei que descobriria a verdade. O filho da Sofia, Lucas, seria o teste de ADN que provaria a minha inocência e talvez salvasse o meu Leo. A guerra tinha começado, e eu não ia perder!