as ruas brilharem sob a luz suave dos postes. Clara já havia se acostumado a se proteger com um cachecol grosso, mas o ar gél
der nos cafés e becos que pareciam sussurrar histórias a cada passo. Mas, ao contrário das outras vezes, algo na atmosfera parecia dife
turistas encantados cruzavam seu caminho. Clara estava perdida nesses detalhes, como sempre, quando, de repente, algo a fez parar. Não foi
que Clara adoraria frequentar. Ele estava de perfil, falando com um garçom, aparentemente sem perceber sua presença. Mas o que capturou Clara foi a fam
rma tão casual. Não sabia o que fazer - chamar sua atenção ou passar discretamente, como se não o tivesse
s o reconhecimento de duas pessoas que já haviam se visto antes. Era algo mais profundo, quase como se houvesse uma compreensão mútua não verbalizada. Ju
s. Por um breve segundo, ela pensou em simplesmente continuar seu caminho, mas algo a impediu. Talvez f
ual, mas com um tom de familiaridade que a
ele lembrar seu nome tão facilmente.
á começava a reconhecer. Julien parecia tranquilo, quase co
espondeu ele, dando um leve passo em direçã
m pouco desconcertada c
E parece que Paris tem o dom de no
u o café ao seu lado. - Está com fome? O café daqui é
estão, e Clara, sentindo-se inesperada
dor
a luz suave iluminando as mesas de madeira antigas. O cheiro de café fresco e a visão de livros antigos empilhados em estantes criavam
começaram a conversar com uma naturalidade que a surpreendeu. Eles falaram sobre coisas triviais no início
uropa e tocando sua música em diversos lugares. Ele não mencionou ainda o motivo pelo qual havia abandonado uma carrei
mentou, olhando para fora da janela. - Às vezes parece libertad
ele queria dizer. Ela também estava ali, em Paris, em busc
. - Vim para cá tentando fugir de algumas coisas, mas acabei pe
lavras de Clara ressoassem c
onosco - disse ele. - Nos dá o espaço para no
diferente em Julien, uma profundidade que ela ainda não conseguia decifrar completamente, mas que a atraía de forma sutil
or um momento, o peso de suas histórias e passados foi deixado de lado. Havia apenas aqu
por algumas ruas, conversando sobre pequenos detalhes da cidade e sobre suas vidas. Era como se P
para Clara mais uma vez, co
nte - ele disse, qua
ão menos inquieto e mais
certez
para o horizonte. Algo dentro dela dizia que aquele encontro casual não fora obra do acaso. P