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Wicked Game Livro 1

Wicked Game Livro 1

5.0
158 Capítulo
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Sinopse

Índice

A história segue a jornada de Isadora Alencar, uma jovem corajosa que deixa sua cidade natal em Goiás para tentar uma vida melhor em Brasília. No entanto, ela logo descobre que as dificuldades são maiores do que ela imaginava. Após vários trabalhos, Isadora conhece Madeleine, uma cliente da boutique onde trabalha, e recebe uma proposta de trabalho que muda sua vida drasticamente. Ela decide se tornar uma garota de programa de luxo, enveredando por um mundo completamente diferente do que ela havia planejado para sua vida. Ao aceitar esse novo trabalho, Isadora vê a oportunidade de proporcionar uma vida melhor para sua família e realizar seus sonhos e planos futuros. No entanto, tudo muda novamente quando ela recebe uma proposta tentadora para trabalhar na Europa, fazendo com que seus planos e perspectivas de vida se transformem de repente. Acompanhe a jornada de Isadora enquanto enfrenta as provações e os testes que a vida lhe apresenta, buscando realizar seus sonhos, mas também enfrentando dilemas e consequências de suas escolhas.

Capítulo 1 Primeiro Programa

Isadora se arrumava para mais uma noite de trabalho. A jovem, com 19 anos, veio do interior para a cidade grande em busca dos seus sonhos e acabou trocando a faculdade de fisioterapia pela boate onde ela trabalhava todas as noites. Isa, como a amiga Carolina a chamava. Morava em Anápolis, uma cidade do interior de Goiás, e meses atrás, foi em busca de trabalho em Brasília, onde conheceu Carolina em um dos seus empregos temporários. Depois de passarem por vários lugares em poucos meses, as jovens acabaram recebendo uma proposta que mudaria suas vidas.

Madeleine, ou Maddy, como a senhora gostava que a chamassem, conheceu as duas em uma visita a uma loja no shopping no qual as amigas trabalhavam, e bastou um convite para mudar suas vidas. Isa e Carol foram convidadas para trabalhar na boate La Mour, onde as meninas mais lindas e educadas atendiam.

— Isa, você vai sozinha. Eu avisei a Maddy que não tenho condições de trabalhar. Ela me pediu para ficar em casa e você pode ir.

Isa foi até a amiga e notou que ela estava febril, foi até a cozinha e encheu a jarra com água, pegou os comprimidos para resfriado e levou para Carolina.

— Carol, tome esse remédio, descanse, daqui a pouco vou pedir para dona Rosa trazer algo para você comer — Rosa era uma senhora aposentada que morava sozinha no apartamento ao lado das jovens.

— Tudo bem amiga. Espero que essa noite você atenda um cliente especial, e quem sabe não encontre seu príncipe executivo.

— Garota, a febre está afetando sua mente. Vai descansar que vou tentar não chegar de madrugada.

Isa pegou sua pequena maleta com as roupas da noite e foi esperar Luiz, o Uber amigo das jovens.

***

Felipe ouvia o amigo Eduardo contando sobre seu último investimento, onde havia comprado uma empresa falida que recuperaria em breve. Felipe e Eduardo eram amigos de infância, criados juntos desde o berço, e filhos das melhores amigas Helena e Ana.

— O que acha de irmos até um bom lugar para relaxar?

Eduardo era solteiro convicto e não pensava em casamento, enquanto Felipe, aos 30 anos, continuava procurando alguém para amar.

— Que lugar? — Felipe pegou as chaves do carro e conferiu o visual pela última vez em seu apartamento.

— Um lugar para relaxar, que você já conhece, aonde vamos nos divertir por um tempo.

***

Madeleine e Isadora conversavam sobre Carol, a dona da boate brigava com Isa por não ter levado a amiga à emergência. Madeleine era uma senhora de 50 anos, francesa, que veio para o Brasil aos 20 anos depois de perder tudo na França e acabou caindo no mundo não glamuroso da prostituição. Mas por azar, ou quem sabe sorte, conheceu um homem que a tirou desse mundo e 10 anos depois, viúva e rica, acabou voltando às origens. A ex-prostituta, como ela mesma se intitulava, era diferente de todas as cafetinas. Ela tratava as garotas bem, se elas quisessem fazer programa tudo bem, se quisessem apenas dançar, tudo bem também.

A boate era frequentada por homens e mulheres da alta sociedade. As ricas lésbicas não se misturavam aos homens no salão e eram atendidas pelas garotas em uma parte separada.

— Maddy, vou para o salão e pretendo atender no máximo 3 clientes. Combinei com seu Luiz de me buscar antes das 3 da manhã. Dona Rosa já levou a janta da Carol e ela está dormindo.

— Tudo bem filha, espero que fature bem hoje e não conte para ninguém, mas o lucro de hoje será apenas seu. Falei com sua mãe na semana passada, e ela me perguntou como você estava no hotel.

Para a família de Isa, a jovem era recepcionista em um hotel de luxo, já que os pais e a irmã caçula moravam no interior de Goiás e a jovem, em poucos meses, conseguiu juntar um bom dinheiro e, com ajuda de Maddy, comprou a casa sem que os pais soubessem que ela era a dona.

Isa se olhou no espelho do escritório e gostou do que viu. Usava naquela noite um vestido curto de alças quase transparente, que deixava os seios fartos praticamente expostos. O cabelo cor de avelã caía em cascata sob as costas nuas e a maquiagem não exagerada dava um ar inocente, mas, ao mesmo tempo, sensual.

Deu um beijo na chefe e amiga e seguiu para o salão.

***

Felipe e Eduardo estavam naquele lugar há quase meia hora e o empresário já queria ir embora. Nenhuma das garotas disponíveis ali o interessou e até mesmo Eduardo estava desanimado.

— Acho que a noite de hoje não vai ser muito animada — Eduardo falou sem notar o amigo hipnotizado pela jovem de vestido preto e cabelos cacheados cor de avelã que caminhava em direção ao bar.

— Eduardo, se você quiser ir, chama o Ernesto para te buscar. Eu vou ficar aqui mais um pouco.

O empresário foi até Carlos, o homem que gerenciava o salão, e falou algo. O gerente fez sinal para ele ir até um dos quartos exclusivos que ele avisaria a garota.

**

Isa pediu um suco de laranja, mas nem teve tempo de finalizar o pedido ao notar Carlos se aproximando dela.

— Pequena, temos um cliente, e esse é um dos que vem pouco aqui, mas quando vem, abre a mão para as meninas. Mostre o seu melhor que ele vai te recompensar —Carlos deu um tapa no traseiro da jovem, que deu um beijo no velho senhor e respondeu que tentaria o seu melhor naquela noite.

Encaminhou-se até o quarto onde atendia os clientes. Ao entrar, viu um homem de quase 1,90m de costas para a janela olhando a paisagem lá fora. Com cabelos castanhos claros e postura altiva. Usava camisa branca e calça social preta.

— Boa noite! — Isa falou ao trancar a porta do quarto e verificar se todos os itens que ela usava estavam na gaveta. Conferiu os preservativos, lubrificantes e alguns brinquedos que alguns clientes gostavam de usar para apimentar durante o sexo, brinquedos sexuais deixavam a maioria dos clientes mais excitados com a ânsia de inovar e deixar a perversão da mente deles correr a solta.

O cliente se virou e Isa viu o quanto ele era mais bonito de frente e, ao olhar para ela, um sorriso apareceu nos lábios dele. Essa era a reação da maioria dos clientes ao olhar para ela e para seu corpo, como se Isa fosse a própria encarnação da Deusa do Sexo.

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