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Per sempre Mia - Um contrato com o italiano

Per sempre Mia - Um contrato com o italiano

5.0
95 Capítulo
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Sinopse

Índice

No jogo arriscado do poder e do amor, Giovanni Marzano, um playboy herdeiro de um império, enfrenta a maior aposta de sua vida. Em uma semana em Positano, ele contrata Elena, uma mulher com um passado misterioso, para um papel que vai além dos negócios: fingir ser sua namorada. Enquanto as ondas do Mediterrâneo testemunham um romance de fachada, segredos emergem e a linha entre a verdade e a ilusão se desfaz. Em um mundo onde cada olhar pode ser uma mentira e cada toque, uma traição, Giovanni e Elena se veem em um labirinto de paixões perigosas. Será o amor uma fuga ou uma armadilha? ***Nota da autora: Venha ler meus outros livros *** Per sempre Mia - Um contrato com o italiano Bella Mia - Uma noiva por contrato Nos braços do Mafioso Um contrato perigoso - A esposa do Mafioso Senhor Arrogante - Amor sob contrato Senhor Comandante - O embarque do amor Entre o amor e o Sangue - Na cama com o inimigo A babá e o CEO - Reencontrando o amor

Capítulo 1 O segredo em seus olhos

Prólogo:

Fascínio e Fogo

Nunca acreditei em destino até aquela noite na boate, quando a vi pela primeira vez.

Naquele recanto exclusivo, um turbilhão de emoções me envolveu como uma tempestade furiosa. Ela estava ali, dançando exclusivamente para mim, cada movimento dela, um convite silencioso que me capturou instantaneamente. Havia uma dualidade nela, às vezes tímida, às vezes sedutora, que me deixava completamente enfeitiçado.

Eu a observava, fascinado, enquanto ela se movia sob a suave e hipnotizante luz do ambiente. Por vezes os seus olhos encontravam os meus, lançando um olhar que era, ao mesmo tempo, um desafio e uma tentação irresistível. A proximidade entre nós e o perfume doce e envolvente que emanava dela eram uma tortura deliciosa. Eu ansiava por tocá-la, para sentir a realidade da sua pele sob os meus dedos.

Movido por um impulso incontrolável, levantei-me e a puxei para mais perto de mim. Ela veio sem hesitar, seus olhos brilhando com uma emoção que eu não conseguia decifrar. Inclinei-me para beijá-la, nossos lábios quase se tocando, quando o inesperado aconteceu.

Um estridente alarme de incêndio irrompeu, quebrando o encanto momentâneo. Instintivamente, a abracei, sentindo o ritmo acelerado do seu coração contra o meu peito. O quarto se encheu de caos e urgência, mas, naquele momento, meu único objetivo era garantir a sua segurança.

Guiando-a através do tumulto, emergimos na noite. A luz piscante das sirenes ao longe e o ar noturno que nos envolveu com sua frescura criaram um cenário surreal. Ela olhou para mim, seus olhos ainda refletindo o inquietante mistério. Antes que eu pudesse formular uma pergunta ou mesmo saber o seu nome, ela se desvencilhou do meu abraço e desapareceu em meio à multidão.

Fiquei ali, sozinho, com o som distante do alarme ainda ecoando. Fui profundamente cativado por aquela mulher; meu desejo ultrapassou os limites de meros instintos. Algo nela me intrigou, meu espírito curioso sempre me levou além nos negócios. Naquela situação não seria diferente, eu estava decidido a retornar àquele lugar e tê-la novamente em meus braços.

Uma semana antes

Capítulo 1

Elena Ricci

Eu me encontrava ao lado da cama do hospital, segurando a mão pequena e delicada da minha sobrinha Sofia. Os monitores emitiam "beeps" constantes, mas, naquele momento, tudo o que eu conseguia ouvir era a respiração suave dela. "Você vai ficar bem," sussurrei, mais para mim mesma do que para ela.

A porta se abriu, e uma das enfermeiras encarregadas por seu tratamento, entrou. O seu olhar para mim foi cheio de compaixão.

— Elena, você não deveria ficar aqui a noite toda. Ao menos você, deveria descansar. — Sua voz era suave, mas eu sabia que o conselho era impraticável.

Para mim era muito difícil ficar longe de Sofia e de Julia, afinal elas eram a minha única família.

— Preciso ficar mais um pouco. — Minha voz mal passava de um sussurro.

Ela assentiu e saiu, me deixando sozinha com os meus pensamentos e o peso crescente das dívidas que se acumulavam ao meu redor.

Julia estava enfrentando um desafio extremamente doloroso; sempre fomos unidas, e agora era a minha vez de ajudá-la.

Aproveitei a oportunidade quando a enfermeira começou os procedimentos de cura de Sofia e fui à procura da minha irmã, encontrando-a no refeitório do hospital. Ela em sua cadeira de rodas, olhando para o vazio. Julia sempre fora uma mulher bonita, mas naquele momento estava destruída devido ao cansaço, da dor, dos problemas a sua volta e do luto em seu peito.

— Seu café já esfriou, comeu algo? — Falei enquanto me sentava ao seu lado.

— Não consegui comer, Elena. Estou tão preocupada...

Puxei a cadeira para mais perto, acariciando seus cabelos e envolvendo-a em um abraço.

— Você precisa ser forte por nossa pequena Sofia. Ela vai precisar de nós duas quando acordar deste coma.

Quando nos afastamos um pouco, ela perguntou:

— Elena, como vamos pagar por tudo isso? — Sua voz estava cheia de preocupação.

— Vou dar um jeito, Julia. Sempre dou. Não se preocupe. — Respondi, tentando transmitir confiança.

— Se ao menos eu conseguisse um emprego... — Ela começou com a conversa de sempre.

— Julia, você deveria estar fazendo a fisioterapia. Em breve, espero conseguir dinheiro suficiente para te ajudar a iniciar o tratamento.

Ela soluçou alto e nos abraçamos. Ambas choramos; ela estava exausta, desmotivada e sofrendo, e eu compartilhava de seus sentimentos. Mas eu era a única que podia mudar essa situação.

Quando nos acalmamos, eu me afastei um pouco e entreguei um lenço de papel a ela e enxuguei as minhas próprias lágrimas.

— Vamos conseguir, somos fortes...

— ... porque temos uma à outra para sempre. — Ela completou a frase, algo que repetíamos desde a infância sofrida.

— Agora coma, por favor. Vou ficar com Sofia enquanto você se alimenta.

Ela deu um sorriso fraco e iniciou a sua refeição.

Voltei para o quarto e me sentei na cadeira ao lado do leito de Sofia. Meu celular vibrou e eu olhei para a tela, ignorando o conteúdo da mensagem que chegara, um saldo em aberto de uma fatura do hospital.

Respirei fundo e deletei a mensagem, como se eu fosse capaz de eliminar também a dívida em um passe de mágica.

Mas a tela a seguir me trouxe novamente para a dura realidade, um e-mail do Banco.

“Prezada senhorita Ricci, suas dívidas estão se acumulando. Precisamos de um plano de pagamento. Infelizmente, como não recebemos uma proposta e nenhum pagamento, teremos que tomar providências...”

Senti minha dor de cabeça aumentar, algo que se tornara uma constante nos últimos tempos.

Massageei minhas têmporas, repetindo para mim mesma: “vou conseguir, vou encontrar uma solução, só preciso de um pouco mais de tempo.”

Como se fosse um sinal do destino, talvez, meu telefone vibrou com uma mensagem de Luana.

“Eu ainda acho que você deveria estar aqui comigo; hoje está bem movimentado. Pense sobre isso.”

A proposta que eu jamais pensaria em aceitar agora parecia ser a minha única saída, devido às respostas negativas para um segundo emprego e o meu visto de trabalho terminando. Apenas a cafeteria não seria suficiente para pagar todas as dívidas e os tratamentos da minha irmã e sobrinha. Muito menos seria garantia de uma renovação da minha permissão de trabalho.

Lembrei-me das promessas que fiz a mim mesma, de nunca me envolver em trabalhos que comprometessem meus princípios. No entanto, diante da situação desesperadora em que me encontrava, sabia que algo precisava mudar.

Retirei o cartão que Luana me dera da minha bolsa, suas palavras ecoaram na minha mente:

"Você ganhará muito mais, é bonita, sabe dançar, como você mesma me contou já fez aulas de dança. Além disso, só precisa fingir que eles não estão lá. Não é obrigada a tirar toda a sua roupa, muito menos a ir para a cama com o cliente, a menos que queira. O que ganhamos na cafeteria não será suficiente para sustentar nossas vidas neste país.”

Com o coração pesado, peguei meu celular novamente e disquei o número do cartão. Minha voz estava firme quando falei:

— Olá, sou Elena, a amiga de Luana, estou ligando sobre o trabalho na boate...

Fechei os olhos por um momento, sentindo a realidade da minha decisão. Era um caminho sem retorno, mas era o único que eu conseguia enxergar para salvar minha família.

***

Uma semana depois...

O aroma de pães recém assados, café fresco e leite quente permeava o ambiente, envolvendo-me completamente. No entanto, esse odor não me despertava apetite; era uma fragrância que eu associava ao estresse e à agitação das manhãs no centro de Milão. Nossos clientes, em sua maioria, eram provenientes da Marzano Group, a luxuosa empresa situada ao lado da cafeteria.

Eles chegavam bem-vestidos, absortos em seus telefones, tablets e laptops, sempre com pressa. Naquela manhã, o frenesi de pessoas parecia ainda mais intenso. Todas as mesas estavam ocupadas, e havia uma fila considerável de pedidos para viagem.

Eu, Luana, e as outras duas atendentes enfrentamos horas de agitação enquanto servíamos as mesas. E quando finalmente pareceu que a movimentação estava se acalmando, fomos confrontados com o caos de organizar tudo: uma pilha de pratos para lavar e materiais para repor.

Após cada uma de nós ser designada para uma área específica da cafeteria, finalmente consegui um momento de paz, até que Luana apareceu ao meu lado, pretextando organizar sacos de café.

— Você teve sorte ontem à noite. — Ela começou, e eu estava tentando evitar essa conversa.

Toda a situação na boate tinha sido estranha. O homem que pagara por uma dança privada comigo era incrivelmente atraente, e não mentiram quando disseram que ele pagaria bem por algo exclusivo, mesmo sem ter me tocado. A dona do clube fez questão de me dar uma parte do pagamento que ele havia feito. Isso não resolvia todos os meus problemas, mas pelo menos adiava um pouco o momento de pagar o aluguel do apartamento.

— Foi estranho ontem, com o alarme de incêndio. — Eu disse, tentando desviar o assunto do meu suposto cliente.

— Apenas um cliente bêbado jogou um cigarro aceso no cestinho de lixo, e o alarme disparou. Mas me conte, você teve a chance de dar ao menos um beijo...?

— Luana, preciso de você no almoxarifado agora! — A voz de Ava, nossa gerente, interrompeu a conversa.

Continuei a colocar as coisas na lava-louças e depois fui para a área das mesas que ainda não tinham sido limpas. Enquanto retirava as xícaras, em um momento em que estava de costas, uma voz com um timbre aveludado se fez presente:

— Bom dia, um expresso, por favor.

Quando me virei para responder, a bandeja caiu instantaneamente dos meus dedos. Diante de mim, vestindo um terno impecável que delineava seu corpo atlético, estava o mesmo homem da noite anterior.

Seu olhar estava tão surpreso quanto o meu. Eu já não usava a peruca ruiva da noite anterior, mas não seria difícil ele me reconhecer.

De fato, ele estava ali, imóvel, com um olhar que parecia me despir, reconhecendo cada curva que ele havia explorado na noite passada. Sua expressão era uma mistura de surpresa e uma espécie de admiração velada, como se estivesse vendo algo precioso e inesperado. Em meio ao caos do café, havia uma quietude em seu olhar, uma intensidade que me envolveu, fazendo-me sentir nua sob o peso daqueles olhos.

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