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Perfeita para nós

Perfeita para nós

5.0
44 Capítulo
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Sinopse

Índice

AVISO DE GATILHO! Essa obra tem cenas de agressão contra a personagem, quem for fraco para isso, recomendo que não leiam. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Minha vida sempre foi repleta de tristeza e dor, sempre estive com correntes em volta do meu corpo, me mantendo no lugar. Mas logo a minha vida foi mudando e a luz em meus olhos voltando a ter o brilho que um dia se perdeu. Porque essas duas pessoas se importaram comigo ao ponto quebrar essas correntes em volta de mim. Eles fizeram eu começar a me amar e me achar linda. Eu os amo mais do que tudo. Por causa deles hoje eu estou feliz.

Capítulo 1 ♥ Capítulo 1 ♥

Madison Conner.

Nunca pensei que minha vida acabaria dessa forma, sendo agredida pelo meu próprio pai só pelo simples fato de eu existir. Ele tem ódio de mim, por causa que a minha mãe morreu ao me dar à luz, os médicos disseram para ela que a gravidez seria de risco e que ela poderia acabar perdendo a vida na hora do parto. Mas mesmo assim ela quis arriscar, consequentemente a sua vida se perdeu ao dar a luz a mim. Esse é o motivo que o seu ódio é direcionado para mim. Eu matei a minha mãe, tirei a pessoa que o meu pai mais amava nessa vida, assassinei a minha própria mãe.

Desde pequena eu venho sofrendo agressões físicas pelo meu pai, torturas mentais, minha mente está cheia de pensamentos depressivos, pensamentos de mortes. Já tentei várias e várias vezes tirar a minha vida, meus pulsos estão cheios de cicatrizes, tenho o azar de sobreviver. Além de ser espancada por ele, ainda sou a empregada da casa, tenho que fazer todos os afazeres, tenho que cozinhar, mas não tenho permissão para comer, a não ser que ele der a ordem. Tem momentos que eu só me alimento das sobras do prato dele, minhas roupas não são as melhores, já que ele não compra nada para mim.

Eu não aguento mais isso, não suporto mais esses abusos físicos e mentais, eu só queria desaparecer desse mundo. Infelizmente eu nunca consigo morrer, porque todas as vezes que corto os meus pulsos, acordo em cima da cama com eles enfaixados. Ele sempre acaba me encontrando e cuidando dos meus pulsos feridos, no começo eu pensei que ele poderia se sentir culpado com o jeito que está me tratando, mas o que ele disse está constantemente presente na minha mente.

'' Preocupado com você? Nunca! Eu só não quero que você tire essa sua vidinha de merda! Você não merece morrer, a única coisa que você merece é sofrer por tirar a mulher da minha vida. Irei transformar a sua vida em um inferno!! ''

Meu mundo desabou ao ouvir essas palavras, eu não tenho culpa dela ter me escolhido ao invés dela, eu não tenho culpa! Mas tem vezes que eu me culpo, tudo em volta de mim é caos, sofrimento, dor. Eu sinto que não tenho vida, basicamente é isso mesmo, eu não tenho controle sobre a minha vida. Não posso morrer, não posso ser feliz, não posso ter amigos, não posso ter ninguém ao meu lado. A solidão é a minha eterna companhia, seja onde for, ela sempre está comigo lado a lado.

Hoje eu tenho vinte anos, comecei a fazer faculdade a um ano atrás, só que ele me deu um aviso. Se eu contar sobre o que está acontecendo comigo para alguém, essa pessoa irá sofrer as consequências, infelizmente eu também. Meu pai se envolve com pessoas erradas e faz coisas ilegais, então desde o ensino médio eu tenho afastado as pessoas que tentaram ser meus amigos, eu os trato mal e ajo friamente com todo mundo, os afastando de mim. Mas a única coisa que eu mais queria era uma companhia, um amigo para me ajudar, só que eu não quero prejudicar a pessoa só porque eu preciso dela.

Eu sempre amei artes, amo desenhar, é a única coisa que me mantém viva, consigo transmitir tudo o que eu sinto para o desenho, é algo maravilhoso. Por isso eu escolhi a faculdade de artes, eu tive que implorar a ele para poder fazer faculdade, quando eu terminei o ensino médio. Fui espancada várias e várias vezes, fiquei desacordada durante três dias ou cinco por causa dos meus ferimentos, mas mesmo assim eu não desisti, continuei pedindo e pedindo até ele dar permissão para que eu faça.

Fiz o SAT e consegui passar com os maiores pontos, para eu ter meus materiais eu sofri bastante, quantas noites eu fiquei chorando no meu quarto com as dores em meu corpo, com o meu braço quebrado, roxos pelo meu corpo todo, mas não desisti, já que não tem como eu desistir, eu não posso nem morrer em paz, então o que me resta é tentar pelo menos ter uma vida nesse mar de sofrimento.

Foi bem difícil para mim ser fria com aqueles que tentaram ser meus amigos, eu me sentia tão culpada em ser tão cruel com eles, mas eu não tinha escolha, tem que ser desse jeito.

****

08:30 — Casa dos Conner — EUA — Washington.

Eu estou acordada desde cinco horas da manhã, porque antes de eu ir para a faculdade, eu tenho que limpar toda a casa e deixar a comida dele pronta, se eu não fizer isso, serei espancada e forçada a ir para a faculdade toda machucada. Ainda estou me recuperando da surra que ele me deu só porque eu cheguei um pouco tarde em casa, eu não tenho dinheiro para ir de ônibus, então eu vou caminhando até a faculdade, demoro uns trinta minutos para chegar lá, se eu estiver muito machucada, demoro uma hora. Meu corpo dói muito, mas infelizmente não posso fazer nada.

— Cadê a porra do meu café garota!!? — Tomei um susto com o seu berro.

Peguei a bandeja e fui levando até a sala de estar onde ele está sentado.

— A-Aqui. — Coloquei na mesinha.

Puxei a manga da minha blusa até cobrir a minha mão em um sinal de nervosismo. Mordi os lábios com força quando ele agarrou o meu pulso com bastante força, tenho certeza que vai ficar roxo.

— Se você chegar tarde de novo! Eu vou te espancar tanto, garota. Mesmo que você desmaie, irei continuar te escapando! Fui claro? — Acenei com a cabeça várias vezes. — Responda porra!!!

— S-Sim. — Engoli a vontade de chorar.

— Muito bem. — Largou o meu pulso e puxei rapidamente até o meu peito, vejo que ficou marcado. — Cai fora daqui!

Voltei para a cozinha correndo e peguei a minha mochila em cima do balcão e fui saindo pela porta dos fundos com o meu coração batendo rapidamente.

Meu coração só falta sair pela minha boca, fiquei com tanto medo, pensei que ele iria me bater novamente. Ah, mas uma vez sem comer, estou com tanta fome, nem tenho dinheiro para comprar alguma coisa.

Porque tenho que sofrer tanto assim? O que eu fiz para merecer isso?

Tomo cuidado com o chão molhado, já que passou a madrugada toda chovendo, vejo uma poça de água e observo o meu reflexo.

Estou tão magra, quer dizer, eu sempre fui magra.

Minha aparência não é algo surpreendente, a cor da minha pele é morena clara, meus cabelos lisos são pretos bem escuros, a cor dos meus olhos são de cores diferentes, já que nasci com heterocromia, o lado esquerdo é azul claro e o lado direito é verde claro. A minha altura é média, já que eu nem me alimento direito, como iria crescer? Tenho um metro e cinquenta e nove, sou bem magra, não tenho muito peito, nem tenho muita bunda.

Mas tem uma coisa que eu reparei é que estou um pouco pálida, não é em novidade isso

— Melhor eu ir andando antes que eu chegue tarde.

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