ÍTU
zinha. Passou fome e foi humilhada em portas de restaurantes, comia restos de
o, qualquer coisa, qualquer situação
quele momento. Não tinha mais esperanças para si. A última tentativa de fuga havia sido h
chutava e pensava em como faria aquilo, que, se ela tentasse fugir n
Seria preciso mais que sua força física para fazê-lo, não tinha mais o vi
hecimentos, não recebeu instruções quando pequena e a educação sexual que lhe fora dada fora por via do padrasto, que a fazia de
possibilidade de uma gravidez e
gonha, Sara não saberia dizer, e nunca tentou uma reaproximação. Victoria era sua mãe, ela ainda a
écima, nem quase dez anos depois. Sara a amava, embora não quisesse, embora tivesse tent
vigiavam a casa e os distraiu pelo tempo que Sara precisou para praticamente se arrastar,
que castigava a cidade, o corpo desprotegido, quase descoberto. Tentou traçar
desconfiados. Sabia que seria uma questão de tempo até que nota
ostamento da avenida em que ela seguia, sem saber se seguia para o norte ou para sul. Aquela f
em seguir em frente ignorando a dor do próprio corpo e lhe estendeu a mão
lou. Contou sobre toda sua vida, sobre seu marido falecido, sobre seu único filho, os dois filhos de coração e sua
chegara do seu cativeiro. A mulher conversou, sozinha, contando hist
com compaixão, nem o pai, nem a mãe, ou os seguranças que a cercavam, ou os médicos q
trara que o mundo poderia ser dif
e existem, sim, pessoas boas no mundo. E que há esperanças.
alguém que se sente se
entia, mas Sara duvidava muito disso. Disse, sem palavras, apenas com o olhar,
sua casa, enquanto se recuperava de sua feridas, enquanto não tinha para onde ir. Mas Sara rejeitou a ajuda. - Você não
sos, mas ela não arriscaria mais. Não confiaria mais. Se sobrevives
ozinha. Não m
ireita chutada e os vergões roxos da barra de
esistiria de encontrá-la e se daquela vez ele o fizesse, não teria mais escapatória. Ele não permitiri
u entrar. Perguntou, sem meios termos ou enrolação, o que seria preciso para que pudesse dar início ao pré-natal
seus docume
do corpo. Não pensara em pegar nenhum documento, imaginou que aquilo não seria
ma vez, mas ela seguiu em frente. Não tinha seus documentos consigo e tampouco poderia informar seu nome
importa o que acontecesse no d
r volta dos trinta anos e parecia uma boa pessoa. Seu nome era Martina e ela compreendeu a si
es ou da própria família ela não saberia dizer, mas era óbvio que precisava de ajuda. Naquele dia, Sara não r
m existem mulheres más no mundo, sua própria mãe era prova viva daquilo. Sara confiou nela, com o tempo, porque ela não parecia
alinha do postinho desabitada e duas clandestinas durante a noite. Martina tinha as chaves do luga
o, seria um sonho. Um dia ela seria mãe e a sua filha seria a sua réplica, sua xerox e com o bebê ela poria em prática tod
nina nas ruas, refém dos perigos dos que não têm onde morar, refém
de porta em porta, oferecendo faxinas, serviços de babá, qualquer coisa que precisassem, mas quem c
corpo, o que estava fora dos seus limites. Como venderia algo que não tem? Como seria capaz de
por um segundo, nem em pensamento vend
ajudou. Ela não tinha muito, mas o que tinha tentou dividir com aquela menina.
ência, mesmo que soubesse que a amiga não precisasse de uma diarista e q
entil, compreensivo e parecia ser uma boa pessoa, mas ainda assim era um homem. E, no rein
ueno quartinho ao lado do apartamento da amiga. Poucos dias d
s poucos conhecimentos de medicina e a crença em um deus que Sara não mais acreditava,
uas pernas, desenfreado. Martina se assustou com a quantidade de sangue. Mesmo ela, com seu pequeno c
u mundo, a razão pela qual vivia, pela qual ainda respirava, ainda
, sorriu mesmo sentindo dores, mesmo quando expeliu a pla
Martina repetia, uma vez, duas, d
locaria a vida da sua filha em perigo. Helena estava bem, respirava sem dificuld
muito pouco, morreu. A negligência com sua própria saúde talvez tenha lhe tirado as chances de ter outro filho, Martina lhe a
certeza de que ela estaria bem. E lutaria,