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O ceo e a malandra

O ceo e a malandra

5.0
64 Capítulo
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Sinopse

Índice

Com sua aparência deslumbrante Gabriela enganava homens ricos como golpista profissional. Sua sorte acabou quando um dos seus golpes foi por água baixo e ela acabou sendo presa. Do lado de fora está o seu tio Álvaro que lhe ajudou nessa fase difícil, para ele todos merecem uma segunda chance... Mas será que Gabriela Antonelli merece? Ele é Henry Krenlin, um CEO muito bem sucedido, extremamente atraente e sedutor, desejado por todas as mulheres ao seu redor. Para não perder a empresa que o seu faclicido pai lhe deixou com uma "condição", ele acaba forjando um casamento por contrato.

Capítulo 1 A entrevista

Três semanas antes...

Narrado por Gabriela

No pátio da penitenciária eu me atento aos olhares das duas presas que fizeram dos meus 5 anos um verdadeiro inferno. O motivo por eu estar aqui? Eu era uma golpista.

Eu usava a minha beleza para aplicar golpes, seduzia os homens, aplicava-lhes o golpe “boa noite Cinderela” depois os roubava. Sem querer me gabar, mas sou uma mulher muito linda, sempre fui, sou alta, tenho um corpo escultural, uma morena de olhos castanhos claros, cabelos lisos e longos, negros como a noite.

A magrela da Jamaica caminha até mim, eu logo me levanto, a louca se aproxima de mim e puxa meus cabelos com força, perdeu a noção do perigo coitada.

— Achou que ia embora sem levar tapa nessa cara de puta, vadia! — Gritou Jamaica.

As minhas mãos seguram seus cabelos e eu puxo ela a jogando no chão, me coloco em cima dela e tiro meus cabelos de suas mãos.

— Tira suas mãos sujas de mim. — Gritei.

Eu estava me defendendo dos seus tapas e cuidando para ela não puxar mais os meus cabelos, de repente sinto uma mão esquentar meu rosto com um tapa bem dado. Olho firme para o lado e vejo a Cachinhos rindo da minha cara.

— Sua filha da puta! — Parti para cima dela. — Eu vou te bater muito sua piranha. — Ela esperneou.

A Jamaica pula nas minhas costas, e duas contra uma, não dá.

— Parem com isso, vagabundas. — Umas das carcereiras disse tentando apaziguar, e quanto mais ela falava e tentava me tirar de cima da Cachinhos, mais ela gritava. — Chega! — Duas carcereiras, tiraram a Jamaica e a Cachinhos de cima de mim. Fiquei no chão possessa. — Eu te ajudo. — A carcereira me estendeu a mão tranquilamente e recebeu um tapa como resposta.

— Eu te ajudo um caralho, agora essa magrela vadia vai ver. — As minhas mãos começaram a esquentar o rosto da Jamaica, ela tentou segurar minhas mãos, mais sem sucesso, a carcereira tentava nos separar e acabou levando também.

Um, dois, três, quatro, cinco e eu me perdi nas vezes que minhas mãos acertaram o rosto dela.

Caímos no chão, ela puxava o meu cabelo tentando me derrubar.

— Tira essa vagabunda de cima de mim! — A Jamaica gritava.

Uma das carcereiras me segura pela cintura e me puxa com força até conseguir me tirar de cima da magricela da Jamaica, que está com o rosto inchado de tanto tapa que levou.

Logo o diretor aparece no pátio.

— Parem com isso. Levem a Jamaica e a Cachinhos para cela. — As duas carcereiras levaram as vadias para cela. O diretor me encarou. — Arrumando confusão no seu último dia, Gabriela.

— O que posso fazer, essas vadias me amam.

— Volta pra sua cela. Espero que fique longe de confusão.

— Vou tentar. — Falei saindo.

[...]

Dias atuais...

Estico o meu corpo na cama após ouvir o barulho do despertador, tenho uma entrevista de emprego hoje. O meu tio Álvaro é motorista de um CEO muito conhecido na cidade, o Henry Krenlin, parece que ele tem muito apreço pelo meu tio, e o meu tio por ele, e foi durante o retorno dele para casa que o meu tio ficou sabendo que o Henry estava precisando de uma assistente, o meu tio logo tratou de falar que a sua amada sobrinha estava desempregada.

Tomo um banho depois abro o guarda-roupa, aqui só tem roupas de piriguete, nada modesto nem elegante como o meu tio disse para eu me vestir. Essas roupas de piriguete eram da filha do meu tio, ela foi embora para Portugal.

Após ser presa perdi tudo, as minhas roupas foram uma delas, eu morava num apartamento luxuoso alugado, como eu havia sido presa e ninguém estava pagando o aluguel, entraram em contacto com a minha mãe que disse para doarem todas as minhas coisas, saí da cadeia com uma mão na frente e outra atrás.

Entre as poucas opções no guarda-roupa pego uma saia de couro escuro, uma blusa branca de manga cumprida que deixa a minha barriga de fora, mas essa é a única blusa comportada que tem, então vai ser ela mesmo, pego um sapato alto preto, penteio os meus cabelos e passo um batom.

Os meus pais sempre fizeram de tudo para que eu tivesse uma boa educação, apesar de serem muito pobres, eles até conseguiram pagar um curso de Internet avançada para mim, quando eu terminei o ensino médio. Eles eram pais amorosos, mas, eu queria mais, queria poder, dinheiro luxo, e eu consegui tudo isso por um tempo. Quando os meus pais souberam que a filha deles havia sido presa me condenaram, e para eles eu morri, foi o meu tio Álvaro que me ajudou nessa fase difícil, ele nunca me abandonou, para o meu tio todos merecem uma segunda chance, só não sei se eu mereço.

Pego o papel com o endereço da empresa, e chamo um carro de aplicativo que não demora chegar.

Chego no prédio da empresa, que é enorme, subo umas poucas escadas, e vou até um elevador, um homem bonito também me faz companhia, ele aperta o botão do quinto andar.

— Você é nova aqui? — Perguntou enquanto analisava todo o meu corpo.

— Sim, estou aqui para uma entrevista.

— Percebi logo, uma mulher tão linda assim é difícil esquecer.

— Obrigada.

— E a propósito, eu sou o Júnior. — Estendeu a sua mão para me cumprimentar.

— Sou Gabriela, prazer Júnior. — Falei segurando a sua mão.

— O prazer é todo meu. — Ele me lançou um olhar sedutor que quase molhou a minha calcinha.

A porta do elevador se abre, o Júnior cede passagem para mim, depois ele me mostra a direção da sala onde eu devo ir, e me deseja sorte. O Júnior me agradou bastante, um loirinho alto, corpo bem atlético, com um sorriso contagiante e uns olhos azuis penetrantes. Me aproximo de uma loira alta e bonita, ela me olha com uma cara de isnobe, digo à ela que vim para falar com o Henry, ela sai e logo depois volta.

— Entre Gabriela Antonelli, o Henry está te esperando.

Que nervoso..., mas eu consigo, respira Gabriela.

A porta estava entreaberta, bato e do outro lado ouço uma voz grossa.

— Entre!

— Bom dia! Sou a Gabriela Antonelli, muito prazer.

Ele me dá um aperto de mão, depois me lança um olhar de cima a baixo, acho é que por causa da minha vestimenta.

— Sente-se, Gabriela. — Me sentei meia sem jeito, e olhei para ele.

— Senhorita Gabriela, o seu tio me falou muito bem de você, mas me diga, acha que merece mesmo fazer parte dessa empresa?

— Sim, eu mereço, estou determinada em dar o melhor de mim para colaborar no crescimento da empresa, tenho certeza de que você não vai se arrepender. — Ele me encarou com seus olhos azuis, e quase me perdi neles.

— Você estaria disponível para fazer viagens?

Pera aí, viagens? Eu só vou dizer que sim por você, tio.

— Sim, claro!

— Quero que saiba que sou um homem bem exigente, você terá que fazer um bom trabalho, ser pontual e apresentável. — Ele me olhou encarando as minhas roupas.

— Intendi perfeitamente.

— Que ótimo! Então você começa amanhã.

— Mas já? — Ele me olhou erguendo uma das sobrancelhas.

— Sim, você começa amanhã as oito, algum problema?

— Não.

— Nos vemos amanhã então.

Saio da sala rápido antes que eu me arrependa de ter aceitado esse emprego, ao me ver entrando no elevador o Júnior corre até mim, ele é bem curto e grosso, diz que se interessou por mim e pede para me deixar em casa.

— Você não está em horário de expediente?

— Estou em horário de almoço agora princesa.

Sei que está mentindo, mas ele me agradou bastante, mas vou fazer jogo duro, mesmo estando na seca, não quero que ele pense que sou uma desesperada. Desde que saí da prisão não transei com ninguém.

— Isso não vai passar de uma carona. — Júnior concordou.

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