nsação de que havia algo novo no ar. Um tipo de ansiedade boa, daquelas que fazem o coração bater mais rápido quando se dobra a esquina. E, naque
va horários com o pai, e quase sempre encontrava um motivo para estar na biblioteca por volta das três da tarde. Nunca admitia, nem para o espelho, que e
, foi Lyara quem se
- disse, encostando-se a uma pilastra
riu. - Madeira boa respon
ocê e
costume. - Algumas pessoas acham que trabalhar com madei
- Acho que é por isso que ela está b
alaram de pequenos detalhes - um livro que Lyara acabara de ler, a chuva que ameaçava cair mais tarde, a nov
ro, foi Elian quem
untou, apontando para o livro que ela
spondeu, sorrindo de canto. - As que fazem a g
iu. - Nunc
disse ela, entregando o
osse uma responsabilidade enorme. Depois
le
tido, observava suas expressões, seus gestos, como se estivesse gravando cada movimento em sua memória. Às vezes, discordavam sobre i
s lado a lado em uma mesa de canto, cada um com seu livro, mas compartilhando o mesmo espaço, a mesma presença tranquila. Outras vezes,
upando mais espaço u
har. Trazia bolos da confeitaria da esquina, e às vezes um novo poema escrito à mão. Elian mostrava os móveis rest
sse ela uma vez, observando-
ele, e por um segundo os olhares se enc
eram mais na
e, no entanto, c
a atrasar. Havia rumores de que certas publicações estavam sendo recolhidas das bancas, e na escola onde a mãe de Lyara lecionava, falar sobre política agora era pr
ian, preferia mergulhar nos diálogos leves, na beleza das histórias
r mais mantimentos em casa e que agora dormia com um rádio ao lado da cama. Quando o noticiário noturno entrava no a
central. O céu estava dourado, em tons quentes de fim de tarde. Crianças b
im - disse ela. - Como se ainda f
chão. - Mesmo que dure pouco. A beleza ser
avia uma maturidade nas palavras dele que a toc
le a pena pr
egundo. - O que é r
tindo o coração acelerar se
a gente consegue esc
que, se a gente não tenta
e algo que ainda não sabiam nomear. Voltaram a andar em silêncio, ouvindo apenas os p
rias do mês que Elian, pela prime
ve. A casa era simples, mas cheia de vida - havia livros empilhados em todos os cantos, pinturas
curiosas. O pai, de aparência serena e olhar atento, apenas observou
s outros ignoram - comentou ele, em
ue resiste ao tempo
aprovasse a resposta,
o jardim da casa, Lyara segurou
is gostar
são g
exigentes.
sem saber o
Você sente que... talvez... a gente e
mo a
ara o céu, para o mundo - fosse
sponder. Depois,
é nos intervalos que as coisa
por alguns segundos. Dep
vez que se toca
que crescia entre os espaços do cotidiano - nos olhares compartilhados, nos livros trocados, nos silêncios que
e Lioren, debaixo de pinheiros que balançavam co
a no futuro, Lyara
rou a re
ando, escrevendo. Outras vezes, tudo o que quero é
não f
nte encontra um jeito de
asse
- repetiu
um aviso poético. Lá embaixo, a cidade parecia dormir tranquila - mas mesmo àquela distância, podiam v
am sobre iss
algo esta
a havia algo entre eles