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A Prioridade Dele

A Prioridade Dele

5.0
11 Capítulo
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Estava grávida de oito meses, as minhas mãos acariciavam a barriga, sonhando com a vida que nos esperava. Miguel tinha prometido ser o melhor pai do mundo. Mas no trânsito, o inferno começou. O cheiro a queimado, os gritos, a chapa de metal a prender-me a perna. Em desespero, liguei ao meu marido. "Clara? Estou ocupado", a voz de Miguel soou irritada ao telefone. "A Sofia teve um ataque de pânico por causa do nevoeiro. Não a posso deixar." Ele desligou, abandonando-me ali, presa, enquanto o meu bebé lutava pela vida. Acordei no hospital, num quarto branco e estéril, mas o berço do meu filho estava vazio. A dor da perda era sufocante. Miguel chegou cinco horas depois, não com arrependimento, mas com desculpas esfarrapadas, como se eu fosse um inconveniente. A minha sogra, Isabel, do outro lado da linha, acusou-me de ser "dramática e ingrata" por questionar a lealdade do filho. Como puderam eles, em uníssono, justificar tal crueldade? Como podia o homem que me prometeu o mundo escolher uma "amiga" em detrimento do nosso próprio filho, em tal momento de vida ou morte? O seu comportamento não era apenas negligência, era uma devoção cega e irracional. Havia algo muito mais sombrio e escondido por detrás daquela "amizade". Tinha de haver uma razão para tanto desinteresse e frieza. Naquele leito de hospital, a dor na minha perna era nula comparada à ferida na minha alma. Uma decisão fria e inabalável tomou conta de mim. A partir de agora, a minha vida seria só minha. Peguei no telemóvel e apaguei o seu número. O divórcio seria apenas o primeiro passo.

Índice

Introdução

Estava grávida de oito meses, as minhas mãos acariciavam a barriga, sonhando com a vida que nos esperava. Miguel tinha prometido ser o melhor pai do mundo.

Mas no trânsito, o inferno começou. O cheiro a queimado, os gritos, a chapa de metal a prender-me a perna. Em desespero, liguei ao meu marido.

"Clara? Estou ocupado", a voz de Miguel soou irritada ao telefone. "A Sofia teve um ataque de pânico por causa do nevoeiro. Não a posso deixar." Ele desligou, abandonando-me ali, presa, enquanto o meu bebé lutava pela vida.

Acordei no hospital, num quarto branco e estéril, mas o berço do meu filho estava vazio. A dor da perda era sufocante.

Miguel chegou cinco horas depois, não com arrependimento, mas com desculpas esfarrapadas, como se eu fosse um inconveniente. A minha sogra, Isabel, do outro lado da linha, acusou-me de ser "dramática e ingrata" por questionar a lealdade do filho.

Como puderam eles, em uníssono, justificar tal crueldade? Como podia o homem que me prometeu o mundo escolher uma "amiga" em detrimento do nosso próprio filho, em tal momento de vida ou morte? O seu comportamento não era apenas negligência, era uma devoção cega e irracional.

Havia algo muito mais sombrio e escondido por detrás daquela "amizade". Tinha de haver uma razão para tanto desinteresse e frieza.

Naquele leito de hospital, a dor na minha perna era nula comparada à ferida na minha alma. Uma decisão fria e inabalável tomou conta de mim. A partir de agora, a minha vida seria só minha.

Peguei no telemóvel e apaguei o seu número. O divórcio seria apenas o primeiro passo.

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Mais Novo: Capítulo 10   06-23 15:46
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Introdução
23/06/2025
Capítulo 1
23/06/2025
Capítulo 2
23/06/2025
Capítulo 3
23/06/2025
Capítulo 4
23/06/2025
Capítulo 5
23/06/2025
Capítulo 6
23/06/2025
Capítulo 7
23/06/2025
Capítulo 8
23/06/2025
Capítulo 9
23/06/2025
Capítulo 10
23/06/2025
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