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Indomável

Indomável

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32 Capítulo
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Sinopse

Índice

Elizabeth Fabbri não esperava que sua vida fosse virar de cabeça para baixo na primeira vez em que botou os pés em uma balada após terminar um relacionamento sem perspectivas de futuro. Em meio a tantas pessoas, ela conseguiu atrair a atenção de Louis, um homem que jamais recebeu um não, ainda mais de uma garota bêbada. Louis não é apenas um homem atraente curtindo uma noitada, ele é um Don da máfia que não mede esforços para ter o que quer. De passagem pelo Brasil a fim de resolver alguns assuntos, ele se sente desafiado pela garota que lhe disse não, tanto que não resiste à tentação de colocá-la para jogar o seu jogo. Contudo, as coisas começam a tomar um rumo diferente e o perigo espreita por todos os lados. Será que Elizabeth está preparada para dançar com o próprio demônio? AVISO: Este é um romance Dark contemporâneo, nada tradicional. Ele contém assuntos polêmicos, incluindo temas de consentimento questionável, agressão física e verbal, linguagem imprópria e conteúdo sexual gráfico. Esta é uma obra de ficção destinada a maiores de 18 anos. A autora não apóia e nem tolera esse tipo de comportamento. Não leia se não se sente confortável com isso. Se você quer um príncipe encantado, essa leitura não é para você.

Capítulo 1 PRÓLOGO

Meu celular começou a vibrar.

Contei seis pequenos tremores.

Senti o corpo de Natasha se remexer, ela iria acordar com a merda do

barulho que o aparelho fazia sobre o criado-mudo.

Eu me forcei a abrir os olhos, a cabeça pesada por conta da bebedeira

da noite passada me fez ser lento para atender o telefone.

— O que é tão urgente assim para que você me acorde, Felippo?

— Acabei de receber uns e-mails, seria bom você ler — a voz do meu

consigliere não era a mais amigável do mundo, ele parecia preocupado e, em

consequência disso, eu despertei.

— Louis? Venha para a cama — o sotaque da garota era sensual, e

quando suas unhas roçaram nas minhas costas, precisei me controlar para não

soltar nenhum som indecente ao telefone.

— Quem está aí? Não me diga que a filhote russa já está na sua cama?

— Felippo zombou.

— Está intacta onde interessa, se é o que você quer saber.

Virgindade dentro da máfia era uma merda. Noite passada, eu havia

precisado de todo o controle para não foder a garota como eu queria. Em

compensação, ela lembraria de mim nas portas detrás por algum tempo.

— Enfim, levante logo e veja o que mandei. Dessa vez, eu não

conseguirei resolver essa porra sozinho. Já mandei preparar tudo, acho que

você vai gostar de São Paulo.

— Até depois — eu me despedi sem esperar uma resposta e larguei o

celular no criado-mudo.

Deitei, esfregando os olhos e vendo que o sol já nascia, se fazendo

notar entre os prédios e iluminando meu quarto o bastante para que eu

enxergasse o azul muito claro dos olhos da garota ao meu lado.

Natasha era linda, eu não podia negar.

Se tudo desse certo, eu seria um homem de sorte por esse lado, mas

também sabia que ela era manipuladora e inteligente… Sendo sincero, nem

isso me abalava o pensamento quando eu enxergava o corpo dela nu ao meu

lado. Os cabelos eram de um castanho avermelhado forte, quase ruivo, e a

pele era tão branca, que parecia nunca ter tomado sol. Ela era magra, mas

tinha uma bunda boa, e os peitos não decepcionavam.

— Diga que vou poder continuar dormindo... — ela falou quando

pousou a cabeça no meu peito e acariciou minha barba por fazer. — Você

acabou comigo, preciso de um tempo para me recuperar.

— Durma o quanto for necessário, querida — peguei sua mão e beijei

seus dedos. — Mas eu preciso resolver algumas coisas importantes hoje…

— O que Felippo disse? — a garota foi criada dentro da máfia, o que

eu esperava? O tom de desprezo quando disse o nome do homem me fez

sorrir de canto, quase irritado. Ela era petulante às vezes.

— Nada que você precise se preocupar… Agora durma — disse, me

levantei em um pulo, assustando Natasha, e dei um belo tapa em sua bunda

branca antes de ir para o banheiro.

Esperava que, no Brasil, as bundas de São Paulo fossem tão boas

quanto as do Rio.

Eu estava dirigindo, puto demais para aguentar qualquer um dos

soldados com cara de merda por precisarem ir em uma viagem de última

hora. Já havia ameaçado dois de manhã, com direito a pegadas de colarinho e

um bom susto. Esses bostas achavam que eu queria sair de Nova Iorque bem

naquela hora? Eu tinha muitos assuntos para resolver naquela cidade, mas

grande parte do lucro estava indo embora graças a uma ação de higienização

do novo prefeito de São Paulo. Uma quantidade considerável das drogas da

família ia para aquele pedaço do mapa, e parecia que o povo daquele lugar

consumia cada vez mais… Bando de merdinhas viciados.

Ali também era um ponto inteligente para todas as mulas abastecerem

seus estoques e levarem mais do nosso material para o resto da América

Latina. O México estava de portas fechadas por algum tempo, a merda da

MS-13, máfia que controlava a entrada dos negócios por lá, não queria

negociar comigo até eu decidir me casar com uma das meninas deles… Não

era difícil imaginar grande parte delas na minha cama, mas eu não me

envolveria em casamento com uma máfia tão ridiculamente pequena e

violenta. Eles eram como uma matilha de cães raivosos e famintos, nós

éramos os leões daquela porra de selva.

— Achei que precisaria te ligar mais duzentas vezes antes de ver sua

cara hoje — Felippo provocou.

Nós não éramos melhores amigos, mas trabalhávamos muito bem

juntos. Ele era como uma grande babá. Além de cuidar das contas da família

comigo, também me aconselhava sobre assuntos que influenciavam dentro da

Mão Negra e me dedurava para os capi quando eu decidia algo que ele não

concordava. Na maioria das vezes, eu apenas fazia cara feia, era bom que eles

soubessem que, apesar de nós sermos uma célula, era eu quem mandava na

porra toda.

— O rabo da russa deu algum trabalho, mas não tanto quanto essa

merda de homem — eu me referi ao prefeito. — Mudando de assunto, quem

está assumindo pelas nossas costas? Nossos coiotes já reclamaram que tem

homens de mais daquela merda mexicana envolvidos com a polícia, eles

parecem sempre saber onde nossos caras vão estar… Tenho duas famílias

reclamando de dificuldade de receber e enviar seu produto. Fora os bordéis,

precisando de carne nova, já que Mateucci não sabe controlar a quantidade de

heroína consumida por suas putas.

— É um problema que vamos resolver na volta, você sabe que os

russos estão de olho nessas coisas, sobre como vamos controlar essa merda.

Outra que é bom que ninguém saiba onde a raposa passou a noite, ou você

terá problemas — alertou.

Raposa? O mesmo tom de desprezo que a menina tinha por ele, aquilo

me fez rir.

— Se conferirem o meio das pernas dela, vão ver que a virgindade

continua intacta, nós só temos que rezar para que ninguém resolva olhar o

rabo por pelo menos três dias — eu ri e me sentei em uma cadeira velha,

olhando as informações que Felippo tinha conseguido das merdas que

estavam acontecendo fora da minha bolha fodida em Nova Iorque. Eu havia

perdido tanto tempo negociando com as máfias de fora, que não enxerguei

quando a escória mexicana atentava contra meu povo. Miami também não

facilitava… Aquele território me interessava, eu precisava fazer algo. Meter

meu irmão mais novo para cuidar daquilo tinha me parecido uma boa ideia

antes.

Felippo me empurrou uma nova pilha de papéis enquanto eu bebia

meu café, me fazendo quase engasgar quando vi o quanto os números

estavam errados.

Soquei a mesa depois de ler o restante dos documentos e encarei

Felippo.

— Você entendeu que o ponto é pior do que pensávamos? Não

estamos apenas lidando com os de fora, existe alguém de dentro fazendo algo

errado — ele indagou.

— Vou explodir o desgraçado que tem feito isso — fiquei puto lendo

a quantidade de zeros no papel, sabendo que se aquele rombo nas contas

dobrasse, um banho de sangue aconteceria dentro da Família enquanto eu

estava no poder, e isso ficaria marcado. — Quero saber quanto dinheiro tem

entrado na conta de cada capo, de cada membro da família. Investigue tudo e,

então, quando eu voltar dessa viagem de merda, vou atrás do desgraçado e

mostro como nós lidamos com traição dentro da Mão Negra.

Felippo estava de braços cruzados me encarando e, pela sua

expressão, concordava com a minha atitude.

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