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Silêncio Antes do Trovão

Silêncio Antes do Trovão

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Capítulo 1 A Partida

Palavras: 1845    |    Lançado em: 31/05/2025

Aires

enha começavam a ganhar vida aos poucos, com os passos apressados de trabalhadores, o tilintar das rodas dos carrinhos de feira e o canto distante dos primeiros pássaros anunciando o novo dia. O ar estava impreg

cessante: trabalhadores carregando caixas e sacas, gritos e ordens em vozes roucas, o ranger das corrente

os, que Rafael Delgado encontrava se

ronto para cruzar o Atlântico. Seu corpo tremia levemente, mas não era só o frio matinal que o fazia estremecer. Havia um tu

enas e espanholas que lhe davam um rosto forte e expressivo. Seus olhos castanhos profundos, escuros como a noite, estavam fixos no horizonte, busc

rnadas que ele já havia feito e das que ainda teria de enfrentar. Na outra mão, uma pasta sutilmente dob

ca imaginou buscar, mas que agora se tornavam seu único farol. O passado oculto de sua família, o

a a consciência da magnitude do que estava por vir. Atrás dele, a cidade começava a pulsar em sua rotina diária: as mulheres apressadas carregando sacolas

luminado por um sorriso misto de orgulho e apreensão. Os cabelos castanhos desgrenhados e a pele

ma voz carregada de emoção. - Paris é um mundo c

dilatadas, refletindo a luz da manhã

a dúvidas e sombras. Essa carta... essa mulher... Henriett

amigo com força, como se quisesse trans

eça de onde veio. E de quem

ou a se dispersar, e os últimos abraços e despedidas se tornaram ecos no ar frio do ama

. Pessoas de todos os tipos se amontoavam, carregando suas próprias histórias, suas esperanças e seus medos. Crianças corri

arecia um santuário para seus pensamentos. Ele sentou-se ao lado da janela e olhou para o ma

de de Buenos Aires começou a desaparecer no horizonte, abandonand

s com sua mãe, o sorriso cansado dela ao contar histórias da família, as noites silenciosas em que ele a escutav

ivo da mãe ao entregar-lhe a carta. Ela havia hesitad

undo. Às vezes, é preciso mergulhar fundo para encon

queria derramar. Ele sabia que aquela jornada seria mais do que uma viagem - ser

dão do mar. Rafael Delgado, com o coração pesado, mas a alma acesa por uma e

o dia, começava sua travessia - rumo a Pa

a, afastando-se lentamente do cais movimentado de Buenos Aires. Raf

as pontes que cruzavam o rio como guardiãs sile

, naquele convés, histórias como a dele começavam e terminavam a cada instante. A sensação era de estar

provisado, dedilhava as teclas com uma leveza que contrastava com o barulho mecânico das máquinas. A música era

-se da infância em Buenos Aires, dos bailes de fim de semana em que seu pai, ausente desde sempre, jamai

la oval pela qual o mar azul se estendia infinito, era um espaço de refúgio e introspecção

jamais imaginara: uma linhagem entrelaçada com mistérios europeus, uma mulher chamada Henriette qu

a, mas espiritual - uma busca para preencher o

cansados dos passageiros, que se acomodavam para enfrentar a longa travessia. O ar estava impregnado de conversas em diver

gentileza. Um homem robusto, de bigode grosso, puxava uma conversa animada com um jovem casal. C

amareladas, escrevia desde menino, registrando seus sonhos, dúvidas e esperanças. Naquela noite, as palavras fluíram com mai

, a Cidade Luz, onde as ruas antigas guardavam segredos e promessas. Ele imaginava as aveni

cido e a incerteza sobre Henriette pesavam em seu coração. O passado da

a leve na porta. Miguel, que decidira acompanhá-lo

ntrando com cuidado. - Pensei que talvez você

indo uma mistura de

iguel. Isso s

futuro. Miguel falou sobre a vida simples que abandonavam, os amigos, a família.

u sozinho, olhando pela janela para o mar escuro. A viagem apenas começava,

lhos e murmurou

me espere. Porque eu estou vi

fael rumo ao desconhecido, o primeiro capítulo de sua

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