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O Estranho Encanto do Ódio

O Estranho Encanto do Ódio

5.0
18 Capítulo
245 Leituras
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Sinopse

Índice

A história acompanha Maya, uma estudante de intercâmbio estrangeira, que estudou Relações Internacionais no Brasil. Seu encontro casual com Denis, um empresário de seu país natal, desencadeia uma série de eventos que desafiam suas expectativas e a levam a explorar novas facetas de sua própria identidade. À medida que sua relação com Denis se desenvolve, Maya é confrontada com questões de confiança, desejo e autoconhecimento, enquanto navega pelos altos e baixos de um desejo intenso e imprevisível que logo se torna em ódio. Enquanto isso, ela conta com o apoio de suas amigas Marcela e Cláudia, cujas próprias jornadas adicionam camadas de profundidade e humor à narrativa. Juntos, esses personagens enfrentam desafios emocionais e experiências transformadoras que os levam a questionar o que realmente desejam da vida e dos relacionamentos. E se do ódio, pode vir, novamente brotar o amor.

Capítulo 1 Um novo capítulo na vida de Maya

Essa história começa justamente no dia da formatura de Maya, uma moça de 21 anos, que veio estudar Relações Internacionais no Brasil, um país que não era o seu. O cenário era um campus universitário imponente, com prédios de arquitetura moderna que se mesclavam harmoniosamente com jardins bem cuidados. Grandes edifícios de concreto e vidro erguiam-se majestosamente, refletindo a luz do fim de tarde em cores alaranjadas e intensas. Ao redor, os jardins exibiam uma variedade deslumbrante de flores e árvores, criando um ambiente sereno e inspirador.

No dia da formatura, o sol brilhava intensamente no céu azul, criando um sentimento no coração de Maya: “hoje tudo vai dar certo!”. Os alunos e alunas se reuniram em frente ao prédio principal, ansiosos para iniciar a cerimônia que marcaria o fim de sua jornada acadêmica. As bandeiras tremulavam ao vento, e o som alegre das conversas preenchia o ar.

Maya tinha um segredo que sequer suas amigas mais próximas sabiam: ela era filha de um bilionário, fato que não era difícil de esconder, pois, no Brasil, o sobrenome de sua família pouco chamava atenção. Além do mais, Maya era uma pessoa muito pé no chão: sabia o quanto seus avós trabalharam para construir a empresa, que começou apenas com a importação de produtos, mas que, hoje, é um conglomerado empresarial.

Maya não era uma pessoa que deixava transparecer sua riqueza: andava de transporte público; dividia apartamento com mais duas colegas; no dia a dia, usava roupas comuns, apenas quando saía para se divertir é que ousava um pouco mais em um vestido ou sapato de grife. Nada que uma mulher de classe média não fizesse.

Como esperado, ela foi a oradora da turma e foi quem jogou primeiro o capelo para cima, sendo acompanhada pelos demais. O salão de formatura estava decorado com flores coloridas e balões brilhantes, encerrando com charme e requinte aqueles quatro anos de extrema dedicação aos estudos; murais retratavam momentos importantes da história da universidade, como se observassem o desempenho dos jovens formados. O aroma suave das flores enchia o ar com uma sensação de que o novo estala logo ali. Depois, Maya correu para abraçar suas amigas, que lhe acompanharam à cerimônia. Marcela era estudante de arquitetura e Cláudia, de secretariado.

— Maya! — Marcela e Cláudia gritaram, quando ela vinha correndo na direção.

— Amigas! — As três se abraçaram, dando pulinhos.

— Então, vamos devolver essa beca e esse capelo, passar em casa para guardar o certificado e, depois vamos para balada? — Marcela perguntou, animada.

— Vamos, sim! Preciso trocar esse vestido longo por um mais... como eu poderia dizer? Por um mais sexy!

— Podemos passar numa hamburgueria antes? Estou faminta! — Cláudia choramingou.

— Ok, ok, sua faminta!

As três passaram numa lanchonete perto do apartamento onde moravam. O estabelecimento era acolhedor, com mesas de madeira rústica e um aroma delicioso de hambúrgueres grelhados que pairava no ar. Maya pediu hambúrgueres gourmet e milkshake para as três.

— Amiga, este é muito caro — Marcela reclamou.

— Hoje é por minha conta, relaxa.

— Você e essa mania de pagar nossos lanches. Está certa de que, agora formada, vai conseguir um bom emprego, né não?

— Vou, sim! Tenho certeza!

Maya arrependeu-se um pouco de nunca ter contado às amigas que era extremamente rica. De início, tinha medo de ser tratada de modo diferente; depois, quando já tinha mais intimidade, ficou com medo de as meninas ficarem com raiva porque ela não contou logo. E a mentira foi se alastrando e se tornou essa bola de neve enorme. E ela ainda tinha que lhes contar que ela voltaria para seu país em pouco tempo.

— Maya? — Cláudia chamou-lhe a atenção — Seu hambúrguer vai esfriar...

— Desculpem, estava com a cabeça longe...

— Algum problema? — Marcela perguntou.

— Não, mas eu queria pedir algo a vocês.

— O quê? — Os olhos de ambas se arregalaram.

— Vocês ainda têm um ano de universidade pela frente. E eu sei que ambas falam inglês, o que facilita muita coisa, mas vocês deviam estudar também o idioma do meu país!

Elas se entreolharam.

— Amiga, por mais que eu até goste de estudar idiomas, mas por qual motivo?

— Ah, porque, não sei, pode pintar convites de emprego para lá! As empresas de lá têm procurado profissionais estrangeiros e pagam bem melhor do que aqui!

— Mulher — Marcela mudou um pouco o tom de voz, para desconfiada —, você mesmo diz que lá existe menos liberdade que aqui! Que lá, você não seria bem-vista por usar roupas decotadas ou tão curtas!

— Sim, por conta da religião da minha família, mas não tem problemas com estrangeiros ou pessoas que não têm a mesma fé. A minha família que é bem tradicional, entende? — Maya tentou explicar.

Na cabeça de Maya, ela queria as duas amigas trabalhando na mesma empresa que ela. Afinal, havia subsidiárias de arquitetura e Cláudia até mesmo podia ser sua secretária executiva. Ambas receberiam muito bem.

Depois dos hamburgueres, elas seguiram para uma boate chamada "Sirenes", cuja fachada néon colorida se destacava na rua escura e movimentada. Ao entrarem, seus olhos precisaram se acostumar àquela explosão de luzes multicoloridas que dançavam no escuro da boate, ao ritmo pulsante da música eletrônica. O ar estava impregnado com uma mistura de fragrâncias adocicadas de perfumes e o cheiro de álcool, sendo ingerido por todos os lados. A energia contagiante da multidão animada que enchia a pista de dança. Mesas altas alinhavam o espaço ao redor da pista, onde grupos de pessoas se reuniam para conversar e beber coquetéis elaborados.

Maya e suas amigas se juntaram à multidão, prontas para celebrar a conquista e aproveitar a noite. Quando as luzes passavam por Maya, vestindo um deslumbrante vestido vermelho curto, destacava-se entre as pessoas com sua elegância discreta. O vestido, de mangas até o punho, abraçava suas curvas de forma deslumbrante, enquanto seus cachos soltos adicionavam um toque de romance ao visual. Sua maquiagem impecável realçava sua beleza natural, e seu olhar determinado refletia sua determinação em se divertir, mesmo que não fosse beber álcool como suas amigas.

Ao seu lado, Cláudia exibia um pretinho básico sem alças, revelando sua confiança e estilo sexy. Enquanto isso, Marcela optou por um vestido rosa ousado, que revelava uma grande fenda em sua coxa com cada passo que dava.

Enquanto as três dançavam juntas, foram abordadas por pretendentes em potencial. Marcela foi a primeira a ser cortejada por um rapaz de cabelos escuros e olhos penetrantes, cujo sorriso irradiava confiança e charme. Cláudia logo seguiu, atraída por um moço alto e atlético com um ar de mistério.

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