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Amores proibidos ( MORRO )

Amores proibidos ( MORRO )

5.0
4 Capítulo
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Sinopse

Índice

Criados na atmosfera tensa do Morro do Cajueiro, no Brasil, os irmãos Patrício "Papito" e Camilo "Mió" carregam o legado de um pai bandido colombiano. A diferença de idade moldou a relação, com Mió vendo em Papito, mais velho e com a aura do pai, um modelo a ser seguido. Contudo, à medida que crescem, a fraternidade cede espaço a uma crescente competição. O destino sela essa disputa quando ambos se apaixonam pela mesma mulher, transformando o objeto de seu desejo em um catalisador para a ruína de ambos.

Capítulo 1 1

Oscar Martínez, herdeiro de vastas terras férteis na Colômbia, era um homem de contrastes intensos. Nascido sob o sol dos Andes, ele trocou a lida do campo pelos corredores de uma faculdade de medicina, demonstrando uma mente ávida por conhecimento. Sua juventude foi um turbilhão de descobertas e paixões, uma jornada pela Europa que o levou a mergulhar nos segredos da química e a deixar um rastro de afetos em diferentes cantos do continente.

A morte prematura do pai o arrancou desse período de efervescência e o trouxe de volta à Colômbia, onde ambições sombrias o envolveram no submundo. Buscando expandir o legado familiar por caminhos tortuosos, Oscar viu-se em uma encruzilhada perigosa. Escapando por um triz da morte, ele buscou refúgio no Brasil, um novo palco para sua complexa existência.

Em terras brasileiras, Oscar estabeleceu dois relacionamentos duradouros que revelavam as dualidades de sua alma. De um lado, uniu-se a uma herdeira de um poderoso império agrícola, desfrutando do luxo e da influência. De outro, encontrou laços com uma mulher de origem humilde, irmã de um de seus sócios, tecendo uma teia de relações intrincadas.

Apesar da infidelidade constante e do envolvimento em atividades ilícitas, Oscar nutriu seus filhos com um amor paradoxal, sendo o melhor pai que suas circunstâncias permitiram. Sua vida, marcada por escolhas controversas, teve um fim abrupto na prisão. Após sua morte, os laços entre os filhos se afrouxaram, mas a essência da família, forjada em meio a contrastes e desafios, persistiu silenciosamente.

No coração de São Paulo, em meio à efervescência e à periculosidade do Morro do Cajueiro, cresceram Patrício, apelidado de "Papito", e Camilo, carinhosamente chamado de "Mió". Frutos do influente bandido colombiano Oscar, os dois irmãos trilhavam seus caminhos em um ambiente de tensões e aprendizados precoces. A diferença de idade era um abismo entre eles, mas para Mió, Papito era um farol, uma figura que encarnava a imagem paterna de um homem forte e temido. Mió admirava a semelhança do irmão mais velho com o pai, vendo em Papito um bandido "barra pesada", um reflexo do legado controverso que moldara suas vidas.

Daianara vivia no labirinto de vielas e escadarias do Morro do Cajueiro, onde o asfalto dava lugar ao barro e a lei, muitas vezes, era ditada por outros códigos, vivia Daianara. Prima de Papito e Mió, ela era uma flor jovem e vibrante que desabrochou sob o sol escaldante da comunidade. Seus olhos curiosos e seu sorriso fácil iluminavam as ruas estreitas, e desde a infância, Mió havia sido seu companheiro de travessuras, um amigo leal com quem dividia segredos e sonhos infantis.

A adolescência, porém, como uma maré alta, trouxe novas correntes e afastou os dois. Os caminhos de Mió se alinhavam cada vez mais com a sombra do irmão mais velho, enquanto Daianara, com sua beleza precoce e um certo ar de altivez, começou a orbitar na órbita de Papito. A diferença de idade não a intimidava; pelo contrário, parecia conferir-lhe um certo fascínio pelo poder e pela aura de perigo que emanavam dele.

Para Daianara, Papito não era apenas um primo mais velho; ele se tornou seu primeiro e único namorado, o homem que a introduziu a um mundo de ostentação e influência dentro da comunidade. Ela saboreava cada olhar de respeito, cada sussurro de admiração que sua posição lhe conferia. Com unhas bem feitas e roupas que, mesmo modestas, carregavam um toque de ousadia, Daianara gostava de se apresentar como a "primeira dama" não oficial do morro, uma rainha em seu próprio reino de barracos e becos, caminhando ao lado do homem que detinha o poder. Esse título imaginário era seu troféu, a prova de que, apesar de sua juventude, ela ocupava um lugar de destaque naquele universo complexo e perigoso.

A dias Papito estava implicando com ela, a mandou ir ficar com a mãe uns dias, Daianara estava com o coração apertado por uma angústia crescente, pressentiu a traição antes mesmo de ter provas concretas. A mudança no olhar de Papito, a distância sutil em seus toques, tudo gritava uma verdade dolorosa, de que ele estava perdendo o interesse nela. A confirmação veio em um sussurro indiscreto, uma fofoca cruel que ecoou em seus ouvidos como um trovão em noite clara, um numero desconhecido mandou fotos de uma loira mamando o Papito dando pra ele naquela noite.

Ela sabia que reclamar não adiantaria muito, arrasada, com a maquiagem borrada pelas lágrimas, Daianara fugiu do baile, o som da festa se tornando um zumbido distante enquanto ela corria pelas vielas escuras do morro. Chegou à casa em que morava com Mió e Papito, estava em prantos, o corpo soluçando com a dor da traição. Mió, que havia se retirado mais cedo do baile caindo de bêbado, depois de levar esporro do irmão por ter feito contas erradas na contabilidade da boca, encontrou ela bebendo no escuro em um estado de desespero.

Com a gentileza que lhe era peculiar, Mió a acolheu, oferecendo um ombro amigo e palavras de conforto. Sua presença calma contrastava com a fúria silenciosa que Daianara sentia. Ele a ouviu desabafar, sem julgamentos, apenas com a empatia de quem também conhecia as cicatrizes da vida no morro e da submissão ao irmão. Aos poucos, o choro convulsivo de Daianara se acalmou, substituído por um silêncio denso, carregado de mágoa e uma vulnerabilidade intensa ela disse que não era justo, e confessou que sempre quis ficar com ele mesmo, com Mió, mas que como ele não poderia a proteger, ela se entregou a Papito.

Mió e Daianara, compartilhavam um passado de cumplicidade infantil que a adolescência havia transformado em uma tensão com grande implicância, brigavam feito cão e gato. Daianara, em particular, apreciava a sensação de ser especial, a preferida e queria criar rivalidade entre os dois irmãos, para se sentir mais especial e se vingar de Papito. Com uma ousadia precoce, ela descartou qualquer insinuação de ser apenas um flerte, afirmando com convicção que sua bu.ceta era um tesouro viciante, do qual ninguém além de Papito conhecia, e que não era justo, ser traída, humilhada.

Determinada a testar os limites da sedução, Daianara lançou-se ao jogo com desenvoltura, ciente de que os dois podiam morrer e se sentiu viva com isso.

Em um gesto de consolo, Mió se aproximou, hesitante. Seus dedos tocaram de leve o rosto inchado de Daianara, enxugando as últimas lágrimas. Ela o olhou nos olhos, encontrando ali um refúgio inesperado, uma compreensão que faltava em seu relacionamento com Papito. Naquele instante de fragilidade compartilhada, a atração latente entre eles floresceu, rompendo as barreiras do parentesco e da lealdade.

O primeiro beijo aconteceu de forma quase inevitável, um toque suave de lábios que se aprofundou lentamente, carregado de uma mistura de tristeza, consolo e um desejo há muito tempo reprimido. Os lábios de Daianara tinham o gosto salgado das lágrimas, e o beijo de Mió era terno, explorando com delicadeza cada curva de sua boca. Foi um beijo que falava de dor, mas também de uma conexão inesperada, um conforto mútuo que transcendia a simples atração física.

Aos poucos, o beijo se intensificou, a urgência do desejo tomando conta deles. Os corpos se aproximaram, buscando o calor um do outro em meio à frieza da traição. Surpreendendo Mió ainda na sala, ela apertou seu pa.u duro, beijou-o com uma intensidade que o desestabilizou e, em seguida, o conduziu ao quarto dele. Foi tirando a roupa com uma confiança que contrastava com a timidez habitual de Mió em relação a ela, ele tentou evitar, rindo a chamou de doida, foi sentando na cama desacreditado.

Ela trancou a porta, abaixou a bermuda dele, o enchendo de beijos começou bater punh.eta, com um movimento decidido, subiu em cima feito uma devassa, guiando-o para dentro de si e sussurrando palavras carregadas de desejo sobre a grossura de seu pa.u e o prazer que ele lhe proporcionava, disse que sempre sonhou em perder a virgind.ade com ele.

A roupa toda foi sendo descartada em meio a sussurros e gemidos contidos. A pele de Daianara era quente e se arrepiava sob o toque de Mió, e ele explorava cada centímetro com uma ternura que ela nunca havia experimentado.

A primeira vez deles foi um encontro de almas feridas buscando cura no corpo um do outro. Não houve a brutalidade possessiva que Daianara conhecia, mas sim uma entrega mútua, um ritmo lento e exploratório, marcado por beijos demorados e carícias suaves. Mió a observava nos olhos enquanto a penetrava, buscando nela não apenas prazer, mas também um refúgio para a solidão que ambos compartilhavam.

Os gemidos de Daianara eram uma mistura de dor pela traição e um prazer crescente, uma descoberta de uma nova forma de intimidade. Mió a envolvia em seus braços, sentindo a fragilidade e a força que emanavam dela. O movimento de seus corpos era compassado, uma dança silenciosa na escuridão do quarto, selando um pacto de desejo e segredo que mudaria para sempre a dinâmica da família no Morro do Cajueiro. Naquela noite, a traição de Papito abriu uma porta inesperada, unindo Mió e Daianara em um laço proibido, nascido da dor e alimentado por uma atração irresistível.

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Mais Novo: Capítulo 4 4   Hoje10:12
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4 Capítulo 4 4
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