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O homem errado é meu par perfeito (Livro 4 da série Príncipes que amamos)

O homem errado é meu par perfeito (Livro 4 da série Príncipes que amamos)

5.0
243 Capítulo
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Sinopse

Índice

Aimê D’Auvergne Bretonne não nasceu a primeira na linha de sucessão ao trono. Mas todos sabiam, desde sempre, que ela tinha vocação para ser a rainha. Dentre suas certezas na vida, sabia que: - Não poderia casar com seu namorado por ele não ser da realeza, embora o tivesse colocado num cargo em que estariam sempre juntos. - Que as obrigações com o povo vinham antes de qualquer coisa, inclusive de si mesma. - Que o povo de Alpemburg amava os D’Auvergne Bretonne e que ela precisava ser uma monarca tão boa quanto ou melhor que seu pai e sua irmã. O que nossa futura Majestade não esperava era que: - Todas as suas certezas virariam incertas, depois de um fatídico acidente, onde a princesa blogueira agora era chamada de irresponsável, ocupando a primeira página dos principais noticiários do mundo. Concomitantemente, um escândalo num pequeno reino vem à tona mundialmente, com um príncipe nu estampando os principais veículos de comunicação. Um futuro rei com a pior das famas, levando seu país a ser alvo de especulações sobre uma possível queda do governo monárquico. Uma proposta é feita para amenizar os noticiários negativos. Uma princesa é rejeitada. Um rei é desmascarado. Uma revelação muda tudo que o povo sempre acreditou. Aimê estava preparada para absolutamente tudo. Menos para aceitar que poderia ter qualquer coisa na vida, mas tudo que desejava era ser dele, o homem mais errado que já tinha conhecido até aquele momento. Com diálogos espirituosos, personagens carismáticos e uma dose saudável de reviravoltas inesperadas, "O Homem Errado é Meu Par Perfeito" é uma história de amor hilariante que explora a jornada de Aimê em busca do amor verdadeiro, enquanto ela lida com suas próprias inseguranças e dúvidas. Uma leitura divertida e encantadora que nos lembra que, às vezes, o amor pode ser encontrado nos lugares mais inesperados. Capa: Larissa Matos

Capítulo 1 Um homem de coroa

Alpemburg

Desde que eu era criança, sempre desejei ser a rainha de Alpemburg, embora fosse a terceira na linha de sucessão. Pauline, a futura monarca, que se preparou praticamente a vida inteira para assumir o país, desistiu, deixando nas mãos na nossa irmã do meio, Alexia, a responsabilidade de carregar a coroa.

Sempre ouvi das minhas irmãs que ser a futura rainha era um fardo a carregar. Nunca vi desta forma. Sempre me senti privilegiada por ser da monarquia e ter nascido princesa de um reino/país tão maravilhoso quanto Alpemburg, que foi governado por meu pai, meu avô, certamente o bisavô e toda a linhagem D’Auvergne Bretonne.

Eu gostava daquela vida cheia de luxo. Era feliz por ser amada e idolatrada pelo povo do meu país, assim como meu pai havia sido um dia. Alexia, apesar de séria e sempre bem amparada politicamente pelo nosso avô, fechara seu reinado com chave de ouro, considerada uma rainha responsável e de boas alianças políticas. Resumindo: um reinado de paz.

Eu deveria ter assumido o trono quando completasse 18 anos, mas por conta de uma lei feita por minha irmã e infelizmente aceita e assinada por todos os membros da corte, tomaria a coroa quando fizesse 19 anos. Segundo Alexia, eu era muito jovem para ser rainha com aquela idade e o ano que antecederia a coroação seria de estudos sobre Alpemburg.

Alexia também não ficou no poder. Meu pai assumiu interinamente até que eu enfim pudesse ser a rainha. Minha irmã, por sua vez, no dia seguinte que deixou o trono voou diretamente com o marido e os dois filhos para o país onde estava ocorrendo o GP de corridas, que sempre foi seu amor: a velocidade, também partilhada por seu marido, Andy.

Eu já começava a me apropriar das questões políticas, da forma como Alexia desejava. Meu pai assumira Alpemburg, mas por trás eu o auxiliava e estudava feito louca sobre economia, administração, ciências sociais e tudo sobre os países próximos ao nosso, especialmente os que faziam divisa territorial.

Ouvi uma batida na porta e gritei que entrasse. Era Odette. Trazia na mão um celular e o olhar já dizia que era trabalho para mim.

Revirei os olhos, enfadada.

- Não adianta me olhar com estes olhos, “Alteza”! – Foi irônica.

- Vou mandar cortarem sua cabeça. – Ameacei, segurando o riso.

- Como ainda não é a rainha, minha cabeça está garantida. – Piscou os olhos, debochada.

- O que quer? – Deitei-me de bruços sobre a cama, jogando o livro para trás.

- Donatello Durand já ligou inúmeras vezes, encheu minha caixa de e-mails e acho que você deveria conceder uma exclusiva para ele.

- Nem pensar!

- Isso é profissional, Aimê. Ele só está fazendo seu trabalho. Por que não lhe dá uma chance?

- Porque eu não gosto dele.

- Isso não justifica.

- Posso escolher para quem dou entrevistas e ele eu não quero.

- Amiga, ele só te deu um fora na adolescência. Precisa superar isso.

- Eu já superei.

- Superou? – ela riu – Se já superou, dê-lhe a entrevista.

- Não! Ele não ficará famoso às minhas custas.

- Como se você não gostasse de dar entrevistas a qualquer um – foi sarcástica novamente – Dê a exclusiva para ele e acabe de vez com a perseguição deste homem.

- Se depender disto, ele me perseguirá para o resto da vida. – Ri.

- Ele foi nosso colega por tantos anos.

- Não éramos íntimas dele.

- Não? Eu cheguei a mandar seus recados, pelo que me lembro. Só não fomos mais íntimas porque “ele” não quis.

- Porra, ele sempre foi tão feio! O que deu na minha cabeça querer ficar com Donatello?

- Adolescência? – ela riu – Hormônios à flor da pele? Vagina coçando?

Puxei-a com força, fazendo-a sentar na cama:

- Talvez eu pense sobre isso mais tarde. Por hora, não.

- Prometa que pensará com carinho? Não aguento mais este homem fissurado em uma entrevista exclusiva com a princesa.

- E qual assunto ele quer abordar?

- Relacionamento amoroso e outro que não quis mencionar.

Eu ri:

- Aposto que arrisca ele dizer que me rejeitou no passado, quando eu era uma adolescente cheia de espinhas. E se fizer isso, virará um repórter famoso do dia para a noite. Não vou deixá-lo fazer sucesso às minhas custas. Além do mais, não tenho um relacionamento amoroso.

- Não? – Odette arqueou a sobrancelha – E o que Max significa?

- Max é... Bem...

- Demorou a responder. Ou seja, ele significa alguma coisa?

Respirei fundo e virei-me, olhando para o teto, o rosto “dele” vindo à minha mente:

- Imagine se eu decidisse contar a Donatello Durand a verdade? Que a vida toda eu só gostei de um homem... E que ele é marido da minha irmã?

- Babado! – ela riu – Agora com Andrew longe, você vai se libertar deste amor de infância.

Suspirei:

- Eu sempre contei a verdade: que o amava. Nunca acreditaram em mim.

- Ele tem idade para ser seu pai.

- Não tanto! – virei o rosto da direção dela – Mas ele fez o Arthurzinho... Que salvou a minha vida.

- Ok, depois deste seu amor platônico por Andrew, que já está longe por estas horas e é loucamente apaixonado por sua irmã, irá assumir Max?

- Não! – Fui sincera, pois Odette era uma das poucas pessoas que eu não escondia absolutamente nada, nem meus pensamentos mais loucos e profundos.

- Não? – Ela pareceu surpresa – Achei que agora que está com a data para assumir o trono já estipulada e com Andrew longe, finalmente revelaria a todos sobre você e Max.

Sentei-me na cama gigantesca e bem-posta, embora eu já tivesse me mexido inúmeras vezes sobre ela. Encarei Odette no fundo dos seus belos olhos escuros, parecendo bolas de gude, de tão arredondados e bem maquiados, com o preto do rímel e lápis em traços grossos ressaltando ainda mais sua beleza.

- Eu gosto de Max – confessei – E curto os beijos e as pegadas quentes dele. Admito que ele me faz molhar a calcinha. Mas jamais assumiria algo com ele.

- Mas... Achei que se gostavam.

- E nos gostamos. Nunca lhe menti isso. E nem menti a ele. Mas gostar de Max e curtir ficarmos escondido não significa que eu casaria com ele.

- Não estou falando de casamento. Mas... Um namoro.

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